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2004/04/15

O declínio da Europa e a ideologia onusiana (I) 

A ascensão do terrorismo associado à presença islâmica, – agora também na Europa, onde é pretexto para imprevistas mudanças políticas – a crise demográfica sem precedentes, – populações extremamente envelhecidas, natalidades muito abaixo do necessário para manter um equilíbrio populacional, regiões, sobretudo interiores, em crescente desertificação humana – a instabilidade e a precaridade no mundo laboral e na instituição familiar, o imediatismo, a falta de visão e de sentido da generalidade dos políticos que “governam” as nações europeias: eis os grandes e reveladores sinais de uma época de decadência moral, social e política para a Europa.

O diagnóstico dessa decadência já muitos fizeram. Infelizmente, talvez não sejam tantos aqueles que contribuem para compreender e desmontar a nova ideologia e a mentalidade que nos últimos 10 ou 15 anos se apoderou da ONU, com a qual pretende governar o mundo, mediante a imposição – que o conserto das nações, ou aquilo que delas resta, deve aceitar – de uma ética planetária.

Infelizmente, talvez não sejam muitos aqueles que contribuem para desmantelar essa subtil e terrível lógica totalitária e mundialista, porque não a entendem devidamente. Para se poder vencer ou ultrapassar um obstáculo é imprescindível entendê-lo nos seus termos, para lhe dar melhor solução. E isso, a generalidade dos políticos ainda não foi, ou não quis ser, capaz de fazer.

É por isso que vemos governantes e políticos repetir até à exaustão a nova terminologia da vulgata onusiana, tais como consenso, governação, desenvolvimento sustentado, diálogo, questão, direito de escolha, estado de direito, tolerância, etc... Agora já sabemos de onde lhes vem o verbo.

A classe política que domina actualmente a Europa é, em geral, fraca: de ideias, de convicções, de carácter. Retrocedem infantilmente perante forças emergentes e opostas. Fraco rei faz fraca a forte gente. E nas batalhas em que se envolvem, nem sequer as travam com inteligência. Assim com os EUA, como com a ONU.

As nações europeias estão entregues a uma classe política que não preza a sua própria soberania, liberdade e independência. Dá vontade de lhes dizer: nem a vossa liberdade, nem as vossas prisões; porque a vossa liberdade é uma prisão.

Quando emergirá um movimento político capaz de superar a esquerda mundial e totalitária? A direita partidária não poderá ser porque aí não existe qualquer pensamento, e até mesmo ela própria poderá não existir. Terá que ser um pensamento e um movimento a que devemos chamar pós-moderno, na medida em que deverá superar as aldrabices em que se sustenta a modernidade. Mas, para isso, é preciso conhecê-las. E a ideologia onusiana é a mãe de todas elas.

O Futuro Presente continua, há mais de vinte anos, a ser uma escola de ideias e de pensamento, alternativo ao único; uma luz que brilha no firmamento cultural e político português. O seu nº 53/54 brinda-nos com um longo e excelente artigo sobre a revolução cultural mundial dos anos 90.

Depois disto, já ninguém que o leia pode dizer que não sabe o que pensar e o que fazer.

Manuel Brás

(continua num próximo post)

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