<$BlogRSDUrl$>

2005/02/09

Porque é tão grande o sucesso académico e profissional das mulheres portuguesas contemporâneas? (I) 

É capaz de também ser tabu este tema.

Vou com certeza apanhar em cima com toda a fuzilaria da inteligente e cultivada “inteligenzzia” fn(r)*, ultimamente revelada.

Mas desde já digo que não vou falar especificamente de Africanas, para não atiçar fn(r)s, muito sensíveis às cores das peles…

Mantendo, embora, tudo quanto venho dizendo sobre a nossa guerra ao racismo e às ameaças que impendem sobre África, pois que não é altura de descansarmos na denúncia dos riscos que daí vêm – do racismo e duma África ameaçada de destruição – para o futuro de Portugal e de todas as nações europeias.

Adiante.

Voltemos à questão do título.

O que vou responder é muito simples, mas não deixa de causar grande surpresa e adesão todas as vezes que falo disto, nalguma roda disposta a ouvir-me, em simples conversas de argumentos que não vêm nos livros, que eu saiba.

(Admito, por isso, que essas ideias já andem por aí a circular, oralmente transmitidas, dado o acolhimento favorável e interesse despertado.)

Claro que isso não abona nada e é mesmo motivo de descrédito, aos olhos de intelectuais que se prezem, incapazes de prezar seja o que for que não venha nos livros. Cultura e conhecimentos que valham, só os que os livros e professores já disseram. Pensarem e descobrirem pelas suas cabeças, sem referirem – explícita ou implicitamente – autores credenciados (por quem?), não tem qualquer autoridade nem mérito, é mesmo menosprezável, para não dizermos desprezível.

O tema, a pergunta em epígrafe, curiosamente mal tem sido encarada, a não ser muito superficialmente e com displicência, como se não merecesse resposta e explicação.

Talvez fundamentalmente porque as respostas não deixam tranquilo o machismo da generalidade dos chamados intelectuais (ou muitos deles), incluindo os meus notáveis interlocutores fn(r)s, leais e naturais descendentes do machismo nazi, como é correntemente sabido.

Mas até nem tem razão de ser a sua intranquilidade, se virem bem, e hão-de acabar por ver.

Se esquecermos, claro, manifestações como houve na blogosfera para desacreditarem-se duas ministras, aqui há meses, aparentemente só por serem mulheres e não homens.

Mas o erro deve ter sido meu, porque
então, e ainda mais atrás, defendia as teses de agora sobre a progressão académica e profissional das mulheres portuguesas, para as “desculpar” por estarem a ocupar cada vez mais lugares que eram desde sempre dos homens, como que “por direito divino”.

Julgam os machistas, evidentemente.

Que aliás tanto proliferam entre os democratas liberais como entre os nacional-totalitários.

*frente nacional-racista

A.C.R.

(continua)

Etiquetas:


This page is powered by Blogger. Isn't yours?

  • Página inicial





  • Google
    Web Aliança Nacional