2004/07/14
Para que não seja possível esquecer. Presidente da República achincalhado. Espectáculo dado pela esquerda, sem vergonha.
Afirmou-se (Ferro Rodrigues) “decepcionado”, dizendo acreditar que essa decepção é partilhada pela “esquerda em geral” e pelos que “votaram duas vezes” na eleição de Jorge Sampaio para Presidente da República.
A gratidão e devoção do PR para com os seus eleitores deveria, pois, sobrepor-se a todas as razões de interesse nacional que ele entenda existirem...
Por sua vez, Ana Gomes declarou-se, perante as câmaras de TV, “arrependida” por ter votado em Sampaio, nas suas duas candidaturas à Presidência da República.
E acrescentou:
“Acabei de receber um SMS de um amigo que diz tudo: uma maioria, um Governo e um Presidente, a direita conseguiu aquilo que há muito sonhava.”
Subentenda-se: Jorge Sampaio foi mero joguete da direita, aos olhos turvados de Ana Gomes e do seu amigo.
O deputado Louçã, do Bloco de Esquerda, foi ainda mais longe, considerando o P.R. um simples joguete de “interesses financeiros”, na sua primeira reacção à decisão presidencial, na RTP1.
O professor de Sociologia da Universidade de Coimbra, Boaventura Sousa Santos, comentou na TV a morte de Maria de Lourdes Pintassilgo declarando ser para o País duplamente dia de luto: luto pela morte da antiga Primeira-Ministra e dia de luto pela decisão do Presidente da República, ao não convocar eleições legislativas.
No mesmo sentido, só com mais requinte, se pronunciou Augusto M. Seabra no “Público” de 11 do corrente, por a seus olhos terem morrido no mesmo dia a Dr.ª Maria de Lourdes Pintassilgo e o Dr. Jorge Sampaio.
Nestes termos:
“Em pouco mais de 12 horas, de 9 para 10 de Julho de 2004, ocorreu a morte política e sobretudo simbólica de Jorge Sampaio e soubemos da morte de Maria de Lourdes Pintassilgo.”
O Presidente que se cuide.
À sua morte figurada, o que poderá seguir-se?...
Mas Boaventura Sousa Santos, para a “SIC”, quereria significar ainda mais: de facto, segundo esta estação de TV, o sociólogo não terá hesitado em associar a morte súbita da ex-PM "à decisão do PR de rejeitar eleições antecipadas."
Seriam, assim, já um ou dois a entender que o PR com a sua decisão de choque, terá pessoalmente sido o causador da morte da ex-PM.
Mas quantos anónimos mais, a avaliar pelas reacções já conhecidas, não terão morrido de ridículo?
Acrescento a reacção muito clara e bem fundamentada dum PS local, o PS de Esposende que, em comunicado de 10 do corrente, pediu ao Presidente da República para se demitir de militante do PS, depois de ter reconduzido a maioria PSD-CDS no Governo.
E explica: O Presidente da República “deve ser totalmente coerente com a decisão que tomou” e “entregar de imediato o seu cartão de militante.”
As “uvas” estavam de facto “muito verdes”...
Se não fossem algumas reacções menos acirradas e até compreensivas para com a decisão do Presidente, começadas a chegar da parte de elementos de algum peso no PS, não se vê como seria possível, no futuro, o Partido manter relacionamento normal com o P.R.
Por muito menos têm as direcções de clubes de futebol cortado relações.
A.C.R.
A gratidão e devoção do PR para com os seus eleitores deveria, pois, sobrepor-se a todas as razões de interesse nacional que ele entenda existirem...
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Por sua vez, Ana Gomes declarou-se, perante as câmaras de TV, “arrependida” por ter votado em Sampaio, nas suas duas candidaturas à Presidência da República.
E acrescentou:
“Acabei de receber um SMS de um amigo que diz tudo: uma maioria, um Governo e um Presidente, a direita conseguiu aquilo que há muito sonhava.”
Subentenda-se: Jorge Sampaio foi mero joguete da direita, aos olhos turvados de Ana Gomes e do seu amigo.
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O deputado Louçã, do Bloco de Esquerda, foi ainda mais longe, considerando o P.R. um simples joguete de “interesses financeiros”, na sua primeira reacção à decisão presidencial, na RTP1.
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O professor de Sociologia da Universidade de Coimbra, Boaventura Sousa Santos, comentou na TV a morte de Maria de Lourdes Pintassilgo declarando ser para o País duplamente dia de luto: luto pela morte da antiga Primeira-Ministra e dia de luto pela decisão do Presidente da República, ao não convocar eleições legislativas.
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No mesmo sentido, só com mais requinte, se pronunciou Augusto M. Seabra no “Público” de 11 do corrente, por a seus olhos terem morrido no mesmo dia a Dr.ª Maria de Lourdes Pintassilgo e o Dr. Jorge Sampaio.
Nestes termos:
“Em pouco mais de 12 horas, de 9 para 10 de Julho de 2004, ocorreu a morte política e sobretudo simbólica de Jorge Sampaio e soubemos da morte de Maria de Lourdes Pintassilgo.”
O Presidente que se cuide.
À sua morte figurada, o que poderá seguir-se?...
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Mas Boaventura Sousa Santos, para a “SIC”, quereria significar ainda mais: de facto, segundo esta estação de TV, o sociólogo não terá hesitado em associar a morte súbita da ex-PM "à decisão do PR de rejeitar eleições antecipadas."
Seriam, assim, já um ou dois a entender que o PR com a sua decisão de choque, terá pessoalmente sido o causador da morte da ex-PM.
Mas quantos anónimos mais, a avaliar pelas reacções já conhecidas, não terão morrido de ridículo?
Acrescento a reacção muito clara e bem fundamentada dum PS local, o PS de Esposende que, em comunicado de 10 do corrente, pediu ao Presidente da República para se demitir de militante do PS, depois de ter reconduzido a maioria PSD-CDS no Governo.
E explica: O Presidente da República “deve ser totalmente coerente com a decisão que tomou” e “entregar de imediato o seu cartão de militante.”
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As “uvas” estavam de facto “muito verdes”...
Se não fossem algumas reacções menos acirradas e até compreensivas para com a decisão do Presidente, começadas a chegar da parte de elementos de algum peso no PS, não se vê como seria possível, no futuro, o Partido manter relacionamento normal com o P.R.
Por muito menos têm as direcções de clubes de futebol cortado relações.
A.C.R.