Aliança Nacional - Nação & Liberdade

Se eles, os tais “dirigentes”, forem os gestores das ZIF-Zonas de Intervenção Florestal, atendendo ao que fazem para impingir-se, eles tudo teimarão para que os RI (Regulamentos Internos) das ZIF que se propõem gerir lhes vão inteiramente ao jeito das suas conveniências.

Alguns exemplos.

Nem uma palavra, aí, sobre a reivindicação da personalidade jurídica das ZIF, que qualquer gestor esclarecido e honesto deverá ter como ponto de honra e uma prioridade absoluta.

Depois, outro exemplo, nunca nos projectos conhecidos de RI se fala de protocolo a celebrar obrigatoriamente entre a ZIF e a mítica entidade gestora, a respeito das condições a que esta tem de obedecer, as responsabilidades e limites a que fica sujeita e as sanções pecuniárias e penais em que incorre, nos casos de má ou deficiente gestão, que significam quase sempre gestão danosa.

Talvez, porém, o ainda mais escandaloso seja não se estabelecer, nesses projectos de RI, a obrigação de as adjudicações de empreitadas ou de quaisquer fornecimentos às ZIF, pelo menos a partir de certos montantes, serem sempre precedidas de concursos públicos, com resultados a decidir não pelas “entidades gestoras" externas, mas pelos órgãos sociais das ZIF, eleitos pelos associados destas, os chamados aderentes.

Ou pretendem essas “entidades gestoras” externas assegurar todas as condições, nos RI, para virem a ser elas próprias os únicos fornecedores e empreiteiros de tudo quanto as ZIF tenham de comprar ou contratar, no cumprimento dos objectivos sociais delas?

Se assim não é, se não é isso, esse monopólio de facto, que está nas intenções secretas dos tais “dirigentes”, então é indispensável que dispam urgentemente as vestes de verdadeiros lobos das ZIF que parecem ser, mas que dizem não ser, nem querer ser ou sequer parecê-lo.

Ou serão tão “inocentes” que nem percebem os males que estão a preparar.

A.C.R.

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