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2004/06/04

Problema Palestiniano. A UE tem de se empenhar na sua resolução. 



Como forçar a mão à União Europeia?

Não têm que ser os parceiros atlânticos a fazê-lo.

Temos de ser nós, os cidadãos, simultaneamente nacionais e europeus, a encaminhar a UE nesse sentido.

Para já, aproveitando a oportunidade das eleições para o Parlamento Europeu.

Sabe-se que dificilmente começará por ser popular a nossa Causa, mas não vemos outro meio de resolver o problema palestiniano senão oferecendo a Judeus e Palestinianos a entrada na União Europeia, em igualdade com os demais Estados - membros.

Dir-me-ão: mas cada vez que surgir um conflito no Mundo, a Europa resolverá o problema acolhendo magnanimamente os protagonistas entre os seus membros?

Que saco roto, se assim fosse!

Felizmente nem todos os problemas políticos mundiais afectam directamente a Europa ou podem por ela ser tão eficazmente tratados.

Aliás não continuará indefinidamente a ser aliciante a entrada na União Europeia.

Seguramente, chegará a altura em que tal deixará de apresentar-se como panaceia. Até porque iria crescendo a dificuldade de governá-la, a ponto de acabar por tornar-se impossível ou impraticável.

Mas, por enquanto, é ainda muito aliciante fazer parte deste espaço grande, muito povoado, civilizado, culto e, de facto ou tendencialmente, muito rico. Um fenomenal laboratório social e político!

Mesmo assim, creio que a grande dificuldade da solução ainda seria convencer Judeus e Palestinianos.

Não exacerbamos, porém, a dificuldade referindo e alimentando as objecções concretas que uns e outros poderão apresentar.

Mas uma temos de enfrentar sem ilusões, à partida: acreditarão Judeus e Palestinianos que uma UE tão avessa a dotar-se de meios de segurança interna e externa, e cujos cidadãos têm perdido todas as qualidades marciais, poderia no futuro vir a defendê-los eficazmente dos seus inimigos externos e, mais arriscado talvez ainda, a defendê-los dos seus demónios próprios, que os mantêm em guerra entre si há mais de cinquenta anos?

Nenhuma objecção deve, porém, impedir a UE de tentar.

É seu dever moral, histórico e político tentar.

Sempre segura de que a sua posição moral e política é inatacável.

Compreenderão os parceiros atlânticos da Europa os esforços que esta venha a fazer e a grandeza e isenção dos seus objectivos?

Julgo que esses parceiros serão dos primeiros a ganhar com o êxito que porventura consiga esta política europeia para o Médio-Oriente.

Ignoro se houve já, no passado, alguma sugestão no mesmo sentido.

Se a houve, não terá recebido reacções suficientemente animadoras.

Há que temer agora uma recepção fria de tentativas que se seguissem ao presente lançamento da ideia?

Se não for possível interessar grandes correntes de opinião pública ou publicada, é fatal.

Mas estas não se formarão seguramente e nenhuma força mobilizadora dos poderes públicos chegará a ter peso crítico, se duas condições não vierem a verificar-se:

— Uma decidida e formalizada manifestação prévia da vontade de Judeus e Palestinianos para se entenderem sobre a criação ou aceitação plena dos Estados respectivos, capazes de solicitar a adesão;

— A vontade firme da União Europeia de agarrar a oportunidade de intervir decisivamente, por meios inteiramente pacíficos — quando a guerra entre Judeus e Palestinianos já provou a ineficácia — e inteiramente à sua custa, sem prejudicar ninguém e correndo só ela, União Europeia, os riscos, para resolver o maior problema político que ensombra o nosso futuro e de todo o Ocidente.

António da Cruz Rodrigues

P.S. Poderá objectar-se que grandes interesses, no próprio Médio Oriente, de Povos e Estados da região, se hão-de movimentar para impedir o sucesso duma iniciativa europeia do tipo em causa.

Não sou entendido nesse vespeiro, mas acredito que cansados devem estar todos dos insucessos das suas políticas.

Se intervier, a UE será louvada por todos e mais alguns.

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