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2007/12/21

Memórias das minhas Aldeias
Esquecimentos da História
Parte VIII – N.º 12
NOS BRAÇOS DA DIREITA, SOBE O PC AO GOVERNO (Cont.ªº) 

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Ao passo que a UL crescia e os pólos se multiplicavam, a unidade dela consolidava e fortalecia-se, em lugar de enfraquecer.

Tudo porque, quanto maior, mais a Universidade sentia reforçados os laços que uniam as partes diversas que a integravam, sendo crescentemente evidente, para atentos e desatentos, as razões e o interesse de uma união cada vez mais sólida e segura entre todas as componentes da UL.

Estabelecera-se uma espécie de entendimento tácito, segundo o qual tudo se afigurava simples e natural a todos.

E todos tinham o sentimento da força que constituíam, ao mesmo tempo poderosa, irresistível e indestrutível.

Uma ilusão?

Para os do PC, não, porque entre os Países de língua portuguesa participantes, ou Países de fortes minorias de língua portuguesa, como a África do Sul, governados todos por governos de esquerda da mesma linha, se consumava assim, quase insensivelmente, uma unidade política informal, mas para efeitos práticos e objectivos uma realidade efectiva e concreta, apesar de não-escrita nem expressamente subscrita.

Os comunistas gostavam de acreditar ou imaginar que, por caminhos inéditos, se formara assim uma espécie de federação ou confederação política de Países da mesma língua e das mesmas raças, mais sólida e de maior alcance que outras mais formais e mais barulhentas mas, de facto, menos efectivas.

Todas as direitas envolvidas no esquema tinham também a mesma convicção e viviam igualmente satisfeitas da concretização dum projecto político indefinível, não obstante misteriosamente bem sucedido.

Com o aval e militância activa de forças bem determinadas de direita, embora sem expressão formal nessa área, o quadro político do conjunto parecia dotado de grande solidez, bastante para resistir à instabilidade política dos países abrangidos e de, com a sua cumplicidade, inspirar e animar forças de esquerda menos seguras de si e habitualmente pouco inclinadas, e mal, para grandes e firmes propostas de futuro claro e construtivo.

Aos olhos de alguns, não dos menos lúcidos, a construção não era tão artificial como podia parecer, porque, se o instrumento operacional, os instrumentos operacionais, eram efectivamente de esquerda, a batuta de facto era de direita.

Enquanto o arranjo durasse como tal, o seu futuro estava garantido! – achavam.

Estaria?

Pode um projecto desta envergadura chegar alguma vez a sê-lo, se os agentes e participantes dele não tiverem consciência plena daquilo em que embarcaram juntos, ou seja, donde vêm e para onde vão?

A.C.R.

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