2010/05/24
Vive o momento
Manuel Brás
Nas últimas décadas os portugueses foram compelidos a gastar tudo o que ganharam e mais até do que ganharam. Foi uma atitude que, para além do legítimo interesse comercial de fazer lucro, também teve um interesse político indesmentível. Um povo adormecido e iludido com o seu bem estar individual, assente no consumo e no ter imediato, não levanta problemas políticos ao poder estabelecido. A ilusão da fartura e a oferta de consumo criaram na sociedade uma aparência de enriquecimento crescente, fácil e divertido, em que nada custa e tudo é grátis, o que fixou os portugueses no momento e os alienou das consequências para o futuro.
Tudo isso, claro, graças aos “bons ofícios” de um estado social, fortemente alimentado com dinheiro da Comunidade Europeia e dos contribuintes portugueses – dos otários que foram pagando impostos –, que distribuiu subsídios a torto e a direito, dinheiros esses muitas vezes aplicados de forma duvidosa e inverificável. A falta de accountability é uma constante na política e nas finanças portuguesas. Ninguém pede contas aos políticos pela forma como usam o dinheiro que não é deles. Desde que vão dando de mamar a quem chora... não há crise.
Criou-se a expectativa de poder continuar indefinidamente a viver e a gastar desta maneira, numa ascensão interminável de bem estar fácil e divertido.
O Estado e muitas famílias endividaram-se. Com uma diferença muito significativa: as dívidas das famílias são elas que as pagam. A dívida do Estado fica por conta dos otários que continuam a pagar impostos: pessoas singulares e empresas do sector privado. Sendo o Estado uma “empresa” deficitária, em vias de falência, têm sido os impostos e taxas a alimentar o despesismo próprio de um Estado excessivamente obeso que tenta controlar tudo, agente do que resta de uma ideologia criminosa, que já mostrou os frutos da sua destruição, embora por cá continue a ser branqueada.
Após anos e anos a dizerem aos portugueses que vivam o momento, os sinais de crise e de decadência do sistema parecem mostrar que o momento acabou.
O futuro chegou.
Nas últimas décadas os portugueses foram compelidos a gastar tudo o que ganharam e mais até do que ganharam. Foi uma atitude que, para além do legítimo interesse comercial de fazer lucro, também teve um interesse político indesmentível. Um povo adormecido e iludido com o seu bem estar individual, assente no consumo e no ter imediato, não levanta problemas políticos ao poder estabelecido. A ilusão da fartura e a oferta de consumo criaram na sociedade uma aparência de enriquecimento crescente, fácil e divertido, em que nada custa e tudo é grátis, o que fixou os portugueses no momento e os alienou das consequências para o futuro.
Tudo isso, claro, graças aos “bons ofícios” de um estado social, fortemente alimentado com dinheiro da Comunidade Europeia e dos contribuintes portugueses – dos otários que foram pagando impostos –, que distribuiu subsídios a torto e a direito, dinheiros esses muitas vezes aplicados de forma duvidosa e inverificável. A falta de accountability é uma constante na política e nas finanças portuguesas. Ninguém pede contas aos políticos pela forma como usam o dinheiro que não é deles. Desde que vão dando de mamar a quem chora... não há crise.
Criou-se a expectativa de poder continuar indefinidamente a viver e a gastar desta maneira, numa ascensão interminável de bem estar fácil e divertido.
O Estado e muitas famílias endividaram-se. Com uma diferença muito significativa: as dívidas das famílias são elas que as pagam. A dívida do Estado fica por conta dos otários que continuam a pagar impostos: pessoas singulares e empresas do sector privado. Sendo o Estado uma “empresa” deficitária, em vias de falência, têm sido os impostos e taxas a alimentar o despesismo próprio de um Estado excessivamente obeso que tenta controlar tudo, agente do que resta de uma ideologia criminosa, que já mostrou os frutos da sua destruição, embora por cá continue a ser branqueada.
Após anos e anos a dizerem aos portugueses que vivam o momento, os sinais de crise e de decadência do sistema parecem mostrar que o momento acabou.
O futuro chegou.
Etiquetas: Impostos, União Europeia