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2004/04/17

O declínio da Europa e a ideologia onusiana (III) 

(continuação do post de 2004/04/16)

Com a resposta da esquerda através do novo paradigma – novo contrato social – onusiano, torna-se evidente que não existe um só modelo de globalização. Podemos considerar uma globalização espontânea e respeitadora de identidades, uma globalização meramente económica – protagonizada por empresas – e ainda uma globalização construtivista, artificial, que parte das ideias e ignora a realidade, dirigida pela ONU.

A oposição à globalização económica – manifestações em diversas partes do mundo aquando das cimeiras dos G-8 e de outros encontros de líderes mundiais – é impropriamente dita como anti-globalização. Os chamados movimentos antiglobalização (Forum Social Mundial, ONG’s, etc.) perseguem um determinado tipo de globalização que vai muito além daquela que pode ser protagonizada pelas empresas e pela economia, procurando corrigir e orientar o processo. Os movimentos antiglobalização são extremamente globalizantes e exigem o cumprimento da nova ordem imposta pela ideologia onusiana. Eles são os peões do novo paradigma no terreno.

Porquê esta reacção à globalização económica? Porque o novo paradigma considera que as empresas não são capazes de integrar as pessoas na sociedade em ordem a uma cidadania mundial, nem de proporcionar qualquer outro crescimento que não seja o económico. Daí a necessidade de um novo contrato social e de um consenso mundial a respeito dos novos valores que devem orientar tal processo.

É daqui que nasce a ética planetária, construtivista e imanente, que pretende transcender as religiões e as culturas pelo seu carácter mundial e inclusivo, fechada à Revelação religiosa e sem antropologia: uma ética centrada no indivíduo egoísta. As religiões são até acusadas de dividir a humanidade e de ser causa de guerras, pelo que devem ficar fora da elaboração de um consenso mundial. Quando muito poderão servir como instrumentos úteis para a sua implantação.

Nesse discurso ético, a linguagem judaico-cristã é utilizada, mas esvaziada do seu conteúdo transcendental e reinterpretada a uma luz puramente imanente. Daí a confusão nos espíritos de boa vontade que não dominam a linguagem da ONU. Aquilo que querem dizer quando aplicam certos termos onusianos é bem diferente daquilo que o novo paradigma entende. Embora falando a mesma linguagem, as bases antropológicas são radicalmente diferentes e inconciliáveis entre si.

Esta ideologia onusiana, cuja aplicação é um imperativo absoluto, não admite alternativas. Sem ela a humanidade soçobra no desastre ecológico mundial, ameaçando a sobrevivência da humanidade e do planeta, no extremismo religioso e no terrorismo, na pobreza e desigualdade crescentes, no aumento das doenças, no aumento dos focos de conflitos sociais e na insegurança e, enfim, na famosa sobrepopulação.
Tal ideologia é messiânica, como o é o marxismo; daí o seu carácter profundamente religioso – é uma religião que pretende substituir outras na cena mundial –, que se identifica com o político e com uma visão holística do homem e do mundo, de onde o carácter totalitário. Nada do que é humano fica de fora do seu alcance.

Estes valores não devem ser apenas aceites duma forma passiva, mas interiorizados, cada um deve fazê-los seus, e desenvolvem-se em dois eixos:

- antropocêntrico: constituído por um individualismo neo-liberal protestante e pelo neo-socialismo (que preconiza um desenvolvimento centrado nas pessoas)
- ecológico: a natureza tem prioridade sobre o homem, de onde o neo-colectivismo.

Apela-se a uma nova consciência ecológica, a uma afinidade com os povos indígenas, considerados exemplares neste particular, com lições para nos dar. A Terra, que representa a totalidade das formas de vida, é o grande todo e fonte de toda a vida: é sagrada. Todas as formas de vida são iguais e beneficiam de direitos iguais. Os seres humanos devem identificar-se com toda a comunidade da Terra.

Não se admitem outras visões da questão ambiental, outras soluções para a poluição. Curiosamente, nem sequer se atrevem a questionar se a industrialização – de longe a maior causa de poluição na Terra – foi, ou não, um passo bem dado pela humanidade e continue a valer a pena nos moldes actuais. Este sim, será um debate com interesse, em que um número alargado de pessoas, uma maioria, pode participar. Mas o novo paradigma não está para consultar maiorias. Se podem ser os iluminados a decidir, porque é que hão-de ser os outros?

O holismo da ONU preconiza uma nova linguagem e, simultaneamente, um novo sentido para alguns termos já consagrados. Pretende que o novo paradigma se desembaraçe da autoridade (parental, religiosa, estatal), da transcendência, do dogma, da ética monoteísta, de Deus, da família tradicional e dos seus valores, da soberania nacional, do conhecimento objectivo, da lei natural, da liberdade de iniciativa.

Para isso, no início dos anos 90, purificou-se a nova linguagem de um certo número de palavras, tais como governo, responsabilidade, família, soberania, e excluiu-se da construção do consenso parceiros, tais como as empresas, as religiões, as famílias tradicionais. No entanto, esta rejeição foi discreta e executada de forma inclusiva, de modo a transformar os valores nos quais os conceitos rejeitados se baseavam. Rejeita-se, por exemplo, o conceito de família e cria-se o conceito de família em todas as suas formas, que parece integrar a família tradicional, mas que, na realidade a exclui.

O holismo – a visão integrada das coisas – é o aspecto mais importante e mais novo da revolução cultural, pelo que é preciso conhecê-lo bem. Foi num processo de integração holístico que os mentores da ideologia onusiana desvirturam e redefiniram os conceitos tradicionais, infiltrando os seus valores e objectivos nos novos conceitos. Tal integração transforma a identidade do conceito tradicional e tende a destruí-lo.

Só nos restam duas alternativas de resposta: reclarificar os conceitos ou inventar uma nova linguagem.

Manuel Brás

(continua num próximo post)

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2004/04/16

O declínio da Europa e a ideologia onusiana (II) 

(continuação do post de 2004/04/15)

Com a queda do muro de Berlim ruiu o comunismo enquanto sistema. Mas os comunistas e socialistas não acabaram. Como se tem verificado.

De facto, continuam no poder, agora pela via eleitoralista, em importantes países do ex-bloco soviético, tais como a Polónia e a própria Rússia. Há quem diga que quando o sistema caiu não havia outras forças políticas preparadas para assumir os novos destinos. Assim, provavelmente, nunca irá haver.

Aqui há algo de curioso. Quando os sistemas socialistas caem, não há forças políticas alternativas para os substituir. Quando são outros os regimes que caem, os socialistas estão sempre prontos para governar. Fantástico, não é?

Serão eles os homens “fortes e independentes, preparados e predestinados para o comando” em que “encarna a razão e a arte de uma raça dominante”, que Nietzsche proclama em “Para Além do Bem e do Mal”, portadores de uma alma aristocrática relativamente à qual “outros seres têm por natureza de sujeitar-se e sacrificar-se-lhe”? Talvez.

Sucedeu, porém, que, caído o muro em 1989, a globalização económica e empresarial era uma tendência muito difícil, ou mesmo impossível, de conter entre dois blocos que já não existiam. Era só uma questão de tempo.

E os socialistas perceberam isso. Perceberam que já não fazia sentido falar de luta de classes, nem de confronto entre o proletariado e o capitalismo, nem fazer guerra aberta à iniciativa privada e muito menos a um sistema capitalista, que poderiam tentar moldar à sua maneira.

No início dos anos 90 a esquerda percebeu que devia enfrentar a nível global a globalização económica em curso, tida como imoral ou, pelo menos, amoral. Por isso, a fim de corrigir os males atribuídos à globalização económica – pobreza, violação dos direitos do homem, fragmentação social, desigualdade, injustiça, degradação do ambiente – a ONU entende ser sua responsabilidade dar-lhes uma resposta social e ética, reforçando a sua imagem de autoridade moral mundial, revelando ao mundo aquilo que designaram como uma ética planetária.

Foi este novo paradigma que a esquerda mundial criou nos anos 90: desenvolvimento sustentado, governação mundial, abordagem integrada (holismo), saúde e direitos reprodutivos, direito de escolha, estado de direito, diálogo, consenso, qualidade de vida, igualdade de todas as formas de vida e a consagração de múltiplas formas de família. Esse “novo paradigma” assumido pela ONU – e que esta tenta que o mundo aceite – teve como visionários vários especialistas e líderes mundiais, tais como Gro Harlem Bruntland, Bella Abzug, Nafis Sadik, Maurice Strong, Bill Clinton e Al Gore.

De início as empresas foram afastadas do consenso. Porém, após a criação de normas sociais, culturais, ambientais e éticas e a convocação crescente de ONG´s, consideradas como representativas da sociedade civil, com a missão de vigiar e corrigir as empresas e a iniciativa privada, servindo-lhes de contrapeso, as empresas foram integradas no novo sistema pela esquerda mundial. O crescente número de ONG’s que participaram nas Cimeiras da ONU ao longo dos anos 90 é bem elucidativo do que acaba de ser dito: 45 na Cimeira da Criança em Nova Iorque (1990) e 2400 na Habitat II em Istambul (1996), enquanto na de Pequim (1995), 30.000 pessoas representaram 2100 ONG’s.

É como se agora a luta de classes se colocasse entre ONG’s e empresas, mas com uma diferença significativa: sem confronto, – conceito proscrito pelo novo paradigma – pelo consenso.

Nos anos 90 a esquerda tomou a dianteira, desenhou o novo paradigma sem ondas nem discussão – evitando ao máximo o confronto de ideias, – apelou ao consenso sobre o seu próprio diktat no seio da ONU, sem que alguém fizesse resistência ao empowerment das ONG’s radicais. Enquanto isso, a direita, mais uma vez, geria muito mal – não geria, nem digeria – todas as aspirações e tendências culturais e espontâneas que se insinuaram nos anos 90.

Manuel Brás

(continua num próximo post)

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2004/04/15

Estou siderado! 

Siderado por tantas reacções a propósito da polémica que suscitei entre nacionalistas com o comentário à entrevista famosa do P. M. à RTP e, depois, com os meus comentários ao texto de "Manuel Azinhal" s/ o Imperialismo Americano e ao texto recolhido do Poeta Goulart Nogueira, transcrito pelo Nova Frente.

Li com muito interesse alguns curtos mas incisivos comentários do "Fascismo em rede", particularmente os que se chamam "Um espanto" e "Reflexão em voz baixa".

Acompanho-o mas receando que nem agora tenhamos conseguido "atingir sectores muito para além do círculo fechado em que se movimentam os devotos."

Mas Deus queira que sim e que a sua Rede tenha razão.

Espero, pelo menos, que alguma ajuda tenha dado o facto de já, há muitíssimo, não estarmos num "círculo fechado" de devotos.

Eu, e outros aqui, não somos desses "devotos".

Pode ser, por isso, que o blogue da Aliança Nacional tenha efectivamente rompido o círculo.

Não pretendemos rasgá-lo, ao círculo, queríamos apenas rompê-lo: para arejá-lo e iluminá-lo minimamente.

Se conseguimos, o futuro dirá.

Não gostamos, claro, particularmente, é das deturpações a que palavras nossas continuam a ser sujeitas.

Por exemplo — um exemplo curto e simples que não leva muitas palavras — aquela do "pardeeiro.blogstop" ter transformado em "o texto fundador do novo nacionalismo português" (a propósito de "Uma Ideia de Portugal", do PND) aquilo que realmente escrevi: "um (possível) texto fundador".

De "um" para "o" vai neste, e em qualquer caso, um abismo.

Eu, por mim, não faço propaganda a ninguém, no sentido promocional em que "Pardeeiro" parece apontar.

De qualquer modo, se assim for, todos de alguma maneira estamos a promover o PND - Partido da Nova Democracia.

Quem o não quiser fazer, tem de silenciar.

Aqui continuar-se-á a falar do PND e outros, sempre que o julgarmos oportuno para o nacionalismo.

A.C.R.

O declínio da Europa e a ideologia onusiana (I) 

A ascensão do terrorismo associado à presença islâmica, – agora também na Europa, onde é pretexto para imprevistas mudanças políticas – a crise demográfica sem precedentes, – populações extremamente envelhecidas, natalidades muito abaixo do necessário para manter um equilíbrio populacional, regiões, sobretudo interiores, em crescente desertificação humana – a instabilidade e a precaridade no mundo laboral e na instituição familiar, o imediatismo, a falta de visão e de sentido da generalidade dos políticos que “governam” as nações europeias: eis os grandes e reveladores sinais de uma época de decadência moral, social e política para a Europa.

O diagnóstico dessa decadência já muitos fizeram. Infelizmente, talvez não sejam tantos aqueles que contribuem para compreender e desmontar a nova ideologia e a mentalidade que nos últimos 10 ou 15 anos se apoderou da ONU, com a qual pretende governar o mundo, mediante a imposição – que o conserto das nações, ou aquilo que delas resta, deve aceitar – de uma ética planetária.

Infelizmente, talvez não sejam muitos aqueles que contribuem para desmantelar essa subtil e terrível lógica totalitária e mundialista, porque não a entendem devidamente. Para se poder vencer ou ultrapassar um obstáculo é imprescindível entendê-lo nos seus termos, para lhe dar melhor solução. E isso, a generalidade dos políticos ainda não foi, ou não quis ser, capaz de fazer.

É por isso que vemos governantes e políticos repetir até à exaustão a nova terminologia da vulgata onusiana, tais como consenso, governação, desenvolvimento sustentado, diálogo, questão, direito de escolha, estado de direito, tolerância, etc... Agora já sabemos de onde lhes vem o verbo.

A classe política que domina actualmente a Europa é, em geral, fraca: de ideias, de convicções, de carácter. Retrocedem infantilmente perante forças emergentes e opostas. Fraco rei faz fraca a forte gente. E nas batalhas em que se envolvem, nem sequer as travam com inteligência. Assim com os EUA, como com a ONU.

As nações europeias estão entregues a uma classe política que não preza a sua própria soberania, liberdade e independência. Dá vontade de lhes dizer: nem a vossa liberdade, nem as vossas prisões; porque a vossa liberdade é uma prisão.

Quando emergirá um movimento político capaz de superar a esquerda mundial e totalitária? A direita partidária não poderá ser porque aí não existe qualquer pensamento, e até mesmo ela própria poderá não existir. Terá que ser um pensamento e um movimento a que devemos chamar pós-moderno, na medida em que deverá superar as aldrabices em que se sustenta a modernidade. Mas, para isso, é preciso conhecê-las. E a ideologia onusiana é a mãe de todas elas.

O Futuro Presente continua, há mais de vinte anos, a ser uma escola de ideias e de pensamento, alternativo ao único; uma luz que brilha no firmamento cultural e político português. O seu nº 53/54 brinda-nos com um longo e excelente artigo sobre a revolução cultural mundial dos anos 90.

Depois disto, já ninguém que o leia pode dizer que não sabe o que pensar e o que fazer.

Manuel Brás

(continua num próximo post)

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2004/04/14

Os Nacionalistas não querem nada com as grandes reformas em curso? 

Tinha prometido há dias (v. poste de 1 do corrente, "Nacionalismo não é anquilose, etc.") voltar a irritar os que não me perdoam uma apreciação positiva do Primeiro-Ministro.

Já alguns terão percebido que essa irritação dá certo gozo.

O que os blogues têm de melhor é esta informalidade, consentida ou não, que proporcionam. Quando estamos cansados da máscara de seriedade de quem "não dá confiança"; ou fartos de apontar o dedo ou de ver os outros apontar-nos o seu; ou quando nos sentimos muito carecidos de não pensar nas complicações em outras áreas da nossa actividade, é verdadeiramente um alívio empenharmo-nos no blogue sem um peso excessivo de responsabilidades e sem complexos.

A seriedade dos assuntos e das situações, sobre que nos aplicamos, impõe muitas vezes um certo tipo de descontracção.

Pois cá estou de novo a elogiar o governo.

Escrevi no poste para que remeti de início, depois de censurar os nacionalistas intelectualmente limitados à Literatura, na 2ª metade do séc. XX:

"Temos de vencer também esse outro beco aparentemente sem saída (...).

"Não se compreenderia que os novos nacionalistas não reagíssemos fortemente, no sentido de ocuparmos um terreno donde têm andado bastante ausentes os que se consideram nacionalistas.

"O que eu vou dizer, os exemplos que vou dar, atrairão com certeza as iras dos que tudo demonizam, considerando-me, considerando-nos ao serviço de interesses obscuros ou, para eles bem claros, malevolamente "bem claros": o Governo e Durão Barroso, os Americanos e a CIA."

Fim de citação.

Hoje tenho para elogiar o Governo de Durão Barroso alguns pontos das suas reformas em curso ou mais recentemente anunciadas:

- A verificação da melhor produtividade em 2003 dos Hospitais empresarializados, mas também dos próprios Hospitais públicos tradicionais;
- Os primeiros resultados da crescente utilização dos genéricos em matéria de receituário médico;
- As actividades, discretamente anunciadas e realizadas, da Agência Portuguesa de Investimento;
- E, talvez principalmente, a concretização em curso do programa de descentralização administrativa das grandes, médias e pequenas associações de municípios, que talvez daqui a poucos anos possamos festejar como um grande ressurgimento do municipalismo em Portugal.

Porque é que os nacionalistas não hão-de acompanhar positivamente estas grandes realidades e promessas reformistas?

Têm aqui os novos nacionalistas um grande teste às suas capacidades e convicções.

A.C.R.

2004/04/13

PND — Partido da Nova Democracia surpreende pelo seu nacionalismo? 

O Miguel Cruz Rodrigues e o "Manuel Azinhal" convenceram-me a ler o texto de apresentação do PND que dá pelo nome de "Uma Ideia de Portugal".

Surpresa!

É um texto do mais puro e profundo neo-nacionalismo.

Não que o neo-nacionalismo ou nacionalismo pós-moderno lá esteja, lá esteja todo, naturalmente.

Mas o que lá está é verdadeiramente importante.

Talvez venha mesmo a ser considerado, algum dia, um texto fundador do novo nacionalismo português.

Como o são, digo-o já agora, bastantes passagens de Paulo Portas ou de Telmo Correia, por exemplo, ambos do PP.

Não que o novo nacionalismo tenha coisa alguma a ver com um "albergue espanhol"...

É que há grandes afinidades ideológicas e de pensamento político entre Manuel Monteiro (PND) e os nomes citados.

Por muito que a praxis política os tenha separado e feito divergir (praxisticamente).

De resto, poderia também citar bons nomes de teóricos e ideólogos do PSD, mas é prudente não "espantar" ou alertar duma só vez para todas ou tantas abelhas boas obreiras.

No PPM é que não sei se haverá hoje "alguma" ou alguém.

Quem quer ir verificar por mim?

É que este blogue da Aliança Nacional a que, numa hora talvez do Demo, me deixei tentar, já tanto tempo nos leva, na explicação do que é o novo nacionalismo...

Pedem-se, mendigam-se ajudas!

Todos, que aqui trabalhamos, agradeceríamos muito, mesmo do coração.

E não somos nada preconceituosos nem censuramos os textos.

Não receamos a diversidade, como acima provamos, nem o talento alheio nos faz sombras, como os casos dos talentos referidos atrás justificam.

A.C.R.

2004/04/12

Mais fixações infanto-juvenis de nacionalistas arcaicos 

Um dos jovens “velhos” nacionalistas, talvez daqueles a quem chamei os “das fixações juvenis/infantis”, parece não ter gostado que, julga ele, aqui o incluísse no vasto grupo dos nefelibatas nacionalistas.

Parece ter-se sentido especialmente ofendido por que o estivesse, com isso, a crer incapaz de ... vejam lá! afixar cartazes políticos pelas ruas. Descanse, homem! Pelo contrário, estou mesmo convencido, para não dizer certo, de que essa será mesmo a actividade política e político-partidária que lhe vai a matar. Para melhor o aproveitarem, não devia até, com sinceridade e profunda simpatia o digo, ser-lhe permitida outra coisa. O senhor é bem capaz de ser muito bom nisso. E aí, não há dúvida, demonstrar que é o perfeito oposto do nefelibata: isto é, o Homem com os pés todos perfeitamente assentes na terra.

A.C.R.

A nova guerra no Iraque. Presidente Bush marca muitos pontos? 

Já vamos no quinto ou sexto dia do levantamento dos xiitas e dos sunitas contra a ocupação do Iraque pela Coligação.

Tenho lido e “ouvido” o esfregar de mãos de alguma gente, a pensar (não será exagero supor que alguma gente até esfregar as mãos julga que é pensar?) a pensar, repito, que ...

- Desta vez é que os “gringos” estão lixados!

Sem evasivas o digo: não sei ainda que concluir a respeito.

Uma coisa é certa: as coisas, à primeira vista, não se simplificaram, no Iraque e arredores (o mundo inteiro).

Mas até podem ter-se aproximado mais rapidamente duma decisão positiva para a Coligação, se ...

Lá estou eu com o meu optimismo, não é?

A ideia é esta: um ainda maior empenhamento a que a nova situação obrigue os coligados pode redundar no seu sucesso militar mais completo e mais rápido.

Nesta fase, já não há política que sirva paninhos quentes que bondem.

A força é cada vez mais o único instrumento ao alcance de todos.

Ao que chegamos!

Só faltaria que os Americanos já cansados, de ânimos destroçados e o Presidente Bush com o olho nas eleições de Novembro, ameaçassem credivelmente desfazer-se da batata quente ...

Percebe-se já que quem anda com mais temor são muitos dos anti-americanos de há um ano e de ainda há pouco.

E na ONU também, claro, onde não se duvida desde sempre – mas agora a evidência é maior ainda – que a sua intervenção não passaria nunca de pró-forma.

O “serviço sujo”, o verdadeiro serviço, terá de ser sempre feito pela Coligação, fundamentalmente pelos Americanos.

Não o confessam, senão nas entrelinhas, mas ...

Quanto mais a situação se complicar no Próximo e Médio Oriente e mais alto xiitas e sunitas, Iraquianos e Iranianos, levantarem a cabeça e a grimpa, mais urgente se torna resolver o imbróglio e mais candente que o Presidente Bush continue decidido a tirar as castanhas do lume para este Ocidente cobarde e gabarola, cada vez mais governado por medíocres acanalhados, nem sequer frontalmente canalhas.

Todo o Mundo “reza” de momento desesperadamente por que os Americanos e o seu Presidente não se fartem e dêem com os burrinhos na água.

As justificações do volte-face são muitas, mas vão todas parar ao mesmo: o pavor de que os Americanos não aguentem.

Pobre Europa dos governos trampolineiros da França e da Alemanha e, proximamente, talvez também da Espanha.

Todos “rezam” já, igualmente, pela vitória de Bush nas presidenciais de Novembro.

Até por pensarem que os Democratas, desde a eleição de Clinton, não são de fiar... Podem voltar a cair noutra semelhante.

Hoje é mais que certo que o Mundo estava precisado dum grande sarilho assim?

Genial Bush?

A.C.R.

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