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2003/12/02

II Congresso Nacionalista Português - Em que direcção vai o Nacionalismo Português? (E) 

Ontem foi o 1º de Dezembro: Nada mais oportuno que falar disto.

Agradeço aos Camaradas que, em vários blogues, vêm também tomando à sua conta o tema de renovação do nacionalismo, seja pela positiva, seja pela negativa.

A semana que passou houve pelo menos cinco posts, em quatro blogues, que, expressamente ou não, a ele se referiram (ver: Pro Pátria; Ocidental Praia Lusitana; Nacionalista e O Sexo dos Anjos).

O tema, nos termos em que aqui foi lançado, está posto desde há mais de dois anos, no I Congresso Nacionalista Português, numa das teses ali apresentadas começada a preparar alguns meses antes (v. neste blogue "I - Textos sobre Um Nacionalismo Novo").

À medida que o tema se foi desenvolvendo no meu espírito e no papel, fui sentindo crescentemente o desconforto, para não dizer a angústia, das rupturas com o pensamento convencional nacionalista com que me ia defrontando.

Tanto mais que essas rupturas doutrinárias iriam enfrentar certas reacções desfavoráveis, que me seriam ainda mais dolorosas por poderem, em boa parte, vir de algumas pessoas amigas de velha data, que me eram e são queridas e que muito considero.

Desejo, porém, que todos compreendam uma coisa: move-nos tão só, aos novos nacionalistas, ajudar a salvar o nacionalismo, para que não chegue a ser apenas aquilo em que ameaça tornar-se, simples relíquia da História do pensamento político; mas antes uma realidade viva, actuante e utilmente mobilizadora.

A via decisiva, para tanto, é a via dum pensamento renovador, criativo, vivificante e revelador da alma nacional.

Para alguns, os riscos de pensar são enormes, com efeito; mas os riscos de não se pensar, muito maiores ainda, em geral.

É magnífica a imagem daquele reduto final, onde os já poucos abencerragens da “Ideia” lutam desesperadamente, até à imolação do último sobrevivente e das últimas esperanças.

Mas não é a isso que queremos sujeitar-nos.

Não foi para isso que nascemos.

Nascemos para vencer, vencer mesmo ou sobretudo quando parecermos derrotados!

De facto, até poderíamos proclamar que não é para salvar o nacionalismo como doutrina, que lutamos essencialmente.

Lutamos acima de tudo, sim, pelas Nações, que são a realidade mais profunda que interessa, afinal, no nacionalismo, a realidade primeira e última que o nacionalismo contempla.

A Nação é a nossa fidelidade essencial, muito para lá e acima de todos os restauracionismos imagináveis.

Ora as Nações têm, felizmente, uma vitalidade e um fôlego que em muito ultrapassam todas as concepções limitativas em que algum pensamento nacionalista acabou por encerrá-las.

É para a descoberta, redescoberta e reanimação dessa vitalidade e desse fôlego que se convidam os nacionalistas, todos os que para lá e acima de todas as fidelidades secundárias sentem em si a fidelidade essencial, a fidelidade à Nação.

Teremos, para o efeito, no caso português, também de recuperar e reconstruir Portugal?

Talvez, mas sempre sem ignorar nem tentar iludir a História.

Só não é desmesurada a tarefa porque, atrás de nós, muitos outros fiéis nacionalistas hão-de vir, por muitas e boas gerações.

Já devíamos ter começado, em todo o caso.

Portanto, comecemos ou recomecemos já.

A.C.R.

P.S. Acabo de ler o texto “Nacionalismo dos dois lados?” do site “Reconquista” e apresso-me a dizer aos Camaradas quanto me agradou, por nele achar alguns, não poucos, pontos que seriam perfeitos contributos positivos para a definição do que será, ou deverá ser, a doutrina acabada do novo nacionalismo.
Se até aqui ela se tem principalmente expresso no que o novo nacionalismo não deve ser, a tarefa de definição do que em pormenor deve positivamente ser ou vir a ser está longe de completar-se.
Muito do que escreveram no V/site, parece-me fundamental.

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