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2003/12/16

Programas e tarefas à medida dos novos nacionalistas 

Escrevi ontem sobre “nacionalistas do blá-blá esgotado” e sobre como cada vez mais o nacionalismo deve apoiar-se na profissão, isto é, no exercício duma actividade profissional, tanto ou mais que no culto e conhecimento da História nacional.

São talvez afirmações que podem facilmente ser mal interpretadas e que, por isso, tentarei explicar melhor, para não prejudicarem o esforço de renovação do nacionalismo, a que aquelas afirmações pretendem dar um sentido bem preciso e uma das expressões mais claras e do melhor augúrio.

Não podemos limitar-nos a dizer o que o nacionalismo não pode ou não deve ser.

Isto é, não devemos limitar-nos a dizer que não pretendemos, por não ser o nosso papel:

· Restaurar a monarquia;
· Ou restaurar a república jacobina;
· Ou restaurar um regime de partido único;
· Ou instaurar um regime de corporativismo politicamente exclusivo;
. Etc., etc., etc. (v. post de 26/11/2003).

Exige-se-nos que definamos igualmente o nacionalismo pela positiva.

Dou exemplos práticos.

Em Portugal arderam, no último Verão, mais de 300.000ha de matas (foram cerca de 420.000ha, se contarmos também os terrenos de mato):

Se calhar, não encontramos na História de Portugal outra catástrofe natural de tal monta e efeitos tão desastrosos, ressalvados o Terramoto de 1755 e poucas mais.

O Governo tem anunciadas ou mesmo já legisladas providências que se anunciam como da maior projecção e às quais se prometem apoios financeiros e técnicos avultados.

As modalidades de intervenção previsíveis ou previstas serão de grande alcance e oferecerão muitas oportunidades de mobilização de recursos humanos, naturais e financeiros.

A Galiza — repetiu-se no Seminário sobre “A Floresta, o Ambiente e o Fogo”, que já referi — partiu em 1990 de uma situação relativamente ainda mais catastrófica que a nossa e em pouco mais de dez anos não só eliminou praticamente os incêndios florestais, mas também replantou a grande parte dos terrenos desertificados pelos anteriores incêndios.

É uma tarefa colossal que será tanto melhor empreendida e levada a cabo quanto mais esclarecidos forem os interventores e agentes.

As forças que a empreenderem, se movidas por um profundo instinto de solidariedade nacional e pelo empenhamento decidido na realização do progresso social e material do País, partirão com grande vantagem para esta grande corrida por Portugal.

Quase diria que é um programa feito à medida de nacionalistas.

Não, com certeza, de “nacionalistas” que se contentem com blá-blá.

Mas de nacionalistas futuristas.

A.C.R.

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