2003/11/27
II Congresso Nacionalista Português - Em que direcção vai o nacionalismo Português? (C)
Julgo que o grande mérito do II Congresso Nacionalista Português foi o de marcar — talvez nem sempre intencionalmente, mas de facto — a distância entre os antigos nacionalismos e o novo nacionalismo.
Talvez não tanto só por este, em si, mas por uma certa incapacidade de renovação daqueles, como vem sendo aliás manifesto desde há pelo menos setenta anos.
Posso dizer que foi com grande proveito que ouvi as comunicações apresentadas pelos congressistas Prof. Pinharanda Gomes, Eduardo Alves, Miguel Jardim, Manuel Brás, Miguel Lima, Prof. Gonçalo Sampaio e Melo, Manuel Marques José, Luís Silveira, Prof. Isaac Estravís, Prof. Humberto Nuno de Oliveira e Prof. Artur Anselmo.
A maioria deles mostrou, directamente ou nas entrelinhas, a sua apetência, mesmo a sua capacidade, para ajudar à renovação, superação e enriquecimento dos velhos nacionalismos.
Pode dizer-se até que o desprendimento de certas fórmulas anquilosadas e de certos velhos temas cresceu neste Congresso bastante para além das expectativas.
Ouvimos mesmo aquilo por que, talvez, menos esperássemos: na comunicação do Prof. Pinharanda Gomes, elementos muito importantes para a fundamentação filosófica do novo nacionalismo e do seu desenvolvimento. Quero ler atentamente o texto da comunicação que o Autor me prometeu só para Fevereiro, mas pareceu-me estar ali — e julgo que ao Miguel Jardim também pareceu — uma verdadeira linha de pensamento estruturante do novo nacionalismo.
Podeis ter a medida da sua vontade de renovação, sabendo o comentário que fez já durante o debate, como que à laia de uma conclusão: “Temos de pôr tudo em causa (ou questão?)”.
Recordo que o tema da sua comunicação era “O Pensamento Nacionalista ao longo do Séc. XX”.
E apesar deste ter sido o primeiro tema do Congresso, nem o Autor (naturalmente, pelo que dele já disse) e praticamente ninguém ali defendeu um nacionalismo de restauracionismos.
Um Congresso, pois, sem obsolescências ou com muito poucas?
Até se chegar ao fim, o caminho é ainda longo e talvez nem todos, tomando consciência plena dos sacrifícios a fazer, queiram percorrê-lo até ao seu termo.
Uma coisa é certa: este Congresso revelou-me, e sei que não só a mim, um núcleo quase surpreendente de nacionalistas aparentemente dispostos a percorrê-lo.
Julgo que teremos dado passos importantes para a realização de algumas expectativas criadas pelo I Congresso.
A.C.R.
Talvez não tanto só por este, em si, mas por uma certa incapacidade de renovação daqueles, como vem sendo aliás manifesto desde há pelo menos setenta anos.
Posso dizer que foi com grande proveito que ouvi as comunicações apresentadas pelos congressistas Prof. Pinharanda Gomes, Eduardo Alves, Miguel Jardim, Manuel Brás, Miguel Lima, Prof. Gonçalo Sampaio e Melo, Manuel Marques José, Luís Silveira, Prof. Isaac Estravís, Prof. Humberto Nuno de Oliveira e Prof. Artur Anselmo.
A maioria deles mostrou, directamente ou nas entrelinhas, a sua apetência, mesmo a sua capacidade, para ajudar à renovação, superação e enriquecimento dos velhos nacionalismos.
Pode dizer-se até que o desprendimento de certas fórmulas anquilosadas e de certos velhos temas cresceu neste Congresso bastante para além das expectativas.
Ouvimos mesmo aquilo por que, talvez, menos esperássemos: na comunicação do Prof. Pinharanda Gomes, elementos muito importantes para a fundamentação filosófica do novo nacionalismo e do seu desenvolvimento. Quero ler atentamente o texto da comunicação que o Autor me prometeu só para Fevereiro, mas pareceu-me estar ali — e julgo que ao Miguel Jardim também pareceu — uma verdadeira linha de pensamento estruturante do novo nacionalismo.
Podeis ter a medida da sua vontade de renovação, sabendo o comentário que fez já durante o debate, como que à laia de uma conclusão: “Temos de pôr tudo em causa (ou questão?)”.
Recordo que o tema da sua comunicação era “O Pensamento Nacionalista ao longo do Séc. XX”.
E apesar deste ter sido o primeiro tema do Congresso, nem o Autor (naturalmente, pelo que dele já disse) e praticamente ninguém ali defendeu um nacionalismo de restauracionismos.
Um Congresso, pois, sem obsolescências ou com muito poucas?
Até se chegar ao fim, o caminho é ainda longo e talvez nem todos, tomando consciência plena dos sacrifícios a fazer, queiram percorrê-lo até ao seu termo.
Uma coisa é certa: este Congresso revelou-me, e sei que não só a mim, um núcleo quase surpreendente de nacionalistas aparentemente dispostos a percorrê-lo.
Julgo que teremos dado passos importantes para a realização de algumas expectativas criadas pelo I Congresso.
A.C.R.
Etiquetas: Balanço do Nacionalismo Português Actual, II Congresso Nacionalista Português, Manuel Brás, Um Nacionalismo Novo