2007/01/15
Cépticos e Catastrofistas
Em Fevereiro o Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), o watchdog onusiano para o clima, vai publicar o seu 4º relatório, o chamado fourth assessment report (4AR). Até lá, a paranóia mediática do catastrofismo climático irá em crescendo, nos jornais, TVs, revistas, noticiários, etc. Não há que esperar outra coisa. Aliás, já está em crescendo. Faz parte da moda e da política.
A ladainha é sempre a mesma: os gases de estufa que aquecem o planeta, os gelos que derretem nos pólos, os furacões, as inundações, as secas, a extinção das espécies, a propagação de doenças, etc. Tudo por causa do homem. E nada à conta da Mãe Natureza.
Ainda assim, mesmo que algumas alterações das últimas décadas se estivessem a dar mais rapidamente que em décadas anteriores, não se pode concluir inequivocamente que tal é devido à acção humana, entenda-se devido aos gases emitidos pela indústria e transportes, isto é, basicamente o CO2.
Alguns que se autoproclamam cientistas pretendem enviesar ideologicamente a ciência e os resultados científicos. Quando a priori a mente já está formatada pelo catastrofismo, da selecção de resultados que corroborem a tese à feitura de modelos e previsões que levem onde se predeterminou, é um salto de pardal.
Não admira, por isso, que apareça o Soromenho a dizer quem é “cientista” e a falar pela boca dos cépticos, sem que se entreviste, com o mesmo destaque, nenhum céptico português. Porque é que os cépticos estão cada vez mais fora da ciência? Porque só é “cientista” quem afina pela versão oficial do IPCC. Todos os outros são excluídos do debate e devotados ao ostracismo. Assim, não admira que haja consenso.
Se há estudiosos que dissentem da versão oficial perfilhada pela comunicação social de certeza que estão a soldo da indústria. O IPCC, os seus “cientistas” e jornalistas – os verdadeiros políticos – é que não têm interesses ideológicos nem agenda política por trás. Aliás, o súbito interesse dos media nos últimos anos pelo clima é pura coincidência…
É caso para perguntar: o que é um cientista? Os jornalistas que escrevem sobre o clima são cientistas? O Al Gore é cientista?
Tudo o que esta gente estabelece é científico: o socialismo era científico, tal como o malthusianismo. O Paul Erhlich , o profeta da explosão demográfica, das fomes e sedes em massa na América dos anos 80, também era cientista. Se a teoria e os modelos catastrofistas forem tão exactos como estes, seguramente que acertam em cheio. Mais uma vez.
Qual é o problema de haver gente ligada à indústria a estudar e a publicar sobre o clima? Porque é que não podem? Estão com medo de quê? De alguma forma, todos, incluindo os catastrofistas, estamos ligados à indústria, na medida em que dela dependemos para muitas coisas.
Só se pode admitir como cientificamente certo aquilo que se pode demonstrar.
Quanto vale a concentração média de CO2 no ar? 0,038% em volume (natural + antropogénico). Quanto vale a sua contribuição para o efeito de estufa e alterações climáticas? Demonstrem esse valor. Pois é… Porque é que se omite a contribuição do vapor de água, que é muito mais abundante e efectiva? Porque é que se omite a influência de outros factores para a temperatura, e suas variações, à superfície, como as variações da actividade solar, o efeito dos raios cósmicos, a pressão atmosférica, a dinâmica aerológica? Porque é que a contribuição de todos estes factores não é especulada com o mesmo interesse dos gases de estufa, dos quais o que se sabe, de longe, ter mais influência é o vapor de água?
Porque é que se omite que os 0,6ºC que a temperatura média à superfície subiu durante o séc. XX se enquadra dentro da tendência iniciada no séc. XVIII, antes da concentração de CO2 ter aumentado o que aumentou? Porque é que se omite que a Idade Média foi uma época especialmente quente, com a linha da vinha a chegar à Inglaterra, com a Gronelândia e outros países do norte da Europa a terem produções agrícolas muito maiores e melhores? Porque é que se omite que o clima está, naturalmente, sempre a mudar e que é utópico e ridículo pretender que não mude?
Porque é que se confunde poluição ambiental com a dinâmica climática?
Porque é que se pretende aterrorizar as pessoas?
Ainda vamos a tempo? E se não formos, o que é que acontece?
Manuel Brás
manuelbras@portugalmail.pt
A ladainha é sempre a mesma: os gases de estufa que aquecem o planeta, os gelos que derretem nos pólos, os furacões, as inundações, as secas, a extinção das espécies, a propagação de doenças, etc. Tudo por causa do homem. E nada à conta da Mãe Natureza.
Ainda assim, mesmo que algumas alterações das últimas décadas se estivessem a dar mais rapidamente que em décadas anteriores, não se pode concluir inequivocamente que tal é devido à acção humana, entenda-se devido aos gases emitidos pela indústria e transportes, isto é, basicamente o CO2.
Alguns que se autoproclamam cientistas pretendem enviesar ideologicamente a ciência e os resultados científicos. Quando a priori a mente já está formatada pelo catastrofismo, da selecção de resultados que corroborem a tese à feitura de modelos e previsões que levem onde se predeterminou, é um salto de pardal.
Não admira, por isso, que apareça o Soromenho a dizer quem é “cientista” e a falar pela boca dos cépticos, sem que se entreviste, com o mesmo destaque, nenhum céptico português. Porque é que os cépticos estão cada vez mais fora da ciência? Porque só é “cientista” quem afina pela versão oficial do IPCC. Todos os outros são excluídos do debate e devotados ao ostracismo. Assim, não admira que haja consenso.
Se há estudiosos que dissentem da versão oficial perfilhada pela comunicação social de certeza que estão a soldo da indústria. O IPCC, os seus “cientistas” e jornalistas – os verdadeiros políticos – é que não têm interesses ideológicos nem agenda política por trás. Aliás, o súbito interesse dos media nos últimos anos pelo clima é pura coincidência…
É caso para perguntar: o que é um cientista? Os jornalistas que escrevem sobre o clima são cientistas? O Al Gore é cientista?
Tudo o que esta gente estabelece é científico: o socialismo era científico, tal como o malthusianismo. O Paul Erhlich , o profeta da explosão demográfica, das fomes e sedes em massa na América dos anos 80, também era cientista. Se a teoria e os modelos catastrofistas forem tão exactos como estes, seguramente que acertam em cheio. Mais uma vez.
Qual é o problema de haver gente ligada à indústria a estudar e a publicar sobre o clima? Porque é que não podem? Estão com medo de quê? De alguma forma, todos, incluindo os catastrofistas, estamos ligados à indústria, na medida em que dela dependemos para muitas coisas.
Só se pode admitir como cientificamente certo aquilo que se pode demonstrar.
Quanto vale a concentração média de CO2 no ar? 0,038% em volume (natural + antropogénico). Quanto vale a sua contribuição para o efeito de estufa e alterações climáticas? Demonstrem esse valor. Pois é… Porque é que se omite a contribuição do vapor de água, que é muito mais abundante e efectiva? Porque é que se omite a influência de outros factores para a temperatura, e suas variações, à superfície, como as variações da actividade solar, o efeito dos raios cósmicos, a pressão atmosférica, a dinâmica aerológica? Porque é que a contribuição de todos estes factores não é especulada com o mesmo interesse dos gases de estufa, dos quais o que se sabe, de longe, ter mais influência é o vapor de água?
Porque é que se omite que os 0,6ºC que a temperatura média à superfície subiu durante o séc. XX se enquadra dentro da tendência iniciada no séc. XVIII, antes da concentração de CO2 ter aumentado o que aumentou? Porque é que se omite que a Idade Média foi uma época especialmente quente, com a linha da vinha a chegar à Inglaterra, com a Gronelândia e outros países do norte da Europa a terem produções agrícolas muito maiores e melhores? Porque é que se omite que o clima está, naturalmente, sempre a mudar e que é utópico e ridículo pretender que não mude?
Porque é que se confunde poluição ambiental com a dinâmica climática?
Porque é que se pretende aterrorizar as pessoas?
Ainda vamos a tempo? E se não formos, o que é que acontece?
Manuel Brás
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: A ideologia onusiana, Ambiente, Manuel Brás, socialismo