2010/04/29
Ó Pátria, para que te quero
Manuel Brás
Segundo rezam as previsões mais pessimistas, Portugal está a ser contagiado pelo vírus grego e deverá enfrentar em breve uma crise de confiança dos mercados internacionais, com as respectivas consequências para a economia, como o aumento das taxas de juro e mais dificuldade no acesso ao crédito, que as autoridades portuguesas entendem como um ataque dos mercados à credibilidade e à estabilidade da economia portuguesa. Talvez.
É ridículo os políticos, agora que o País está nas lonas após muitos anos de negligência, incompetência e amadorismo da classe política de todos os partidos, virem invocar a Pátria e a Nação e que é preciso unir esforços colectivamente para vencer este desafio.
Até aqui insultavam e demonizavam todos aqueles que invocavam a Pátria e a Nação como desígnios políticos maiores de uma sociedade. Agora, que estão à rasca, lembraram-se que tudo isso existe. Para esses políticos a Pátria e a Nação são só para invocar em caso de desgraça.
Necessariamente tínhamos que chegar aqui, em consequência de muitos anos de Estado despesista, intervencionista, controlador e inútil, cuja principal missão não é servir a sociedade mas garantir postos de trabalho. Portugal, um País com rendimentos médios baixos e impostos altos, tem vivido para alimentar um Estado esbanjador e parasitário, entregue aos caprichos das clientelas partidárias, que só tem que aumentar impostos e criar taxas para se financiar. O Estado rebenta de gordo, como gorda é a sua dívida.
Isto é inaguentável, mesmo num País como Portugal, em que ninguém pede contas aos políticos sobre a forma como usam o dinheiro dos contribuintes, vulgo dos impostos e taxas.
Portugal tem sido um País, desde há décadas, dominado pela esquerda política, também na economia e nas finanças. Por muito que os hipócritas de esquerda venham agora demonizar a situação e o capitalismo, a verdade é que têm sido eles a determinar a forma como os dinheiros públicos são usados e a controlar a utilização do dinheiro dos outros para reforçar os seus poderes políticos: eles têm sabido utilizar o dinheiro dos outros, dos capitalistas, para ganhar poder e alcançar os objectivos da sua agenda política.
As mesmas previsões pessimistas asseguram que se o contágio chega a Espanha, além das óbvias perdas para a economia espanhola e a frustração de alguns “portugueses” que estavam a contar enriquecer sob a bandeira espanhola, existe uma razoável ameaça à zona euro e mesmo à União Europeia (UE).
Tendo em conta que a UE é uma invenção unilateral de políticos, imposta aos povos europeus, em muitos casos sem sequer os consultar, digamos que para esses políticos o fim da UE é bem merecido. Só é pena aquilo que a grande maioria dos europeus poderá sofrer sem qualquer culpa, nem responsabilidade, uma vez que não foram tidos nem achados sobre a UE.
Mas, se calhar, vale a pena o sacrifício para ser livre.
A crise já cá a temos, como noutras épocas da História. Agora só falta o homem.
manuelbras@portugalmail.pt
Segundo rezam as previsões mais pessimistas, Portugal está a ser contagiado pelo vírus grego e deverá enfrentar em breve uma crise de confiança dos mercados internacionais, com as respectivas consequências para a economia, como o aumento das taxas de juro e mais dificuldade no acesso ao crédito, que as autoridades portuguesas entendem como um ataque dos mercados à credibilidade e à estabilidade da economia portuguesa. Talvez.
É ridículo os políticos, agora que o País está nas lonas após muitos anos de negligência, incompetência e amadorismo da classe política de todos os partidos, virem invocar a Pátria e a Nação e que é preciso unir esforços colectivamente para vencer este desafio.
Até aqui insultavam e demonizavam todos aqueles que invocavam a Pátria e a Nação como desígnios políticos maiores de uma sociedade. Agora, que estão à rasca, lembraram-se que tudo isso existe. Para esses políticos a Pátria e a Nação são só para invocar em caso de desgraça.
Necessariamente tínhamos que chegar aqui, em consequência de muitos anos de Estado despesista, intervencionista, controlador e inútil, cuja principal missão não é servir a sociedade mas garantir postos de trabalho. Portugal, um País com rendimentos médios baixos e impostos altos, tem vivido para alimentar um Estado esbanjador e parasitário, entregue aos caprichos das clientelas partidárias, que só tem que aumentar impostos e criar taxas para se financiar. O Estado rebenta de gordo, como gorda é a sua dívida.
Isto é inaguentável, mesmo num País como Portugal, em que ninguém pede contas aos políticos sobre a forma como usam o dinheiro dos contribuintes, vulgo dos impostos e taxas.
Portugal tem sido um País, desde há décadas, dominado pela esquerda política, também na economia e nas finanças. Por muito que os hipócritas de esquerda venham agora demonizar a situação e o capitalismo, a verdade é que têm sido eles a determinar a forma como os dinheiros públicos são usados e a controlar a utilização do dinheiro dos outros para reforçar os seus poderes políticos: eles têm sabido utilizar o dinheiro dos outros, dos capitalistas, para ganhar poder e alcançar os objectivos da sua agenda política.
As mesmas previsões pessimistas asseguram que se o contágio chega a Espanha, além das óbvias perdas para a economia espanhola e a frustração de alguns “portugueses” que estavam a contar enriquecer sob a bandeira espanhola, existe uma razoável ameaça à zona euro e mesmo à União Europeia (UE).
Tendo em conta que a UE é uma invenção unilateral de políticos, imposta aos povos europeus, em muitos casos sem sequer os consultar, digamos que para esses políticos o fim da UE é bem merecido. Só é pena aquilo que a grande maioria dos europeus poderá sofrer sem qualquer culpa, nem responsabilidade, uma vez que não foram tidos nem achados sobre a UE.
Mas, se calhar, vale a pena o sacrifício para ser livre.
A crise já cá a temos, como noutras épocas da História. Agora só falta o homem.
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: Impostos, Manuel Brás, União Europeia