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2007/01/22

As Tarefas de Ban Ki Moon 


A mudança de Secretário-Geral da ONU foi, em geral, bem recebida em todo o lado. Não é de admirar: chegou ao fim uma equipa bastante ideologizada à esquerda, de inspiração clintoniana, com pretensões de governo “mundial” e, por conseguinte, de ir muito mais além das finalidades da organização, como sejam constituir uma plataforma para a resolução de conflitos e a manutenção da paz possível. Isto, já para não falar nos escândalos à volta do programa “Petróleo por Alimentos” e de assédio e abusos sexuais na RD Congo, no Sudão ou na Libéria, que abalaram a credibilidade da organização.

Manda o realismo reconhecer que as fraquezas e iniquidades existem na vida dos homens e ninguém pode garantir que não cai no pior. Objectivamente, Kofi Annan não tem culpa das asneiras do pessoal ao serviço da ONU. Mas podia ter sido mais visivelmente determinado em pôr cobro a esse tipo de situações.

As prioridades de Ban Ki Moon podem, assim, ser sintetizadas da seguinte forma:

1. Nomear para o “staff“ quem efectivamente o possa ajudar a dirigir e a reformar a organização. Ban Ki Moon pediu aos anteriores assistentes e sub-secretários que pusessem os seus lugares à disposição e já nomeou uma nova equipa. O que consta é que, apesar desse sinal positivo, algumas nomeações não parecem as certas para as reformas necessárias. A ver vamos.

2. Realizar uma reforma administrativa melhorando os padrões de transparência, responsabilidade e supervisão.

3. Pôr fim aos abusos das “forças de paz” da ONU.

Numa organização que precisa de recuperar credibilidade, muito bom seria que conseguisse cumprir os objectivos para os quais foi criada, e se deixasse de pretensões de governo mundial, de elaborar ideologia ou inventar “direitos” ideologicamente orientados.

Será desta que aquilo deixa de ser (mais) uma coutada da esquerda?

Manuel Brás
manuelbras@portugalmail.pt

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