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2010/05/24

A esquerda que pague a crise 


Manuel Brás

Vamos lá fazer contas.

Afinal, quem são os grandes responsáveis pelo défice do estado, pela forma como o estado derreteu o dinheiro dos contribuintes que pagaram impostos? Evidentemente, quem manda no estado. E quem manda no estado? Obviamente a esquerda. Desde a educação até à saúde, passando pelas políticas de subsídios, despesas, privilégios e tudo o mais, foi sempre a esquerda que “cortou o bacalhau”. O estado é propriedade privada da esquerda.

Portanto, se o estado chegou à dívida e à falência a responsabilidade é da esquerda que sempre o dominou desde 1974.

Se a esquerda tem uma responsabilidade activa, a direita (PSD e CDS) é responsável por falta de comparência, por negligência, por nunca se ter mobilizado verdadeiramente contra a ditadura de esquerda.

Agora, aguentem-se.

Mas, que ninguém pense que basta esperar sentado para que a crise e o défice estatal passem.

Não basta que mudem os políticos para que ocorra uma mudança substancial em Portugal. Neste momento não há quase nenhum político de topo que mereça confiança e respeito em Portugal. Bem merecem ser corridos aqueles políticos que sempre viveram à sombra de um estado despesista, ou seja, à custa daqueles que pagam impostos. Mais uma vez se repete a receita: falta dinheiro ao estado? Aumentam-se os impostos: que pague quem trabalha; pague mais quem já paga. Até o Passos Coelho já se deixou enrolar pelo sistema viciado, cedendo no aumento de impostos.

Mas não basta que eles vão embora. O regime também tem que ir.

É claro que tudo isto seria mais fácil se a União Europeia rebentasse na sequência da crise. Quem sabe? Vamos fazer por isso?

Ganha Portugal e a Europa.

Não há nenhum regime que dure para sempre.

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