2009/05/13
Declínio Demográfico
Manuel Brás
Embora os políticos que temos governem para o instante que passa e para se manterem o mais que podem no lugar e não mostrem qualquer sensibilidade para o assunto, temos aqui chamado a atenção para o declínio demográfico em curso da Europa durante as últimas décadas.
Este é talvez o facto político mais relevante no presente e para o futuro imediato das nações europeias, Portugal incluído, e para todo o Ocidente.
No meio de tantas previsões, os políticos não se atrevem a prever como será Portugal, a Europa e o Ocidente em 2050, ou seja daqui a 40 anos. E é imprescindível que o façam, porque pode até acontecer que algumas nações europeias nem sequer já existam e o poder pode estar noutras mãos. Afinal de contas, para quê e para quem é que as actuais gerações andam a acumular riqueza, se a continuidade da Europa e da nossa civilização está em perigo?
A miséria demográfica europeia tem culpados: aqueles que mentalizaram os europeus na indiferença e na desvalorização da família e da maternidade, habilmente, de modo a ocupar um lugar atrás de muitas outras coisas no ranking de prioridades na vida.
O ateísmo e a perda do sentido de Deus na vida contribuem para olhar com reservas para a maternidade e a natalidade. Em países onde as convicções religiosas foram abaladas e substituídas pelo ateísmo e pelo materialismo a taxa de fertilidade desceu a pique e hoje estão envelhecidos. Em países onde as convicções religiosas, e em geral a crença em Deus, se mantiveram pujantes as taxas de nascimentos são bem maiores: veja-se o que sucede nos países islâmicos e em África.
A miséria demográfica europeia tem beneficiários: a imigração, especialmente islâmica e de África. Note-se que a imigração não é culpada do declínio demográfico europeu. Não foi por causa dos imigrantes que os europeus deixaram de ter filhos. A culpa está toda no Ocidente, especialmente no ateísmo/materialismo.
O perigo é, com o tempo, a imigração ocupar o vazio de poder deixado por uma Europa envelhecida e em declínio demográfico, ou seja, pela falta de comparência. O perigo é as lideranças islâmicas verificarem que, onde e quando estiverem em condições disso, podem impor a sua lei e o seu regime político na Europa, sem apelo nem agravo. Isso pode acontecer. Algumas nações europeias podem transformar-se numa Turquia, num Irão, numa Argélia, num Egipto, num Iraque, etc…
Isto não é um apelo ou incitação à expulsão dos muçulmanos que hoje vivem na Europa, como pretende interpretar o basismo de raciocínio politicamente correcto.
É um aviso para um perigo existente e sobretudo um impulso vital para se inverter as tendências demográficas europeias, com base na introdução de uma cultura de família e natalidade, que hoje a generalidade dos políticos despreza como sinal de “modernidade”.
O problema é que a “modernidade” nos leva à extinção.
Não venham depois culpar a imigração pelas asneiras que os políticos e governantes de hoje estão a fazer, nem por aquilo que os europeus deviam ter feito e não fizeram.
Quem cá ficar é que manda.
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