2010/12/27
Wikileaks: fim do mundo?
As, aparentemente, bombásticas revelações veiculadas pela organização Wikileaks sobre o conteúdo de comunicações internas no mundo diplomático e político ocidental, especialmente europeu e norte-americano, têm sido consideradas extremamente importantes. Será mesmo assim?
Nesta altura do campeonato algumas perguntas se impõem.
Serão essas revelações minimamente fidedignas?
Tendo em conta o carácter parcial das revelações, que incidiram em grande medida, para não dizer exclusivamente, sobre as diplomacias e instituições políticas ocidentais, especialmente americanas, qual a finalidade e a pretensão dos seus promotores?
Quem, ou o quê, está por trás deste golpe mediático?
São perguntas cuja resposta não é imediata e talvez não seja fácil, mas a verdade é, como podemos nós ter a certeza de que os conteúdos da Wikileaks não estão truncados ou que não há mais nada além daquilo que foi publicado que dê outro sentido às coisas?
Por outro lado, a incidência acusatória ao Ocidente, cujos políticos e diplomatas surgem sempre como vilões, não pode deixar de merecer desconfiança. Então na ONU e nas suas agências, nas diplomacias e nas instituições políticas de países como a China, a Rússia, a Venezuela, Cuba, ou em certas ONG’s – as mais governamentais de todas as organizações, será preciso dizer nomes? – não há nada de interesse para revelar? Porquê a obsessão com instituições ocidentais e americanas?
Hillary Clinton fez o seu papel, mostrou-se preocupada com a exibição pública de conteúdos confidenciais. Mas a verdade é que a importância de tudo isto é muito relativa e não vai alterar significativamente as relações políticas e diplomáticas no seio do Ocidente.
Ficámos a saber, com justas reservas, aquilo que já sabíamos, o que diplomatas e políticos ocidentais pensam uns dos outros e do resto do mundo, quem são os aliados e os não aliados, só que dito de formas mais simples e primárias. Mas isso, grosso modo, já nós sabíamos.
Pode uma organização que se dedica à espionagem, como é o caso da Wikileaks, acusar países e estados de o fazerem? Qual é o país ou estado que não tem serviços de informação e espionagem?
Pode acontecer é que uns sejam melhores que outros. Mas isso, é outra história.
manuelbras@portugalmail.pt
Nesta altura do campeonato algumas perguntas se impõem.
Serão essas revelações minimamente fidedignas?
Tendo em conta o carácter parcial das revelações, que incidiram em grande medida, para não dizer exclusivamente, sobre as diplomacias e instituições políticas ocidentais, especialmente americanas, qual a finalidade e a pretensão dos seus promotores?
Quem, ou o quê, está por trás deste golpe mediático?
São perguntas cuja resposta não é imediata e talvez não seja fácil, mas a verdade é, como podemos nós ter a certeza de que os conteúdos da Wikileaks não estão truncados ou que não há mais nada além daquilo que foi publicado que dê outro sentido às coisas?
Por outro lado, a incidência acusatória ao Ocidente, cujos políticos e diplomatas surgem sempre como vilões, não pode deixar de merecer desconfiança. Então na ONU e nas suas agências, nas diplomacias e nas instituições políticas de países como a China, a Rússia, a Venezuela, Cuba, ou em certas ONG’s – as mais governamentais de todas as organizações, será preciso dizer nomes? – não há nada de interesse para revelar? Porquê a obsessão com instituições ocidentais e americanas?
Hillary Clinton fez o seu papel, mostrou-se preocupada com a exibição pública de conteúdos confidenciais. Mas a verdade é que a importância de tudo isto é muito relativa e não vai alterar significativamente as relações políticas e diplomáticas no seio do Ocidente.
Ficámos a saber, com justas reservas, aquilo que já sabíamos, o que diplomatas e políticos ocidentais pensam uns dos outros e do resto do mundo, quem são os aliados e os não aliados, só que dito de formas mais simples e primárias. Mas isso, grosso modo, já nós sabíamos.
Pode uma organização que se dedica à espionagem, como é o caso da Wikileaks, acusar países e estados de o fazerem? Qual é o país ou estado que não tem serviços de informação e espionagem?
Pode acontecer é que uns sejam melhores que outros. Mas isso, é outra história.
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: A ideologia onusiana, Em defesa do Ocidente