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2011/03/10

Que esperar da manif do dia 12? 

É certo que razões não faltam para o descontentamento das gerações que estão nas universidades e que terminaram há poucos anos a sua carreira académica. A dificuldade de encontrar trabalho, estável e bem remunerado é grande. Os políticos prometem empregos a rodos nas campanhas eleitorais – não custa nada prometer. Com tanta promessa, os jovens até pensam que é o Estado social que lhes vai arranjar emprego. Como se isso fosse possível…

Estes jovens, tal como muitos eleitores, foram iludidos. Hoje sentem-se enganados e revoltados. Alimentaram expectativas que não correspondem à realidade. Por infeliz e triste que seja, estes jovens estão a pedir ao sistema – ao Estado social – aquilo que ele lhes prometeu, mas que não lhes pode dar: o trabalho ou emprego com que sempre sonharam, estável, bem remunerado, enfim, com todas as demais condições que se reclamam no menu de direitos.

http://geracaoenrascada.wordpress.com/

Alguns, cada vez mais, encontram uma solução: emigrar.

Para aqueles que por cá ficam, talvez valesse a pena perceber o porquê da instabilidade e da curta duração dos contratos de trabalho, agora que já acordaram do sonho do trabalho para sempre e com tudo.

Experimentem criar uma pequena ou média empresa, ou mesmo uma empresa familiar. Vão ver o que isso custa, de encargos a pagar ao Estado, de impostos, alguns por conta. O problema é que muitos políticos – os que mais prometem – não sabem o que custa manter uma empresa a funcionar, sendo que em Portugal se juntam, em média, baixos salários e altos impostos. Os senhores Jerónimo e Louçã, que vivem do erário público, nunca tiveram à frente de uma empresa com a responsabilidade de pagar salários com o dinheiro da empresa. É fácil carregar as empresas – o trabalho, no fim de contas – com mais e mais impostos para alimentar o Estado social e depois vir reclamar que há muito desemprego. Pudera!

Se o Estado social tiver dívidas e défice – e tem, e não é pouco – o problema é fácil de resolver: rectifica-se o orçamento, aumentam-se os impostos e assim se aumentam as receitas para cobrir o défice, o que permite ao Estado social continuar a ter mais dívidas e défices, que, por sua vez, irá geral mais aumento de impostos. e assim sucessivamente. Que bom que é o Estado social.

Se uma empresa particular tiver dívidas e não as pagar, ainda é mais simples: vai à falência. É aquilo que muitas têm feito.

Os jovens podem dizer à vontade que não se resignam e que são parte da solução, mas isso não os tira da ilusão do Estado social em que foram metidos por políticos manhosos, nem lhes dará no dia seguinte mais um posto de trabalho que seja. Não esperem nada do Estado, porque este Estado social é insustentável. Quanto mais Estado, mais despesa e mais encargos para quem trabalha.

Os jovens correm assim o risco de continuar a alimentar a mesma ilusão que os trouxe até aqui. Se quiserem continuar a ser enganados pelas utopias do costume, continuem a confiar no Estado social. Se for para isso, a manif não valerá a pena. Será mais do mesmo. Será que vamos continuar a dar o problema como solução?

Se for para obrigar o Estado a emagrecer, a baixar despesas e, sobretudo, a baixar impostos, então sim, geram-se condições mais favoráveis para o trabalho e aí começa um novo ciclo económico, com sacrifícios, como tudo será daqui para a frente, mas inicia-se um caminho que permite ver a luz ao fundo do túnel: o Estado mínimo!

O que custa acreditar é que sejam aqueles que nos trouxeram até aqui, os que nos vão tirar do pântano. Essa seria outra ilusão, continuar a apostar no Estado social que esmifra sobretudo as classes média e média-baixa. Só vale a pena se for para mudar, também as moscas.

É óbvio o risco de aproveitamento político por parte de alguns partidos, com a sua tradicional capacidade de mobilização, que é sabido estarem a arregimentar gente para a manif, sobretudo quando os organizadores pretendem um acto apartidário.

Quem não se lembra das manipulações nas RGA’s nas universidades nos 60 e 70? Será que eles se vão conseguir disfarçar?

manuelbras@portugalmail.pt

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