2004/06/01
Os nacionalistas portugueses e os Judeus
É conhecida a tradicional desconfiança entre nacionalistas e Judeus, em geral, a que não têm escapado os nacionalistas portugueses também.
Parece, não obstante, que temos escapado em Portugal à renovada onda de anti-semitismo de que ultimamente Judeus se têm lamentado, em muitos Países da Europa.
O pretexto fundamental para esse agravamento e renovação de sentimentos anti-judaicos vem sendo a questão palestiniana, em que muitos nacionalistas, incluindo neo-nacionalistas, vêem o risco de Israelitas, com a sua intransigência à criação de um verdadeiro Estado palestiniano, virem a arrastar os E.U.A. e o Mundo para uma nova guerra mundial.
Julgo ser fundamental que nacionalistas não se deixem obcecar por paixões antigas para, desde logo, tomarem no caso uma posição cegamente anti-israelita e anti-judaica.
Pede-se reflexão friamente lúcida.
Porque aqui, em consequência de conflitos e pendências milenares, cuja origem e desenvolvimento no blogue sumariamente se historiou em 24 e 25 do mês passado, é difícil manter a serenidade.
Mas isto é uma cautela que sempre se imporia.
Há, porém, ainda outra razão para sermos frios e cautelosos nas nossas tomadas de posição, embora não sejam eventualmente poucos os que pensem que seremos por aí facilmente levados a trair princípios.
Quer queiramos quer não, penso eu, os Judeus e os Israelitas judeus, em particular, são tão ocidentais como todos os ocidentais não judaicos.
O lado que os Judeus escolheram, na luta que se desenvolve ou anuncia, é o do Ocidente, geográfico e civilizacional. Mesmo que involuntariamente para alguns, a verdade é que estamos no mesmo barco e somos de facto aliados.
Tem de ter-se muita cautela e respeito das nossas responsabilidades para não tomar posições que apresentem o risco de trair interesses comuns, de toda a espécie.
A.C.R.
Parece, não obstante, que temos escapado em Portugal à renovada onda de anti-semitismo de que ultimamente Judeus se têm lamentado, em muitos Países da Europa.
O pretexto fundamental para esse agravamento e renovação de sentimentos anti-judaicos vem sendo a questão palestiniana, em que muitos nacionalistas, incluindo neo-nacionalistas, vêem o risco de Israelitas, com a sua intransigência à criação de um verdadeiro Estado palestiniano, virem a arrastar os E.U.A. e o Mundo para uma nova guerra mundial.
Julgo ser fundamental que nacionalistas não se deixem obcecar por paixões antigas para, desde logo, tomarem no caso uma posição cegamente anti-israelita e anti-judaica.
Pede-se reflexão friamente lúcida.
Porque aqui, em consequência de conflitos e pendências milenares, cuja origem e desenvolvimento no blogue sumariamente se historiou em 24 e 25 do mês passado, é difícil manter a serenidade.
Mas isto é uma cautela que sempre se imporia.
Há, porém, ainda outra razão para sermos frios e cautelosos nas nossas tomadas de posição, embora não sejam eventualmente poucos os que pensem que seremos por aí facilmente levados a trair princípios.
Quer queiramos quer não, penso eu, os Judeus e os Israelitas judeus, em particular, são tão ocidentais como todos os ocidentais não judaicos.
O lado que os Judeus escolheram, na luta que se desenvolve ou anuncia, é o do Ocidente, geográfico e civilizacional. Mesmo que involuntariamente para alguns, a verdade é que estamos no mesmo barco e somos de facto aliados.
Tem de ter-se muita cautela e respeito das nossas responsabilidades para não tomar posições que apresentem o risco de trair interesses comuns, de toda a espécie.
A.C.R.