2012/10/15
Iliteracia política
Etiquetas: Impostos, socialismo
2012/10/01
O azar de Passos Coelho
Etiquetas: Impostos, União Europeia
A culpa é do capitalismo
Etiquetas: Capitalismo, Impostos, socialismo, União Europeia
Ilusões, expectativas e manifestações
Etiquetas: Impostos, PREC, Sindicatos, socialismo, União Europeia
2012/09/17
Protestos e ilações
Bem podem dizer que as manifestações foram apartidárias, mas basta ver os pormenores de organização, palavras de ordem, acidentes e incidentes, gente em acção de cara tapada, para perceber que ali há núcleo duro e a mãozinha de profissionais de partidos e sindicatos. As manifestações que se viram, sobretudo em Lisboa e no Porto, obviamente, não surgiram espontaneamente nem tiveram origem em gente inexperiente. O facto do protesto ter acontecido em dia 15, à semelhança de outros em dia 15 já ocorridos em Portugal e noutros países europeus é algo de muito sugestivo...
Não vale a pena dizer que houve gente de "direita" que também se associou ao protesto, porque em Portugal não há direita capaz de fazer protestos e manifestações destas. Algumas pessoas de direita podem ter ido atrás, como sempre, mas não controlaram o processo.
Digamos que a dureza do momento, em que a insensatez e a inabilidade desse desastre comunicativo que é o governo se cruza com o inferno sindical, fez com que muitas pessoas fossem atrás.
Os portugueses continuam à espera de um Estado que lhes dê tudo ou quase. Os políticos, em nome do Estado, continuam a prometer tudo ou quase. Passos Coelho governa como um verdadeiro socialista: impostos, impostos, mais impostos, para esse sorvedouro que é o Estado social, insustentável, à custa de quem produz riqueza para alimentar o que produz défice e dívidas. José Sócrates não faria melhor. Os vários estatalistas estão furibundos: Passos Coelho roubou-lhes a receita. Mas, como já sabemos, um Estado que promete tudo é um Estado que pode tirar tudo.
Alguns dizem que é preciso um novo 25 de Abril. Para quê? Para daqui a 38 anos voltar ao mesmo? Além de que a História não se repete, em 1974 o novo regime tinha muitos tachos na administração pública e no Estado para dar aos partidos, os cofres do Banco de Portugal estavam cheios e a situação económica e financeira era bem mais favorável, enfim, havia muitos recursos para estoirar, como efectivamente aconteceu. Hoje, a administração pública está lotada, os cofres do Banco de Portugal estão bem mais pobrezinhos, os bancos estão sem dinheiro, a população está envelhecida e a única coisa que existe com fartura são dívidas. Os nossos manifestantes bem podem gritar pela queda do governo, por mudanças, prometer o que quiserem. O que têm eles para dar? O que têm eles para oferecer? Dívidas.
Todos dizem que é preciso mudar de política. Mas quem é que quer mudar? Os sindicatos querem mudar? Os políticos querem mudar? Os funcionários públicos querem mudar? Os senhores do Estado querem mudar? Claro que não, todos querem manter as posições que têm. Eles querem que os outros mudem, mas acontece que já não podem. Uns não podem, outros não querem mudar. Eis que chegámos a um impasse no regime. Não é apenas o governo A ou B, os partidos C ou D que estão em crise. É o regime.
Não vale a pena insistir no modelo social europeu. Está falido. Não percam tempo.
"Baixem os impostos e cortem na despesa, mas cortem drasticamente! Limpem a casa e esqueçam o modelo social europeu. O tempo para fazer alguma coisa já se esgotou. Foi ontem" (John Cochrane, conselheiro económico de Mitt Romney, citado pela revista Sábado)
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: Impostos, Sindicatos, socialismo, União Europeia
2012/09/13
REDUZIR A DESPESA POUPANDO VIDAS E FAMÍLIAS
Não ignorando a grave crise em que nos encontramos, oferece-nos as maiores dúvidas que as necessárias poupanças a que todos, Estado e sociedade, estão convocados, devam ser realizadas à custa da mais esforçada das instituições sociais, a da família, em particular daquelas que desempenham um papel social mais relevante, tendo e criando os seus filhos (contribuindo assim para a riqueza do país, actual e futura, e o desenvolvimento da actividade económica a contraciclo da presente recessão) e cuidando dos mais frágeis da nossa sociedade.
Acresce ainda que, perversamente, essa medida pode contribuir para uma ainda maior quebra da natalidade, onde recorde-se quase todos os anos atingimos mínimos históricos e cujo impacto para a sustentabilidade do sistema de segurança social e, em última análise, de Portugal têm sido já muito referidos.
Reconhecendo, no entanto, que existe de facto um esforço financeiro que deve ser feito e que todos estamos moralmente obrigados a colaborar com o Governo nesta missão patriótica de diminuir a dívida, saldar o défice e pôr as contas públicas em ordem, vem a Federação Portuguesa pela Vida, chamar a atenção para as poupanças na despesa do Estado que poderiam representar as seguintes medidas que, juntamente com outras que a FPV e as suas associadas têm vindo a apresentar e estão disponíveis para discutir, poderão atingir os 154 milhões que se procura esportular todos os anos às famílias portuguesas com maiores encargos.
Essas medidas são:
1. O fim do financiamento público da prática do aborto legal, na medida em que da resposta que os portugueses deram à pergunta do referendo de 2007 não decorre que o aborto a pedido da mãe, deva ser pago pelo Estado.
2. O fim de todas as benesses sociais, laborais e financeiras, ligadas à prática do aborto legal, nas que se incluem, entre outras, o transporte e alojamento pago às mães e seus acompanhantes que realizam abortos fora da sua área de residência, ou as licenças “de maternidade” e os subsídios relacionados - superiores aos de uma baixa médica -.
3. O fim das condições privilegiadas - únicas - de pagamento às instituições privadas em que se realiza o aborto legal.
Procedendo como acima recomendado o governo português não só reduzirá a despesa pública como assumirá o seu compromisso com o aumento da natalidade e desse modo para a existência de outras pessoas que no decorrer da sua vida contribuirão para a criação de emprego (professores, educadoras de infância, médicos pediatras e obstetras, etc.), para o desenvolvimento da actividade económica e para a sustentabilidade do Estado Social (recordamos que em 2030 as contribuições anuais para a segurança social que o Estado português “aceitou” perder por via das pessoas que não nasceram como resultado do aborto “por opção da mulher” montam já a um valor próximo dos 250 milhões de euros a preços actuais).
Lisboa, 3 de Setembro de 2012
www.federacao-vida.com.pt
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A mensagem de Passos Coelho ou o Estado que pague a crise
Coisas simples.
Que vêm aí mais medidas de austeridade, que vão recair mais uma vez, como quase sempre, sobre o sector privado e sobre as famílias, sobretudo aquelas que mais filhos têm, seja pelo aumento das contribuições sociais de 11% para 18% (o que equivale ao roubo de um mês em quatorze), seja pelos novos escalões de IRS, seja pela quase inexistência de deduções fiscais com despesas dignas desse nome.Sobrecarrega-se o sector privado que alimenta o Estado e o funcionalismo público.
No Estado fica tudo na mesma: a subida das contribuições sociais de 11% para 18% é compensada pela devolução de um dos meses anteriormente cortado.
A única boa notícia é a descida das contribuições sociais das empresas de 23,75% para 18%. Vamos ver se isso tem reflexos na criação de trabalho...
Com o défice do Estado - sempre o Estado... - a derrapar e a lei dos compromissos a ser desobedecida, Passos Coelho comporta-se como qualquer socialista: sobrecarrega ainda mais aqueles que produzem riqueza e não averigua o porquê da gestão danosa do Estado. Não se diz o que causou a derrapagem do défice, nem se apontam os responsáveis. No Estado português é assim: não há responsáveis, tudo acontece impunemente.
Mas, acima de tudo, a mensagem de Passos Coelho à navegação é esta: os senhores do Estado podem continuar com a sua gestão fraudulenta e danosa, com o défice sempre acima do previsto, porque cá está o sector privado para pagar.
É por isso que muitos jovens, por sinal os mais válidos profissionalmente, lhe dizem: adeus Coelhinho, que vou emigrar! Arriscamo-nos a ficar cá com a canga dos aparelhos partidários, que seca tudo à sua volta.
E que tal se fosse o Estado a pagar a crise?
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: Impostos, União Europeia
2012/07/16
Cuidado, Alerta !!!
É verdade que o sistema económico-social soviético ruiu, o muro de Berlim foi derrubado (não caiu) e as nações europeias a leste foram libertadas das ditaduras comunistas, dessas que o PC queria em 1975 impor em Portugal, mas não conseguiu.
Daí para cá, em Portugal, o PC perdeu garra, eleitores e deputados. Mas conseguiu aguentar-se numa posição ainda com poder e controla ainda muita coisas no Estado e nos sindicatos. O suficiente para fazer barulho e exigências utópicas, agarrados à cartilha marxista que ainda resta na Constituição de 1976. Se ao PC juntarmos os primos do Bloco e franjas mais radicais do PS, podemos sem grande dificuldade encontrar 20% do eleitorado, ou mais.
Mas é claro que com a derrocada do socialismo soviético, há pouco mais de 20 anos, a luta de classes, a sociedade sem classes e a reforma agrária foram por água abaixo, esta última com a prestimosa ajuda da PAC rebentou com a agricultura portuguesa.
Mas a verdade é que nem os comunistas nem o PC desapareceram em Portugal. Têm-se aguentado, o que significa que ainda estão longe de ser politicamente derrotados. Em grande medida porque é a "direita" (PSD e CDS) que não se quer dar ao trabalho de os derrotar. Mas também porque o socialismo nas duas últimas décadas deixou de lado a construção da economia socialista, limitando-se apenas, ora a pactuar com o capitalismo, que diz combater, ora a dizer mal do sistema capitalista, sem poder apresentar nada como alternativa, pois a verdade é que, pactuando mais ou menos com o capitalismo, o estado socialista depende do capitalismo e dos capitalistas para se alimentar (impostos, taxas, taxinhas...de pessoas singulares, famílias, empresas, sector privado).
Onde o socialismo apostou nas duas últimas décadas (PS, PC e Bloco) foi na engenharia social: promoção do aborto, do divórcio, da homossexualidade, da queda da natalidade, com todas as suas consequências destrutivas, sempre com a justificação da "igualdade". E foi aqui que muitas cabecinhas débeis da "direita" não lhes souberam sair a terreiro, permitindo que eles impusessem a sua agenda radical. Os efeitos negativos desta agenda serão muito piores que os da actual crise económica.
Mas, ainda assim, talvez a situação actual ou futura de alguns bancos dê ao Estado o pretexto para estatizar os bancos que operam em Portugal, passando-se daí para uma ainda maior estatização da economia e para um verdadeiro assalto à propriedade privada como sucedeu no PREC.
Como o Estado são aqueles que lá estão, e muitos são da esquerda totalitária, a caça à propriedade privada (dinheiro e bens) pode voltar. Ponham-se a pau.
Cuidado, alerta !!!
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: Capitalismo, Em Defesa da Vida, Impostos, PREC, socialismo, Universidade Livre
2011/09/05
Sem emenda
A estratégia de comunicação do governo é um fiasco. Ou melhor, não existe. Ninguém percebe porque continuam a aumentar impostos, sobretudo sobre o trabalho e a economia real, enquanto os cortes nas despesas públicas são feitos a medo ou ficam para depois e as transacções financeiras ficam tão aliviadas de impostos. Os ministros anunciam medidas avulsas, cada um as suas, e o governo não fala a uma só voz. Além de carecer de uma estratégia de comunicação, o governo não tem uma narrativa convincente onde possa enquadrar as suas medidas políticas. Esqueceu-se que a política é propaganda, não é economia. Ou seja, o governo não convence ninguém da justeza das suas medidas. Tanto mais que, até agora, não fez nada que o PS já não tivesse feito antes: aumentar impostos e bens. O que prova como, na hora da verdade, o PSD e o CDS não conseguem descolar do socialismo a diesel que sempre os fez tão condicionados e parecidos ao PS.
O que pode a esquerda querer de melhor para voltar ao governo, porque no poder continua, que uma direita sem ideias, sem narrativa, sem convicção nem convicções? O que pode querer de melhor a esquerda de um governo sem capacidade de comunicação, mau grado a imprensa viciada pela esquerda, absorto em números que tenta domar a torto e a direito, sem lhe medir as consequências políticas?
Presa fácil, este governo. Quanto tempo irá durar?
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: Eleições legislativas, Impostos
2010/10/28
Vive o momento
Tudo isso, claro, graças aos “bons ofícios” de um estado social, fortemente alimentado com dinheiro da Comunidade Europeia e dos contribuintes portugueses – dos otários que foram pagando impostos –, que distribuiu subsídios a torto e a direito, dinheiros esses muitas vezes aplicados de forma duvidosa e inverificável. A falta de accountability é uma constante na política e nas finanças portuguesas. Ninguém pede contas aos políticos pela forma como usam o dinheiro que não é deles. Desde que vão dando de mamar a quem chora... não há crise.
Criou-se a expectativa de poder continuar indefinidamente a viver e a gastar desta maneira, numa ascensão interminável de bem-estar fácil e divertido.
O Estado e muitas famílias endividaram-se. Com uma diferença muito significativa: as dívidas das famílias são elas que as pagam. A dívida do Estado fica por conta dos otários que continuam a pagar impostos: pessoas singulares e empresas do sector privado. Sendo o Estado uma “empresa” deficitária, em vias de falência, têm sido os impostos e taxas a alimentar o despesismo próprio de um Estado excessivamente obeso que tenta controlar tudo, agente do que resta de uma ideologia criminosa, que já mostrou os frutos da sua destruição, embora por cá continue a ser branqueada.
Após anos e anos a dizerem aos portugueses que vivam o momento, os sinais de crise e de decadência do sistema parecem mostrar que o momento acabou.
O futuro chegou.
Bem vindos ao futuro.
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: Impostos, União Europeia
2010/09/06
A esquerda e o futuro
É (mais) uma pretensão utópica da esquerda, a par do paraíso terrestre, da eliminação da dor, do sofrimento e, quiçá, da morte corporal, a previsão e o controle do futuro. Nem mais, nem menos.
Por exemplo, Sócrates e Zapatero já sabem ao pormenor como vai ser o clima daqui a 50 anos, como vai variar (aumentar) o défice tarifário da energia, que daqui a 20 anos a escolaridade obrigatória durará 18 anos e incidirá muito mais sobre costumes e conteúdos sociais do que Matemática e Lógica, que quem quiser ter filhos terá de ser submetido a avaliação estatal sobre valores da cidadania e só os poderá adquirir (comprar) in vitro ou trazidos de Paris pela cegonha, em lojas certificadas pelo Estado, a idade e a doença com que cada pessoa vai morrer, as convicções políticas de cada um, o que facilita ao máximo a contagem de espingardas.
Só não conseguem prever atentados como os de 11 de Setembro de 2001, que mudaram o futuro da primeira década do séc. XXI, e talvez muito mais…
Ou será que conseguem?
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: Ambiente, Em Defesa da Vida, Em defesa do Ocidente, Ensino, Impostos, Saúde
2010/07/12
Vítimas e reféns do medo
A recente utilização da posição privilegiada do Estado português na PT para impedir a Telefónica de concretizar o seu negócio em nome dos interesses estratégicos nacionais desencadeou a possibilidade de um debate necessário na política portuguesa, susceptível de ser dirigido contra a esquerda, mas que, curiosamente, ou não, a esquerda se apoderou de forma unilateral, dado que o PSD e o CDS resolveram, mais uma vez, acobardar-se e não entrar na luta ideológica.
Em vez de ser o CDS e o PSD a acusar o PS e a esquerda de se comportarem como donos do Estado, que efectivamente são, e de pretenderem utilizar esse poder para controlar a economia, com o álibi dos interesses nacionais – então, e os interesses nacionais das empresas portuguesas que faliram ou que foram compradas por operadores estrangeiros, desde as pescas aos têxteis e à agricultura, desde a distribuição alimentar à indústria, durante os anos de consulado socialista? – é o PS que vem acusar o PSD de perfilhar a ideologia “neoliberal”. Mas como, se o PSD está calado que nem um rato? Certamente com medo que lhes chamem fascistas.
Teve piada ver o PS e Sócrates acusarem o PSD, referindo-se à ida de Passos Coelho a Madrid, de se ajoelhar diante dos interesses espanhóis. Esqueceram-se rapidamente do TGV para Madrid… Se o Passos Coelho fosse ter com o Zapatero, a conversa era outra…
Mas as contradições de Sócrates não ficam por aqui: ao accionar a golden share para impedir o negócio com a Telefónica contrariou o espírito do Tratado de Lisboa pelo qual tanto se bateu. Que autoridade tem ele para dizer que a Comissão Europeia é ultraliberal, quando foi ele um dos principais partidários do Tratado de Lisboa? Mais: se a PT é estratégica para os interesses nacionais, porque não o são também a GALP, a EDP, a REN, em que o Estado vai prescindir de golden shares? Isto é absolutamente irracional e incoerente.
Seria bom que o PSD não tivesse medo de acusar o PS de querer continuar a alimentar um Estado cada vez mais deficitário e falido, totalitário e parasita, eufemisticamente designado por “social” e “providência”, que sorve os recursos de quem trabalha e produz, esse sim, para pôr ao serviço de uma ideologia que deifica o Estado, ou seja, da esquerda.
Mas não. Em vez do PSD fazer um combate político e ideológico pela limitação dos poderes do Estado e pela redução do seu dirigismo na economia, na educação e na saúde, permitindo que a sociedade civil progressivamente assuma essas funções com liberdade e responsabilidade, limitou-se, pela voz do seu líder em Madrid, a dizer que era um partido social-democrata, que não era nada neoliberal. Como se ser neoliberal fosse algum crime e o Estado social, que tem empobrecido o País e enfrenta um défice galopante pela sua própria sede totalitária de poder, tivesse alguma moral ou autoridade para acusar a economia de mercado, que tem as suas inegáveis limitações, dado que não existem sistemas económicos perfeitos.
A esquerda explora cinicamente no povo português o medo de mudar do Estado social para um Estado mínimo, menos controlador, não socialista. Assim, Portugal vai permanecer dependente do Estado que o empobrece e parasita com impostos e taxas cada vez mais elevados.
Enquanto o Estado social existir, ainda por cima cada vez mais deficitário, não vale a pena pensar em prosperidade e melhores rendimentos, porque isso, simplesmente, não é possível. Nesta altura do campeonato, Estado social significa cada vez mais pobreza.
Nenhum país prospera com uma barbaridade de taxas e impostos, nem enriquece com subsídios. Talvez alguns possam enriquecer, mas não será certamente a trabalhar.
Um Estado que promete tudo, é um Estado que pode tirar tudo. É precisamente em defesa de Portugal e dos portugueses que Passos Coelho não devia ter medo do rótulo de “neoliberal”.
Qual é o mal?
Um Estado mínimo, ou neoliberal, como eles dizem, só pode meter medo aqueles que se perpetuam no poder graças aos votos comprados pela ilusão e dependência de subsídios a uma faixa significativa da população portuguesa, que julga que é assim que prospera e se aproxima de melhores níveis de vida. Puro engano. É o medo de mudar a situação que não os deixa sair da “cepa torta”.
O Estado “social” ou “providência” está cada vez mais insustentável e não vai durar sempre, por muito que a esquerda berre. Cairá, com certeza, como caiu o Estado soviético, que também era “social” ou “providência”, quando os seus partidários garantiam que era inexpugnável.
Podem berrar contra o capitalismo e a economia de mercado, que, por ser um sistema mais flexível e versátil, é o que melhor se adapta às inevitáveis crises e as supera.
Muito pior é um Estado, ou seja um punhado de homens que lá estão metidos na organização, ter tudo nas suas mãos. Porque aí o selvagem é o Estado.
Etiquetas: Capitalismo, Impostos, União Europeia
2010/06/29
De quem é a crise?
É uma constante da natureza humana – essa tal que os intelectuais de esquerda garantem que não existe – cada um assumir como próprios os bons resultados e consequências e assacar aos outros – adversários ou inimigos – tudo aquilo que corre mal.
A situação dos políticos e governantes do momento perante a crise é exactamente esta.
Para o Engº Sócrates, tudo o que de bom considera que aconteceu no País se deve a ele próprio, e a mais ninguém. Pelo contrário, tudo o que correu torto – esquerdo, canhoto – e foi muito, é obviamente culpa dos outros, especialmente de uns especuladores sem nome que andaram por aí. Quando se tenta fazer um exercício de concretização dos culpados, o melhor que se consegue é chegar aos pobres diabos da direita, assim, em genérico.
Ou seja, ninguém – políticos e governantes – é culpado da crise, porque a crise é sempre “dos outros” e por causa dos outros, nunca dos políticos e governantes do regime.
Mas quando vemos as manifestações e os protestos na rua, quem é que nós vemos? O sector público, os funcionários do Estado. Seria natural e muito bom que víssemos na rua a protestar aqueles que com os seus impostos, cada vez mais galopantes, sustentam o sorvedouro insaciável da máquina estatal, tanto cargo político-partidário e subsídio abusivo que parasita o País. Mas não, não vemos a classe média, nem as pequenas, médias e microempresas, que são quem, pela força de abusivos impostos, alimenta o despesismo estatal e paga o défice público, protestar nas ruas. E é pena. Vemos na rua o deficitário sector do Estado com os seus sindicatos a pedir mais dinheiro. Vemos o sector do Estado, altamente deficitário devido a anos e anos de despesismo militante e muitos direitos adquiridos, uma empresa à beira da falência, em vez de reduzir as suas despesas, a tentar defender o status e a pretender ainda mais financiamento de impostos para continuar as suas loucuras.
É, portanto, o Estado, o sector público que está em crise, e não o sector privado, nem a sociedade civil, de quem este Estado vive à custa. E quem é que manda no Estado? A esquerda. A esquerda está, portanto, em crise. Se o Estado falir, onde é que a esquerda vai buscar dinheiro para alimentar o seu monstro?
Na política portuguesa há uma coisa deveras intrigante. O Estado e a esquerda odeiam o sector privado e a propriedade privada. E cobram esse ódio mediante impostos abusivos e o controle através de regulamentos e burocracias absurdas. O sector privado e a direita sociológica sabem disso, mas encolhem os ombros e deixam-se ficar.
Porque será?
Etiquetas: Impostos
2010/05/24
Vive o momento
Nas últimas décadas os portugueses foram compelidos a gastar tudo o que ganharam e mais até do que ganharam. Foi uma atitude que, para além do legítimo interesse comercial de fazer lucro, também teve um interesse político indesmentível. Um povo adormecido e iludido com o seu bem estar individual, assente no consumo e no ter imediato, não levanta problemas políticos ao poder estabelecido. A ilusão da fartura e a oferta de consumo criaram na sociedade uma aparência de enriquecimento crescente, fácil e divertido, em que nada custa e tudo é grátis, o que fixou os portugueses no momento e os alienou das consequências para o futuro.
Tudo isso, claro, graças aos “bons ofícios” de um estado social, fortemente alimentado com dinheiro da Comunidade Europeia e dos contribuintes portugueses – dos otários que foram pagando impostos –, que distribuiu subsídios a torto e a direito, dinheiros esses muitas vezes aplicados de forma duvidosa e inverificável. A falta de accountability é uma constante na política e nas finanças portuguesas. Ninguém pede contas aos políticos pela forma como usam o dinheiro que não é deles. Desde que vão dando de mamar a quem chora... não há crise.
Criou-se a expectativa de poder continuar indefinidamente a viver e a gastar desta maneira, numa ascensão interminável de bem estar fácil e divertido.
O Estado e muitas famílias endividaram-se. Com uma diferença muito significativa: as dívidas das famílias são elas que as pagam. A dívida do Estado fica por conta dos otários que continuam a pagar impostos: pessoas singulares e empresas do sector privado. Sendo o Estado uma “empresa” deficitária, em vias de falência, têm sido os impostos e taxas a alimentar o despesismo próprio de um Estado excessivamente obeso que tenta controlar tudo, agente do que resta de uma ideologia criminosa, que já mostrou os frutos da sua destruição, embora por cá continue a ser branqueada.
Após anos e anos a dizerem aos portugueses que vivam o momento, os sinais de crise e de decadência do sistema parecem mostrar que o momento acabou.
O futuro chegou.
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Unidos = Calados
Uma das reacções à crise, seja por parte de políticos, seja por parte de alguns gestores e administradores de empresas de topo, que mais piada tem tido é dizer que agora, perante a crise, hipoteticamente gerada pelo ataque dos especuladores – quem são eles? Será que o Berardo é especulador? –, temos que estar todos unidos, pelo que não se deve pôr em causa o que nos últimos anos tem sido feito em matéria de política.
A ideia de que agora temos que estar todos unidos, com que se saíram nos últimos tempos Teixeira dos Santos e os administradores Ricardo Salgado e Santos Ferreira, parece vir em resposta a pessoas que não têm medo de chamar os bois pelos nomes, como Fernando Ulrich ou Medina Carreira, expondo claramente a penúria em que se encontra e, provavelmente, vai encontrar a economia e as finanças portuguesas e, sobretudo, a má gestão dos responsáveis do Estado – onde estão eles?
Se estes senhores nunca manifestaram interesse pela unidade nem pela independência nacional, porque é que agora, subitamente, agitam esta bandeira? Será que sentem o lugar tremido?
Que lhes interessa a continuidade do regime socrático, não há dúvidas, mas o que quererão eles dizer com “estar unidos”? Simplesmente, estar calados, não pôr em causa o regime.
Para que o regime possa continuar na mesma.
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A esquerda que pague a crise

Manuel Brás
Vamos lá fazer contas.
Afinal, quem são os grandes responsáveis pelo défice do estado, pela forma como o estado derreteu o dinheiro dos contribuintes que pagaram impostos? Evidentemente, quem manda no estado. E quem manda no estado? Obviamente a esquerda. Desde a educação até à saúde, passando pelas políticas de subsídios, despesas, privilégios e tudo o mais, foi sempre a esquerda que “cortou o bacalhau”. O estado é propriedade privada da esquerda.
Portanto, se o estado chegou à dívida e à falência a responsabilidade é da esquerda que sempre o dominou desde 1974.
Se a esquerda tem uma responsabilidade activa, a direita (PSD e CDS) é responsável por falta de comparência, por negligência, por nunca se ter mobilizado verdadeiramente contra a ditadura de esquerda.
Agora, aguentem-se.
Mas, que ninguém pense que basta esperar sentado para que a crise e o défice estatal passem.
Não basta que mudem os políticos para que ocorra uma mudança substancial em Portugal. Neste momento não há quase nenhum político de topo que mereça confiança e respeito em Portugal. Bem merecem ser corridos aqueles políticos que sempre viveram à sombra de um estado despesista, ou seja, à custa daqueles que pagam impostos. Mais uma vez se repete a receita: falta dinheiro ao estado? Aumentam-se os impostos: que pague quem trabalha; pague mais quem já paga. Até o Passos Coelho já se deixou enrolar pelo sistema viciado, cedendo no aumento de impostos.
Mas não basta que eles vão embora. O regime também tem que ir.
É claro que tudo isto seria mais fácil se a União Europeia rebentasse na sequência da crise. Quem sabe? Vamos fazer por isso?
Ganha Portugal e a Europa.
Não há nenhum regime que dure para sempre.
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2010/04/29
Ó Pátria, para que te quero
Segundo rezam as previsões mais pessimistas, Portugal está a ser contagiado pelo vírus grego e deverá enfrentar em breve uma crise de confiança dos mercados internacionais, com as respectivas consequências para a economia, como o aumento das taxas de juro e mais dificuldade no acesso ao crédito, que as autoridades portuguesas entendem como um ataque dos mercados à credibilidade e à estabilidade da economia portuguesa. Talvez.
É ridículo os políticos, agora que o País está nas lonas após muitos anos de negligência, incompetência e amadorismo da classe política de todos os partidos, virem invocar a Pátria e a Nação e que é preciso unir esforços colectivamente para vencer este desafio.
Até aqui insultavam e demonizavam todos aqueles que invocavam a Pátria e a Nação como desígnios políticos maiores de uma sociedade. Agora, que estão à rasca, lembraram-se que tudo isso existe. Para esses políticos a Pátria e a Nação são só para invocar em caso de desgraça.
Necessariamente tínhamos que chegar aqui, em consequência de muitos anos de Estado despesista, intervencionista, controlador e inútil, cuja principal missão não é servir a sociedade mas garantir postos de trabalho. Portugal, um País com rendimentos médios baixos e impostos altos, tem vivido para alimentar um Estado esbanjador e parasitário, entregue aos caprichos das clientelas partidárias, que só tem que aumentar impostos e criar taxas para se financiar. O Estado rebenta de gordo, como gorda é a sua dívida.
Isto é inaguentável, mesmo num País como Portugal, em que ninguém pede contas aos políticos sobre a forma como usam o dinheiro dos contribuintes, vulgo dos impostos e taxas.
Portugal tem sido um País, desde há décadas, dominado pela esquerda política, também na economia e nas finanças. Por muito que os hipócritas de esquerda venham agora demonizar a situação e o capitalismo, a verdade é que têm sido eles a determinar a forma como os dinheiros públicos são usados e a controlar a utilização do dinheiro dos outros para reforçar os seus poderes políticos: eles têm sabido utilizar o dinheiro dos outros, dos capitalistas, para ganhar poder e alcançar os objectivos da sua agenda política.
As mesmas previsões pessimistas asseguram que se o contágio chega a Espanha, além das óbvias perdas para a economia espanhola e a frustração de alguns “portugueses” que estavam a contar enriquecer sob a bandeira espanhola, existe uma razoável ameaça à zona euro e mesmo à União Europeia (UE).
Tendo em conta que a UE é uma invenção unilateral de políticos, imposta aos povos europeus, em muitos casos sem sequer os consultar, digamos que para esses políticos o fim da UE é bem merecido. Só é pena aquilo que a grande maioria dos europeus poderá sofrer sem qualquer culpa, nem responsabilidade, uma vez que não foram tidos nem achados sobre a UE.
Mas, se calhar, vale a pena o sacrifício para ser livre.
A crise já cá a temos, como noutras épocas da História. Agora só falta o homem.
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: Impostos, Manuel Brás, União Europeia
2009/10/13
As coisas que o Miguel manda…
O Miguel, nosso amigo e colaborador, enviou o seguinte texto, que me atrevo a actualizar com mais uma alínea, no fim:
a-) VAIS TER RELAÇÕES SEXUAIS?... O GOVERNO DÁ UM PRESERVATIVO.
b-) JÁ TIVESTE?... O GOVERNO DÁ A PÍLULA DO DIA SEGUINTE.
c-) ENGRAVIDASTE?... O GOVERNO DÁ O ABORTO.
d-) TIVESTE FILHO?... O GOVERNO DÁ O ABONO DE FAMÍLIA
e-) ESTÁS DESEMPREGADO?... O GOVERNO DÁ O SUBSÍDIO DE DESEMPREGO.
f-) ÉS VICIADO E NÃO GOSTAS DE TRABALHAR?... O GOVERNO DÁ O RENDIMENTO MÍNIMO GARANTIDO
g-) CABULASTE E NÃO FIZESTES O 2º OU O 3º CICLO?... O GOVERNO DÁ-TO EM 3 MESES NAS NOVAS OPORTUNIDADES.
AGORA.... EXPERIMENTA ESTUDAR, TRABALHAR, PRODUZIR E ANDAR NA LINHA PARA VER O QUE TE ACONTECE!!!... O GOVERNO DÁ-TE UMA BOLSA DE IMPOSTOS PARA PAGAR AS ALÍNEAS ANTERIORES!!!
h) És doente terminal? O Governo dá-te a morte através da eutanásia.
manuelbras@portugalmail.pt
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2009/05/29
Presunção e água benta
Garantia o Sócrates – não o Filósofo – há dias, perante as câmaras, com aquele tom ameaçador de ir às fuças a quem se lhe atravessa à frente – porque já sabemos que quem se mete com ele apanha – que a Ferreira Leite não tem jeito para a política e que a direita não tem nada para oferecer aos portugueses.
Vamos por partes.
Talvez MFL não tenha grande jeito para a política: é apagada no discurso, com ideias que não são fortes nem estimulantes, sem elan político, confessou que dispensava os comícios, como se isso não fosse política. Quem dispensa os comícios e a intervenção perante as massas é porque não tem nada de convincente e forte a dizer. Até porque há comícios mais divertido que o circo.
Mas isto não é o pior. O pior é que o Sócrates está convencido que é um génio da política e despreza os que pensam de forma contrária.
Se por política ele entende propaganda, então talvez tenha um jeito ímpar: lembro apenas os aumentos de impostos (incluindo o IVA), o (não) referendo ao Tratado de Lisboa, para não ir a outros apêndices académicos e judiciais.
Como é que a direita pode ter algo para oferecer aos portugueses se, praticamente, não existe? O País está hemiplégico há mais de 30 anos. Só se faz política sob o jugo da esquerda. A que chama o Sócrates direita? Ao CDS e PSD?
O país não sabe o que é a direita porque nunca a viu. Desde a escola primária à universidade, das televisões aos jornais, da opinião pública ao mundo da cultura, tudo está nas mãos da esquerda. E a isso chamam pluralismo. Nos temas mais transcendentes da vida em sociedade, como os limites ao poder do Estado, direito total à vida, casamento, família, educação, saúde, impostos, etc, todos pensam e dizem o mesmo, pretendendo impor a sua ideologia aos outros e obrigando-os a aceitá-la. Se alguém quiser ter uma visão mais aproximada do que é Deus, que olhe para os políticos da esquerda e fica a saber.
E o Sócrates, que tem para oferecer?
Milhares de computadores para comprar votos – sem qualquer avaliação do efeito que isso tem no rendimento escolar, pois ele já concluiu a priori que o resultado é espectacular – educação sexual obrigatória e distribuição de preservativos por mandato ideológico de uns poucos, aborto, divórcio, casamentos gay, eutanásia, cheque dentista – porque não oferece o cheque-ensino? – e, obviamente, mais impostos.
Por fim, oferece às gerações futuras, aos cada vez menos que cá vão ficando, um país podre, decrépito e envelhecido, sob a ameaça de ver o seu espaço ocupado pelo Islão político.
É tudo isto que ele tem para nos oferecer.
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: Em Defesa da Vida, Ensino, Impostos, Manuel Brás, Saúde
2009/05/04
O Exame dos Empregos Verdes
Todos sabemos como é a propaganda. De vez em quando lá aparece uma panaceia para todos os males. Depois, estuda-se, examina-se e afinal…
Pois é, com os empregos verdes parece estar a acontecer isso. Há até quem diga que são a solução para a crise. Serão mesmo?
O melhor é examinar.
Eis algumas contribuições:
Andrew P. Morriss
University of Illinois College of Law; PERC - Property and Environment Research Center; George Mason University - Mercatus Center
William T. Bogart
York College of Pennsylvania
Andrew Dorchak
Case Western Reserve University Law Library
Roger E. Meiners
University of Texas at Arlington
March 11, 2009
U Illinois Law & Economics Research Paper No. LE09-007
Abstract:
A group of studies, rapidly gaining popularity, promise that a massive program of government mandates, subsidies, and forced technological interventions will reward the nation with an economy brimming with green jobs. Not only will these jobs allegedly improve the environment, but they will pay well, be very interesting, and foster unionization. These claims are built on 7 myths about economics, forecasting, and technology. Our team of researchers from universities across the nation surveyed this green jobs literature, analyzed its assumptions, and found that the special interest groups promoting the idea of green jobs have embedded dubious assumptions and techniques within their analyses. We found that the prescribed undertaking would lead to restructuring and possibly impoverishing our society. Therefore, our citizens deserve careful analysis and informed public debate about these assumptions and resulting recommendations before our nation can move forward towards a more eco-friendly nation. To do so, we need to expose these myths so that we can see the facts more clearly.
http://ecotretas.blogspot.com/2009/03/os-mitos-e-os-factos-dos-empregos.html
La negra realidad de los empleos verdes
Publicado el 27-03-09 , por Gabriel Calzada
España se ha convertido en los últimos años en el ejemplo mundial en materia de creación de empleos verdes relacionados con las energías renovables. Ya lo dijo Obama poco antes de su toma de posesión: «piensen en lo que está pasando en España».
El presidente norteamericano aseguró, en medio de una de las mayores crisis económicas de la historia reciente y que más trabajos se está llevando por delante, que las energías renovables «pueden crear millones de empleos adicionales e industrias completamente nuevas».
A quienes proponen generar empleos mediante energías verdes se les suele olvidar un pequeño detalle. Resulta que a día de hoy las principales formas de producción renovable necesitan enormes subvenciones para existir. De hecho, en lo que va de década, el dinero público entregado o comprometido por el Gobierno español en dar un empujoncito a las renovables se acerca a los 30.000 millones de euros. Con esa lluvia de millones que cae permanentemente sobre la industria renovable nadie se extrañará si generan empleo. La cuestión es a qué coste.
Lo importante, como diría el gran economista francés Frederic Bastiat, no es sólo el empleo que se ve sino, también, el que no se ve o, más bien, el que ya no se podrá ver. Cuando el Gobierno decide gastar el dinero del contribuyente en molinos eólicos o placas solares, en lugar de dejar que cada uno lo gaste en lo que quiera, veremos aparecer muchos empleos verdes, pero el coste será el resultado de otras actividades productivas que no llegarán a tener lugar y los empleos que no se crearán debido a la acción gubernamental.
Subvenciones
De acuerdo con las estimaciones europeas acerca de los empleos necesarios para mantener los megavatios renovables de potencia instalados en España (tanto directos como indirectos), cada empleo verde que el gobierno ha ayudado a crear ha requerido más de medio millón de euros en subvenciones. ¡Así cualquiera crea un empleo!
Desde ahora mismo me postulo para crear puestos verdes, azules o amarillos si el Gobierno me da un millón de euros por cada pareja de empleos que cree. Realmente no importará para qué les contrate, porque con ese dinero podría pagarles un sueldo superior al salario mínimo durante más años que la vida laboral de esos empleados. Así que a lo mejor se nos ocurre que una buena forma emplear su fuerza laboral es que produzcan energía tirando de un molino.
Si por un momento nos planteamos cuántos empleos se hubiesen creado en el resto de la economía (aquella que no está tan verde como para necesitar subvenciones) con esa suma de dinero, el resultado serán los empleos que han dejado de existir por el empeño en subvencionar una fuente de energía que aún no es eficiente.
Pues bien, en España resulta que por cada empleo que el Gobierno trata de crear con subvenciones, se destruyen, como mínimo, 2,2 empleos en el conjunto de la economía. Esta es la oscura realidad de los tan cacareados empleos verdes.
Y digo como mínimo porque ese cálculo no tiene en cuenta las deslocalizaciones que los elevados costes de las energías renovables están provocando y provocarán sobre las industrias intensivas en energía (al estar obligadas a comprar a un precio de pool en el que se incluyen las costosísimas renovables), ni los empleos que hubiese generado en la economía el capital que ha fluido hacia las renovables por el simple hecho de que aquí se encontraban las subvenciones.
A la luz de estos datos, los famosos empleos verdes son un camelo del discurso políticamente correcto. Estamos ante un esquema de redistribución de rentas a través del cual unos pocos se forran a costa del ciudadano de a pie. Hasta hoy, sindicatos y ecologistas son cómplices de este saqueo retrógrado.
Los primeros, ya se sabe, no representan a los trabajadores en paro cuyo empleo hubiese existido de no ser por los puestos de trabajo verdes. Sin embargo, deberían ir preocupándose por los empleos que se están deslocalizando por culpa de la elevada factura eléctrica que suponen estas fuentes de electricidad tan de moda.
Los segundos aceptan participar en este atraco a los que menos tienen para dárselo a unos pocos privilegiados porque están más interesados en acabar con las formas de producción energéticas de mercado (objetivo fundamental de su religión verde) que en el bienestar de las capas menos adineradas de la sociedad española.
El progreso económico, la creación de empleo y la más elemental noción de justicia deberían hacernos replantear la conveniencia del apoyo público a los empleos verdes.

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http://www.heritage.org/press/events/ev050409c.cfm
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: Ambiente, Capitalismo, Eleições Americanas, Impostos, Manuel Brás