2007/05/21
Tarefas de Sarkozy
Sarkozy prometeu. E venceu.
A França, a Europa e a civilização ocidental aguardam as rupturas prometidas.
Não vai ser fácil, mas é preciso começar.
Por exemplo:
- Reduzir o peso – e que peso – do Estado na economia, na actividade empresarial e, em geral, no trabalho. A lei das 35 horas de trabalho semanal, os subsídios da PAC aos agricultores franceses, a tentativa – cada vez mais frustrada – de ser o Estado a garantir emprego vitalício, são monstruosidades utópicas, e muito caras, que só podem dar o que vão dar. Reduzir o peso do Estado numa educação napoleónica – que bem conhecemos por cá – e na saúde também são rupturas que a sociedade civil agradece.
- Garantias de segurança pública contra actos de vandalismo, criminalidade e motins.
- Reconhecer o princípio das soberanias nacionais na Europa, em particular que a União Europeia é constituída por Nações independentes, repudiando claramente a tentativa de instalar um super-estado administrativo europeu.
- Revisão do anti-americanismo e um compromisso renovado com o papel indeclinável da França na civilização ocidental, que passa, entre outras coisas, por uma maior atenção ao combate ao terrorismo internacional, especialmente a uma maior colaboração com a NATO, de que é membro, nas operações em curso no Afeganistão, bem como uma maior disponibilidade para actuar em favor da Aliança Atlântica.
- Firmeza na política externa, em particular com o Irão, no sentido da dissuasão de obter armas nucleares, seja através de pressões diplomáticas, seja através da redução e eventual cessação de investimentos franceses, e de outros países europeus, no Irão. Tais medidas passam, logicamente, pelo reconhecimento do perigo que representa para todo o Ocidente – não só para Israel – um Irão anti-ocidental nuclear. Basta ver como o Médio Oriente mudou nos últimos vinte e oito anos. Essa mudança tem nomes e protagonistas: Irão, Hamas, Hizbullah… Acordarão os franceses para isto?
Manuel Brás
manuelbras@portugalmail.pt
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