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2011/04/11

Patriotismo 

À medida que o cenário de crise económica tem evoluído, a tal ponto que se tornou imprescindível recorrer ao financiamento do FMI, depois do engenheiro da independente ter garantido que tal não seria necessário, eis que, de repente, sobretudo aqueles que estão mais embaraçados com a vinda do FMI, começam a falar de patriotismo e a dizer que a vinda do FMI põe em causa a soberania nacional.

Eu acho-lhes imensa piada e à forma como eles usam os vocábulos, para eles provavelmente vazios, para se safarem das culpas e responsabilidades. Se a soberania nacional está comprometida, é só agora que está comprometida? E quem são os culpados? Se o PEC IV fosse aprovado seríamos mais livres e soberanos?

Há trinta e tal anos, no PREC, invocar o patriotismo num programa político dava seguramente direito a prisão, por conotação com o "colonialismo". Nos anos seguintes o termo foi sendo tolerado, mas nunca bem visto, sempre a lembrar-lhes a afirmação da Pátria e, com ela, da História, coisa que os políticos nunca quiseram fazer com medo de "arranjar problemas", tais como serem carimbados de extremistas ou fascistas. Mas agora, que vem aí o FMI e, provavelmente, vai descobrir imensas falcatruas nos dinheiros e nas contas públicas ao longo dos anos, e isso não interessa a alguns que se saiba, aí está o patriotismo, mais uma vez, para defender a escumalha que sempre o desprezou, e que sempre insultou aqueles que afirmam a Pátria, e não o partido, como realidade política suprema. Agora, que estão "à rasca" é que se lembraram do patriotismo. Coitados...

Quando a UE entrou em Portugal e passou a impôr as suas pressões, directivas, normas e regulamentações, muitas vezes absurdas e outras destrutivas, estes políticos da treta não se lembraram do patriotismo nem da perda de soberania, porque estavam a encher os bolsos. Quando os tratados de Maastricht, Nice e Lisboa foram aprovados, continuaram a não se lembrar do patriotismo nem da perda de soberania; não lhes fazia diferença. Agora, quando estão prestes a ser chamados a prestar contas, sentem-se encurralados e já se lembram do patriotismo e da soberania.

O facto do FMI financiar a economia e supervisionar as contas públicas portuguesas não só não é perda de soberania, como pode ajudar a descobrir imensas coisas a respeito do "Estado social" e dos seus cavaleiros andantes, pôr as contas e os dinheiros públicos na ordem, coisa que até hoje, e desde há muitos anos, nenhum político do "pacto MFA-partidos" foi capaz de fazer.

O FMI pode ajudar a correr com a "má moeda" e tornar Portugal um País mais credível, em primeiro lugar perante os próprios portugueses. Que melhor subsídio para o patriotismo e para a soberania podemos nós querer? Não vale a pena é pensar que os políticos do costume sejam capazes de o fazer. Não são.

Portanto, o FMI é bom para o patriotismo e para a soberania, na medida em que vem tentar corrigir a porcaria que esta classe política reles e vigarista, comandada pela esquerda, nos deixou em herança.

O pior que nos pode acontecer é isto continuar na mesma.

manuelbras@portugalmail.pt

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