2011/04/14
Estabilidade ou mudança?
Nas últimas campanhas eleitorais os portugueses têm sido bombardeados com mensagens e apelos, quer à estabilidade, quer à mudança. É possível que, na salada russa dos sound bytes da comunicação política medíocre que nos infesta, a maior parte das pessoas nem entenda o que essas coisas significam, mas é de admitir que muito eleitorado ache que isso é tudo a mesma coisa, que o que é preciso é que o "Estado social" continue a "olhar por nós", como tem feito até aqui.
Mas, o que vai suceder em 5 de Junho?
Uma recente sondagem dá 6 pontos de avanço para o PSD (39%) em relação ao PS (33%). Como é possível que, depois de todas as trapalhadas com o PEC, UE, FMI, etc, ainda haja 33% de eleitorado capaz de votar no PS? Como é possível que ainda haja gente que acredite no homem que garantiu que o FMI não financiaria a economia portuguesa, para uns dias depois pedir a demissão e recorrer ao FMI, e uns dias depois vir o ministro das Finanças afirmar que só há dinheiro para financiar o "Estado social" por mais um mês. Com que então, o FMI não era preciso, pois não? E ainda há quem confie nesta gente. Isto é o que se chama brincar com os portugueses. José Sócrates escolheu o pretexto certo e a hora certa para abandonar o barco: um verdadeiro caso de estudo de propaganda política.
Se por um lado temos uma fraude gigantesca gerida com grande profissionalismo, por outro temos um candidato muito "tenrinho", que tudo tem feito, com as suas muitas hesitações, faltas de determinação e firmeza, para que o PS volte a ganhar as eleições. Passos Coelho tem sido uma ajuda inestimável para José Sócrates, que até lhe vai "roer os ossos". Passos Coelho é o homem que José Sócrates precisa para voltar ao governo.
Será que daqui a um mês o PSD continua 6 pontos à frente do PS? É algo muito duvidoso. Para um "tribuno" como José Sócrates e uma memória como a de muitos portugueses, 6 pontos não é nada.
E, se assim for, os portugueses poderão apreciar, mais uma vez, como uma coisa e o seu contrário podem acontecer ao mesmo tempo, no mesmo lugar e nas mesmas circunstâncias: José Sócrates continuará estavelmente no governo e o "Estado social" transformar-se-á num monstro cada vez mais totalitário. Porque só com monstros destes é que é possível que governantes sejam envolvidos em esquemas extremamente suspeitos sem se demitirem ou, no mínimo, darem uma explicação convincente. Os governos de José Sócrates singularizam-se pelo facto de passarem incólumes por suspeitas e escândalos que fariam cair imediatamente ministros e governos de outras forças políticas.
Será superioridade moral?
manuelbras@portugalmail.pt
Mas, o que vai suceder em 5 de Junho?
Uma recente sondagem dá 6 pontos de avanço para o PSD (39%) em relação ao PS (33%). Como é possível que, depois de todas as trapalhadas com o PEC, UE, FMI, etc, ainda haja 33% de eleitorado capaz de votar no PS? Como é possível que ainda haja gente que acredite no homem que garantiu que o FMI não financiaria a economia portuguesa, para uns dias depois pedir a demissão e recorrer ao FMI, e uns dias depois vir o ministro das Finanças afirmar que só há dinheiro para financiar o "Estado social" por mais um mês. Com que então, o FMI não era preciso, pois não? E ainda há quem confie nesta gente. Isto é o que se chama brincar com os portugueses. José Sócrates escolheu o pretexto certo e a hora certa para abandonar o barco: um verdadeiro caso de estudo de propaganda política.
Se por um lado temos uma fraude gigantesca gerida com grande profissionalismo, por outro temos um candidato muito "tenrinho", que tudo tem feito, com as suas muitas hesitações, faltas de determinação e firmeza, para que o PS volte a ganhar as eleições. Passos Coelho tem sido uma ajuda inestimável para José Sócrates, que até lhe vai "roer os ossos". Passos Coelho é o homem que José Sócrates precisa para voltar ao governo.
Será que daqui a um mês o PSD continua 6 pontos à frente do PS? É algo muito duvidoso. Para um "tribuno" como José Sócrates e uma memória como a de muitos portugueses, 6 pontos não é nada.
E, se assim for, os portugueses poderão apreciar, mais uma vez, como uma coisa e o seu contrário podem acontecer ao mesmo tempo, no mesmo lugar e nas mesmas circunstâncias: José Sócrates continuará estavelmente no governo e o "Estado social" transformar-se-á num monstro cada vez mais totalitário. Porque só com monstros destes é que é possível que governantes sejam envolvidos em esquemas extremamente suspeitos sem se demitirem ou, no mínimo, darem uma explicação convincente. Os governos de José Sócrates singularizam-se pelo facto de passarem incólumes por suspeitas e escândalos que fariam cair imediatamente ministros e governos de outras forças políticas.
Será superioridade moral?
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: Eleições legislativas, FMI, União Europeia