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2010/10/06

5 de Outubro de 2010: Que o Rei avance 


Olhando para os últimos 100 anos em Portugal, o que mudou? O Império foi desfeito e Portugal, reduzido a uma pequeníssima fracção dessa extensão, regressou ao século XV, embora com vários milhões de portugueses espalhados pela Europa, América e África.

Somos hoje um País depauperado, não só moralmente, o que já não seria pouco, porque o que mais vale a um País é a qualidade moral dos seus homens e mulheres, mas também economicamente. Estamos de tanga. É o défice do Estado, amigos. Este Estado, dito de direito, sorve muitos recursos, mas não se vê o retorno. Ah, estava-me a esquecer dos magalhães e da construção civil...

Um País com um Estado tão promissor que a aspiração suprema da classe política é o tacho. Ter um emprego no Estado, com direitos adquiridos, per omnia saecula saeculorum é a aspiração máxima fixada pelo governo. Que bom e ambicioso é o governo.

Não há dúvida. Estes governantes transformaram o País num óptimo local... para emigrar para a América.

Um País envelhecido e depauperado demograficamente que caminha para a extinção perante a indiferença e o desprezo dos políticos e governantes.

É isto que celebram ao fim de 100 anos?

O texto que se segue é uma chamada à acção para que o Rei avance. A Monarquia não se implanta com sorrisos nem é grátis. Exige vontade e acção.

Está marcada para a tarde de 5 de Outubro em Guimarães uma intervenção, previsivelmente importante, de SAR D. Duarte de Bragança, durante a Proclamação de Lealdade, com a presença de um grupo de monárquicos.

Oxalá essa seja uma Proclamação de vontade que galvanize os portugueses para a acção por alguém que quer dirigir os destinos de Portugal com os portugueses, não só para 4 ou 8 anos.

manuelbras@portugalmail.pt



CARTA ABERTA A PORTUGUESES


5 de Outubro

UMA DECLARAÇÃO DISSIDENTE
e a mais sincera homenagem ao Rei Fundador



Vemos muitas bandeiras monárquicas, mas nenhum Rei que as faça levantar e as torne imparáveis. Alguém que assuma 'realmente' a Herança e continue a educar o Herdeiro no Colégio Militar, como me parece que é a tradição, ou não? Isso conta muito, para quem se... preocupa com o modo como se forjam Reis de Portugal. Servir só tem uma Escola! E o Rei que há-de Servir é porque Serviu. 'Perguntem' ao Joaquim Mouzinho de Albuquerque - ele sabia disso.

Aqui e agora, por estes dias negros, alguém que queira ser Rei dos Porugueses, mesmo que não o mereçam, terá que vencer uma nova Batalha de Ourique - ou, pelo menos, querer travar uma, ainda que menos fácil... Essa foi a lição da História, esse o elo essencial da «corrente» que levou à Aclamação do Fundador. Mas hoje... Só temos «acalmação», a enganadora «acalmação», como a dos tempos de D. Manuel II, mentirosa, apenas aparente, como se viu. A Monarquia nunca se implantará apenas com sorrisos - desculpem o nosso pessimismo. E se assim fosse, eu desconfiaria... Provavelmente «dava-nos» apenas um «Rei de Copas» como aqueles dos «países europeus mais desenvolvidos», que aparecem no «Point de Vue/Images du monde», muito simpáticos, mas inócuos. Nas condições políticas actuais em Portugal seria como «decorar» um monte de estrume com uma ginja no topo...

Não, também não há «Monarquias Grátis», como nem os almoços o são. Parece que Deus fez do Trono de Portugal um teste terrível para seleccionar os «homens de barba rija» e as «mulheres de sangue na guelra», como Dona Luíza de Gusmão, e não vejo ainda alguém que nos queira «transformar em Titãs e animar outra vez a Terra» como escreveu Ezra Pound num fantástico poema. Ainda ninguém «passou no teste», «sans rancune» para os estimados monárquicos, que estimo como bons portugueses, a maior parte, sem qualquer dúvida.

Muitos outros bons portugueses sentem que a legitimidade hoje tem de ser reconstruída - a Dinastia nunca foi um «processo» puramente linear - ainda por cima sem Rei no Trono. Refiro-me à legitimidade política numa visão «realista». Não são apenas os pobres Portugueses que têm de «querer» ter um Rei o «povo», de que tantos falam, o Povo inteiro tem de ver - e ter razões para acreditar - que o Pretendente, antes dos outros, quer Terá de ser alguém que, primeiro, queira! Francamente, isto parece-me tão óbvio que quase lamento ter de o escrever.

Como eu gostaria de poder gritar «Viva o Rei!» se um verdadeiro Líder Nacional, na linha de acção dos grandes reis de Portugal, capaz de o ser, ou pelo menos de o querer ser, se manifestasse convictamente, com consistência pessoal e política, mesmo antes de ser coroado. A regra do Tempo, duro e difícil, que vivemos, impõe que seja aclamado antes de ser coroado. Lamento, mas parece-me que tem de ser ao contrário do que seria... «monarquicamente correcto». Não duvidem da minha sinceridade, por tudo o que vos seja mais querido.

Não se esqueçam de que para esse Pretendente acima de tudo tem de estar, de facto, Portugal - que é tudo o que temos - e mais nada. Foi o que fizemos em Aljubarrota e reafirmámos em Montes Claros, não é? Nós podemos! Pois há muitos que humildemente sentem, num silêncio reservado, que ele também tem de poder - de querer poder provar isso, com actos, com uma atitude clara e mobilizadora, ainda que audaciosa e algo arriscada, como é a nossa, nos combates políticos e sociais que travamos e temos que travar. Devemos ser exigentes e criteriosos - e começar por nós e, logo depois, precisamente pelo Rei que haja de ser! E, quando nos parecer que poderemos ter de novo um Rei – que nos conduza e emocione, que nos suscite o Amor e a Fidelidade - há-de ser porque ele, tanto ou mais que nós, se esforça e luta por tirar Portugal do lodo deste pântano, sendo um Exemplo e um Modelo para os Portugueses, aqui e agora, um Combatente ainda melhor que nós, com todos os riscos que tivermos que enfrentar e vencer.

Neste 5 de Outubro, ao passar mais um aniversário do Tratado de Zamora, saudemos respeitosamente todos os Reis de Portugal e o Serviço que deixaram registado nas páginas da História de Portugal, muito dele escrito com sangue. Merecem o nosso maior Amor e gratidão, e que os recordemos de pé, num breve Minuto de recolhido Silêncio.

Entretanto, em verdade, neste 5 de Outubro, só poderemos bradar, uma vez mais, «Que Viva Portugal!».



Vítor Luís Rodrigues

4 de Outubro de 2010

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