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2009/05/29

Presunção e água benta 

Manuel Brás

Garantia o Sócrates – não o Filósofo – há dias, perante as câmaras, com aquele tom ameaçador de ir às fuças a quem se lhe atravessa à frente – porque já sabemos que quem se mete com ele apanha – que a Ferreira Leite não tem jeito para a política e que a direita não tem nada para oferecer aos portugueses.

Vamos por partes.

Talvez MFL não tenha grande jeito para a política: é apagada no discurso, com ideias que não são fortes nem estimulantes, sem elan político, confessou que dispensava os comícios, como se isso não fosse política. Quem dispensa os comícios e a intervenção perante as massas é porque não tem nada de convincente e forte a dizer. Até porque há comícios mais divertido que o circo.

Mas isto não é o pior. O pior é que o Sócrates está convencido que é um génio da política e despreza os que pensam de forma contrária.

Se por política ele entende propaganda, então talvez tenha um jeito ímpar: lembro apenas os aumentos de impostos (incluindo o IVA), o (não) referendo ao Tratado de Lisboa, para não ir a outros apêndices académicos e judiciais.

Como é que a direita pode ter algo para oferecer aos portugueses se, praticamente, não existe? O País está hemiplégico há mais de 30 anos. Só se faz política sob o jugo da esquerda. A que chama o Sócrates direita? Ao CDS e PSD?

O país não sabe o que é a direita porque nunca a viu. Desde a escola primária à universidade, das televisões aos jornais, da opinião pública ao mundo da cultura, tudo está nas mãos da esquerda. E a isso chamam pluralismo. Nos temas mais transcendentes da vida em sociedade, como os limites ao poder do Estado, direito total à vida, casamento, família, educação, saúde, impostos, etc, todos pensam e dizem o mesmo, pretendendo impor a sua ideologia aos outros e obrigando-os a aceitá-la. Se alguém quiser ter uma visão mais aproximada do que é Deus, que olhe para os políticos da esquerda e fica a saber.

E o Sócrates, que tem para oferecer?

Milhares de computadores para comprar votos – sem qualquer avaliação do efeito que isso tem no rendimento escolar, pois ele já concluiu a priori que o resultado é espectacular – educação sexual obrigatória e distribuição de preservativos por mandato ideológico de uns poucos, aborto, divórcio, casamentos gay, eutanásia, cheque dentista – porque não oferece o cheque-ensino? – e, obviamente, mais impostos.

Por fim, oferece às gerações futuras, aos cada vez menos que cá vão ficando, um país podre, decrépito e envelhecido, sob a ameaça de ver o seu espaço ocupado pelo Islão político.

É tudo isto que ele tem para nos oferecer.

manuelbras@portugalmail.pt

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