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2006/06/26

Fobias a mais ou expectativas a menos? 

A comunicação de ideias e de convicções pode ser feita de formas muito diversas, mais polidas ou mais grosseiras, mais exaltadas ou mais serenas, apelando ao ódio ou ao amor. Tenho para mim que o apelo ao ódio, seja contra quem for, é sempre degradante e uma manifestação clara da fraqueza humana. Porém, há muitas maneiras de manifestar e de apelar ao ódio, muito mais requintadas e perigosas que aquelas, eivadas de primarismo, de que o embaixador Cutileiro nos dá conta, apesar do “Conta-se que…”

Era, no entanto, interessante que o embaixador considerasse que o leit-motiv dos recentes movimentos migratórios para a Europa Ocidental é a mão-de-obra barata. Pretender que isso nos resolva os desequilíbrios demográficos dos últimos 40 anos será pedir demais e será provavelmente (mais) uma utopia. Porque entre as populações dos países de Leste a natalidade é ainda mais baixa que em Portugal (eles foram bem treinados). Os imigrantes de outras paragens tenderão a imitar o estilo de vida dos indígenas, que levou, precisamente, ao atoleiro em que nos encontramos. Os imigrantes não são a causa nem a solução do nosso declínio demográfico. O problema é nosso. Só nosso.

“A imigração, por grande que seja, não resolverá os nossos problemas demográficos se não criarmos as condições e os incentivos adequados para que aumente a natalidade no nosso próprio país, se não adoptarmos programas eficazes para apoiar as mães, as crianças e as famílias”. Não, não são palavras de nenhum demagogo xenófobo. São palavras do discurso à nação do insuspeito de qualquer fobia, camarada Putin, ex-chefe do ex-KGB, agora FSB, pois que à esquerda se exorcizam os males com uma simples mudança de nome.

Também era bom que o embaixador soubesse que para se ser carimbado com qualquer das modernas fobias basta a dissenção com aquilo que os iluminados estabelecem para os outros aceitarem. A causa do homossexualismo não foge à regra. Cada um pode ter o direito de ser o que muito bem entender, mas isso não obriga os outros a aceitar a estratégia de vitimização da causa, nem a legislação pelo buraco da fechadura visando calar a crítica e a resistência, e muito menos a aceitar que seja tudo a mesma coisa, com as mesmas expectativas e consequências para a sociedade, a ter interesse ou deslumbramento pelo assunto, a aceitar assédios ou molestações. Os supostos direitos de uns não são obrigações dos outros. Ninguém pode obrigar quem quer que seja a aceitar ou a aprovar o homossexualismo. O que se resume ao seguinte: não nos respondam, que nós não perguntamos.

Depois admiramo-nos de ver surgir forças políticas, como sucede na Holanda, a fazer a apologia da pedofilia e da zoofilia.

Primeiro estranha-se, depois entranha-se.

Manuel Brás

manuelbras@portugalmail.pt

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