2004/07/20
O Iraque é Agora Fulcral e Crucial para Todos
Compreendêmo-lo nós e têm de compreendê-lo também os Iraquianos mais lúcidos ou ocidentalizados, se é que não o compreenderam já, com todos as suas consequências.
Estes, sozinhos, não vão conseguir impor-se à sociedade nos próximos tempos, tais são os ódios que dividem a população, vindos do tempo de Saddam, e tais são os ódios milenares que fracturam as principais comunidades religiosas muçulmanos, sunita e xiita.
Não se vê como poderá processar-se o reordenamento político iraquiano sem a forte presença militar da Coligação ou equivalente.
Essa presença é indispensável, não se sabe por quanto tempo, como lembra Manuel Brás no seu último poste do nosso blogue, e não apenas para evitar a guerra civil — o que já seria importante — mas também para evitar muitas coisas mais que agora parecem facilitadas.
E aí estão outras conquistas que a intervenção anglo-americana viabilizou e que a audaciosa política da administração Bush tornou claras.
Israel, por exemplo, é um aliado e é parte do Ocidente, queiramos ou não, como já aqui se defendeu, no quadro geo-estratégico inalienável do mesmo Ocidente.
Se o Ocidente — repito também — condenou Israel, historicamente, a ser uma "cunha" muitíssimo exposta e arriscada no mundo do Próximo e Médio Oriente, tem o Ocidente a responsabilidade de defender e fazer sobreviver Israel.
Ou não, ó cabeças rapadas?
É evidente que essa tarefa e necessidade também aconselham o Ocidente a manter posições fortes, muito fortes, naquela área, sobretudo naquela de que o Iraque é o pólo central.
Para permitir que Israel possa conseguir acordos com os Palestinianos que garantam a coexistência de todos e — apesar da infeliz mas crescente influência da Al Qaeda, entre os Palestinianos — levar estes a desistir do sonho/projecto "impossível" de expulsar os Israelitas de Israel.
Permitam-me que, neste ponto, mais uma vez lembre o papel a assumir pela União Europeia de facilitar a pacificação, estabelecendo laços especiais com o Estado de Israel e com o futuro Estado da Palestina, que deveriam poder chegar a membros de pleno direito da U.E.
A União Europeia não pode indefinidamente continuar a "lavar as mãos" do problema israelita-palestiniano, quando, muito provavelmente, só ela detém a última chave da questão.
Será preciso que aqui, especialmente, funcione o entendimento atlantista, Europa-E.U.A.
Será sonhar demais pensar que Durão Barroso venha a ser capaz e ter condições para lançar aos Europeus este desafio?
Bastaria conseguir pôr a ideia em movimento, para que o seu mandato na presidência da Comissão jamais fosse esquecido.
Seria em qualquer caso um grande e nobilíssimo objectivo mobilizador, a propor à UE pelo novo presidente português da Comissão Europeia, bem digno dos maiores desafios que a esta têm sido postos e foram vencidos.
A.C.R.
Estes, sozinhos, não vão conseguir impor-se à sociedade nos próximos tempos, tais são os ódios que dividem a população, vindos do tempo de Saddam, e tais são os ódios milenares que fracturam as principais comunidades religiosas muçulmanos, sunita e xiita.
Não se vê como poderá processar-se o reordenamento político iraquiano sem a forte presença militar da Coligação ou equivalente.
Essa presença é indispensável, não se sabe por quanto tempo, como lembra Manuel Brás no seu último poste do nosso blogue, e não apenas para evitar a guerra civil — o que já seria importante — mas também para evitar muitas coisas mais que agora parecem facilitadas.
E aí estão outras conquistas que a intervenção anglo-americana viabilizou e que a audaciosa política da administração Bush tornou claras.
Israel, por exemplo, é um aliado e é parte do Ocidente, queiramos ou não, como já aqui se defendeu, no quadro geo-estratégico inalienável do mesmo Ocidente.
Se o Ocidente — repito também — condenou Israel, historicamente, a ser uma "cunha" muitíssimo exposta e arriscada no mundo do Próximo e Médio Oriente, tem o Ocidente a responsabilidade de defender e fazer sobreviver Israel.
Ou não, ó cabeças rapadas?
É evidente que essa tarefa e necessidade também aconselham o Ocidente a manter posições fortes, muito fortes, naquela área, sobretudo naquela de que o Iraque é o pólo central.
Para permitir que Israel possa conseguir acordos com os Palestinianos que garantam a coexistência de todos e — apesar da infeliz mas crescente influência da Al Qaeda, entre os Palestinianos — levar estes a desistir do sonho/projecto "impossível" de expulsar os Israelitas de Israel.
Permitam-me que, neste ponto, mais uma vez lembre o papel a assumir pela União Europeia de facilitar a pacificação, estabelecendo laços especiais com o Estado de Israel e com o futuro Estado da Palestina, que deveriam poder chegar a membros de pleno direito da U.E.
A União Europeia não pode indefinidamente continuar a "lavar as mãos" do problema israelita-palestiniano, quando, muito provavelmente, só ela detém a última chave da questão.
Será preciso que aqui, especialmente, funcione o entendimento atlantista, Europa-E.U.A.
Será sonhar demais pensar que Durão Barroso venha a ser capaz e ter condições para lançar aos Europeus este desafio?
Bastaria conseguir pôr a ideia em movimento, para que o seu mandato na presidência da Comissão jamais fosse esquecido.
Seria em qualquer caso um grande e nobilíssimo objectivo mobilizador, a propor à UE pelo novo presidente português da Comissão Europeia, bem digno dos maiores desafios que a esta têm sido postos e foram vencidos.
A.C.R.
Etiquetas: Em defesa do Ocidente, Manuel Brás