2007/10/02
Bronca na NASA
Um Instituto da NASA – o Goddard Institute for Space Studies (GISS) – corrigiu no início de Agosto o ranking dos 10 anos mais quentes desde 1880(http://data.giss.nasa.gov/gistemp/graphs/Fig.D.txt) nos EUA. Ora, se corrigiu é porque reconheceu que errou. Já não é mau. Com esta correcção o ano mais quente passa a ser 1934 e não 1998, como, erradamente, anunciava o ranking anterior. Mais: essa correcção estabelece que 50% dos 10 anos mais quentes ocorreram na primeira metade do séc. XX.
Mas, que importância tem isto para merecer um comentário destes?
Primeiro, porque contraria o slogan de que a última década do séc. XX foi a mais quente do milénio, pelo menos nos EUA.
Segundo, porque este facto reclama igualmente uma averiguação dos dados publicados referentes à temperatura média global. E se esses registos enfermam do mesmo vício?
Terceiro, porque o chefe do GISS é James Hansen, considerado o pai da hipótese do “global warming”, que reagiu de forma algo arrogante à “descoberta” de Steve McIntyre e Anthony Watts, esquecendo que se a diferença pode ser pequena, a mentira pode ser bem grande – e conveniente.
Quarto, porque uma de duas coisas aconteceu: ou o erro foi voluntário, e isso chama-se fraude, ou foi acidental e revela uma incapacidade, para não dizer incompetência. Em qualquer caso merecia um pedido público de desculpas e uma chamada à responsabilidade, tanto mais tratando-se de uma instituição como a NASA, que se arrisca a perder credibilidade.
Quinto, porque, como já era de esperar e hábito, na imprensa portuguesa o silêncio é de ouro. Também neste campo. É claro que se a descoberta fosse ao contrário teria sido ampla e repetidamente comentada, com direito aos plasmas do Metro. Mas isto é o que a blogosfera e a Internet têm de bom: a possibilidade de se saber aquilo que alguns não querem que se saiba.
Sendo verdade, obviamente.
Manuel Brás
Mas, que importância tem isto para merecer um comentário destes?
Primeiro, porque contraria o slogan de que a última década do séc. XX foi a mais quente do milénio, pelo menos nos EUA.
Segundo, porque este facto reclama igualmente uma averiguação dos dados publicados referentes à temperatura média global. E se esses registos enfermam do mesmo vício?
Terceiro, porque o chefe do GISS é James Hansen, considerado o pai da hipótese do “global warming”, que reagiu de forma algo arrogante à “descoberta” de Steve McIntyre e Anthony Watts, esquecendo que se a diferença pode ser pequena, a mentira pode ser bem grande – e conveniente.
Quarto, porque uma de duas coisas aconteceu: ou o erro foi voluntário, e isso chama-se fraude, ou foi acidental e revela uma incapacidade, para não dizer incompetência. Em qualquer caso merecia um pedido público de desculpas e uma chamada à responsabilidade, tanto mais tratando-se de uma instituição como a NASA, que se arrisca a perder credibilidade.
Quinto, porque, como já era de esperar e hábito, na imprensa portuguesa o silêncio é de ouro. Também neste campo. É claro que se a descoberta fosse ao contrário teria sido ampla e repetidamente comentada, com direito aos plasmas do Metro. Mas isto é o que a blogosfera e a Internet têm de bom: a possibilidade de se saber aquilo que alguns não querem que se saiba.
Sendo verdade, obviamente.
Manuel Brás
Etiquetas: Ambiente