2005/05/31
“Os 50 momentos políticos mais importantes depois do 25 de Abril – 1ª parte (1974-1985)”
Com este título, iniciou José Pacheco Pereira no “Público” de 26 deste mês a listagem nele prometida.
Segundo o próprio autor em nota final ao artigo lembra, a listagem arrancara e fora afinada, com contribuições inclusivamente dos leitores, no seu blogue Abrupto.
Constato, portanto, que nem o Autor nem os interlocutores que o ajudaram à afinação da listagem se aperceberam ou quiseram corrigir uma grande lacuna dela.
Talvez porque, consciente ou inconscientemente, o momento vítima dessa lacuna não salte aos olhos como de carácter imediatamente político.
Ou talvez porque, ao contrário da generalidade dos acontecimentos listados, aquele que vou apontar foi uma clara iniciativa da sociedade civil portuguesa, sem qualquer envolvimento de profissionais políticos ou de forças partidárias.
Tira-lhe isso o carácter ou natureza de acontecimento político?
Não creio, uma vez que as suas consequências politicamente e socialmente efectivas, nem sequer são menos duradouras ou menos importantes, e até menos “revolucionárias”, que as de qualquer dos 25 momentos apontados na 1ª parte da listagem.
Ou tratar-se-à de mero lapso, voluntário ou involuntário?
Voluntário, não creio, pois a habitual isenção e honestidade intelectual do Autor (como por certo dos Autores de contributos para o aperfeiçoamento da listagem) não me permitem pôr em dúvida as suas intenções objectivas.
A não ser que – como muitas vezes acontece – a responsabilidade pelo andamento e mobilização para a iniciativa em causa, tendo pertencido ao grupo do Vector, torne as pessoas “involuntariamente” esquecidas.
Trata-se como alguns, talvez bastantes dos leitores deste poste, já tenham entendido, da iniciativa e lançamento da Universidade Livre, em 1977–1978, em Lisboa e no Porto.
Da importância da sua criação já tenho falado e escrito (ver, por exemplo, aqui,aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, e aqui) mas poderei repetir.
A.C.R.
(continua)
Segundo o próprio autor em nota final ao artigo lembra, a listagem arrancara e fora afinada, com contribuições inclusivamente dos leitores, no seu blogue Abrupto.
Constato, portanto, que nem o Autor nem os interlocutores que o ajudaram à afinação da listagem se aperceberam ou quiseram corrigir uma grande lacuna dela.
Talvez porque, consciente ou inconscientemente, o momento vítima dessa lacuna não salte aos olhos como de carácter imediatamente político.
Ou talvez porque, ao contrário da generalidade dos acontecimentos listados, aquele que vou apontar foi uma clara iniciativa da sociedade civil portuguesa, sem qualquer envolvimento de profissionais políticos ou de forças partidárias.
Tira-lhe isso o carácter ou natureza de acontecimento político?
Não creio, uma vez que as suas consequências politicamente e socialmente efectivas, nem sequer são menos duradouras ou menos importantes, e até menos “revolucionárias”, que as de qualquer dos 25 momentos apontados na 1ª parte da listagem.
Ou tratar-se-à de mero lapso, voluntário ou involuntário?
Voluntário, não creio, pois a habitual isenção e honestidade intelectual do Autor (como por certo dos Autores de contributos para o aperfeiçoamento da listagem) não me permitem pôr em dúvida as suas intenções objectivas.
A não ser que – como muitas vezes acontece – a responsabilidade pelo andamento e mobilização para a iniciativa em causa, tendo pertencido ao grupo do Vector, torne as pessoas “involuntariamente” esquecidas.
Trata-se como alguns, talvez bastantes dos leitores deste poste, já tenham entendido, da iniciativa e lançamento da Universidade Livre, em 1977–1978, em Lisboa e no Porto.
Da importância da sua criação já tenho falado e escrito (ver, por exemplo, aqui,aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, e aqui) mas poderei repetir.
A.C.R.
(continua)
Etiquetas: Ensino, Universidade Livre