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2005/02/15

A fn é racista.
Porque é que sou anti-racista. (II) 

(continuação)

Sobre o tema, vou acrescentar alguma coisa ao
poste de ontem.

Pego no último ponto.

Para facilitar a rejeição dos que são diferentes, em geral os racistas juntam-nos em grupos definidos pela cor da pele. É fácil e cómodo os brancos rejeitarem os negros, como seria/é fácil os negros rejeitarem os brancos duma penada só. Segue-se naturalmente, em qualquer dos casos, o juízo global sobre os diferentes, os outros, e a tendência é considerá-los inferiores.

Na lógica do racismo, somos todos, simultaneamente, superiores a alguém e piores que alguém.

Mas para um cristão – a grande novidade do Cristianismo – é que os homens são todos iguais perante Deus, mesmo os Judeus do “povo eleito”.

Esta negação radical de fundamentos a qualquer racismo, torna automaticamente todos os cristãos pessimamente vistos, à partida, por parte de todos os racismos.

Mesmo os cristãos que acaso se deixem enredar nas teias dum racismo, serão sempre vistos pelo menos como suspeitos, de pouca confiança, pelos racistas de pura cepa.

Por isso, quando esses racistas se gabam de ter entre os seus militantes alguns católicos, daqui advertimos estes a não se deixarem iludir: serão sempre suspeitos. Mais tarde ou mais cedo ser-lhes-à pedido, exigido, que reneguem a sua Fé, porque, sem isso, nunca passarão de marionetes de pouca confiança, que a qualquer momento poderão revoltar-se e “trair”, pensam os racistas.

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É a isto que os racistas chamam argumentação à base da moral (talvez lhes apetecesse dizer moralismos)?

Não podem compreender, claro, que a moral é tão válido argumento como os melhores e mais racionais, quando se encontra fundada “na eminente dignidade do homem”.

A eminente dignidade do homem e da vida que, por exemplo, torna inaceitável o aborto, que os nacional-racistas defenderão, pelo menos, para as raças por eles rejeitadas.

Ou não?

Ou sim?

E querem continuar a pintar-se de gente de direita!

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Atrevo-me a jurar que qualquer organização política – associação, frente ou partido… - cheirando a racismo, jamais terá futuro em Portugal. Não por ser de direita pura e dura, como imaginavam certos analistas, mesmo que insuspeitos de visão enviezada, de esquerda; mas porque uma extrema-direita que cheire a racismo vai necessariamente contra a tradição enraizada duma formação profundamente cristã do Povo português.

Isso, aliás, tem-nos evitado ao longo da História alguns passos em falso, não poucos, mas se calhar até a entrada na guerra em 1939-45…

Tenho esperança de que nos evite também, e em definitivo, a tentação racista que vem desnorteando alguns Portugueses, completamente esquecidos, no fundo, do que é ser Português.

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Tudo estará, afinal, em os nacional-racistas não reconhecerem nem aspirarem a universalismo algum acima ou além do seu próprio nacional-racismo.

Estão num beco sem saída.

Curiosamente, ou talvez não – como nós percebemos, mas não eles! – caminham por isso para o mais primário totalitarismo.

A.C.R.

(continua)

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