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2007/11/12

MANUEL ARNAO METELLO (1929-2007) 


O querido amigo fez-nos na 5ª feira a surpresa terrível de nos deixar de todo inesperadamente, vítima de AVC fulminante, enquanto, ainda em casa, se entregava a alguns exercícios físicos ligeiros, habituais.

Conheci o Manuel Metello faz para o ano quatro décadas, quando alguns tínhamos lançado já os dois ou três primeiros tomos da “RESISTÊNCIA” e começavam, em Lisboa e Porto, a ser regulares as reuniões de amigos e conhecidos que conduziriam em breve à criação do Círculo de Estudos Sociais VECTOR.

Posso dizer que a nossa amizade de quarenta anos é por inteiro o resultado dum grande entendimento, desde os nossos primeiros encontros, sobre aqueles dois projectos e o seu rápido desenvolvimento, os quais por sua vez viriam a dar lugar a outras iniciativas em que totalmente nos empenhámos também.

Nunca, em praticamente quarenta anos, a nossa colaboração foi empanada pela mais pequena nuvem ou divergência.

E como a nossa colaboração foi apertada e tantas vezes por caminhos inéditos, com objectivos por isso de alto risco, enfrentando adversários que não nos perdoavam a audácia e a ambição!

Só nunca quis acompanhar-me nas incursões político-partidárias, salvo a do PDC, até certo ponto, porque não disfarçava a sua pouca ou nenhuma confiança em partidos. E talvez também por acreditar que o espírito partidário seria capaz de inquinar as nossas iniciativas de mobilização ideológica, mas apartidárias e até antipartidárias.

Não admira assim que se tivesse empenhado intensamente na criação da Universidade Livre, obra de um pequeno grupo dentro do VECTOR que fizemos em pouco tempo da UL um grande êxito.

Tão excepcional que a tornou também o alvo dos propósitos de invejosos desse sucesso, que não descansaram enquanto não viram a UL inutilizada pelos seus estratagemas meramente políticos, arbitrariamente apoiados por certos “estadistas”, contra os quais acabamos por ser impotentes.

Ele sentia, porém, tenho a certeza, que nem mesmo essa derrota fazia de nós derrotados, em definitivo.

É verdade!

O sacerdote que celebrou na igreja da Luz a missa de corpo presente afirmou que Manuel Metello era um homem “verdadeiramente superior”. Ainda mais falta, por isso, nos faz o Manuel Metello, com o seu apoio, o seu conselho, o seu arrojo sem dúvidas nem hesitações, a sua lucidez e determinação, a sua disponibilidade e a elegância das suas atitudes. Mesmo as mais frontais.

Deus o levou… Enchamo-nos de coragem.

Que Deus o tenha em Sua Santa Guarda!

A.C.R.

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