Aliança Nacional - Nação & Liberdade

Que pode um neo-nacionalista esperar desta eleição para o Parlamento Europeu, como aliás de quaisquer outras, atrevo-me a dizer?

Mais importante parece-me, porém, adiantar uma resposta a esta outra pergunta:

Com que atitude e disposição política é que nós, novos nacionalistas, estamos dispostos a encarar e enfrentar e participar no acto eleitoral próximo?

Os bodes expiatórios políticos dos nacionalistas — exemplifico — têm sido as maçonarias, os imigrantes, os Judeus e, ultimamente, desde há uns anos pelo menos, os Americanos, portanto o atlantismo também.

Enquanto esta visão toldar o olhar dos nacionalistas, diria que o nacionalismo tem poucas possibilidades políticas.

Diria mesmo que nenhumas, falando de Portugal.

Tendo em conta a nossa dimensão e História, esses bodes expiatórios têm sido as grandes desculpas para as nossas fraquezas e limitações.

Não temos, é claro, o monopólio nesta matéria de bodes expiatórios políticos. A esquerda portuguesa usa e abusa: a Inquisição, os Jesuítas, as Ordens religiosas em geral, o Salazarismo, a Pide, a Guerra do Ultramar, um nunca mais acabar de desculpas e frustrações confessas.

Mas com os males dessa esquerda podemos nós bem.

Concentremo-nos em reparar os males do nacionalismo.

Somos, os portugueses, uma raça de homens de grandes iniciativas, isto é, uma raça de grandes mobilizadores e coordenadores de esforços colectivos.

Deixemo-nos de álibis, como são os bodes expiatórios em causa, e ponhamos ao serviço dos grandes empreendimentos de que somos capazes essas qualidades que temos e ao longo dos séculos treinámos e exercemos afincadamente.

Estaremos a perder-nos da nossa linha histórica, em que demos tantas provas e tantos frutos em todos os mais recentes cinco ou seis séculos, se nos demitirmos do nosso empenhamento atlantista.

Fujamos, sem deixar lugar para dúvidas, da política estreita que se lhe opõe, o europeísmo "chauvinista" em que Franceses são os especialistas encartados, como já o eram no seu tradicional "chauvinismo" da França.

Esse será o nosso principal papel na União Europeia, juntamente com os Estados europeus que comunguem na nossa visão.

Desmascaremos e repudiemos os políticos que alimentam a cultura chauvinista dos bodes expiatórios.

"Chauvinismo" europeu anti-atlantista, nunca!

A.C.R.