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2007/04/09

Ditadura para Gente Mole 


Passam 50 anos sobre a coisa europeia. Digo coisa, assim em abstracto, porque nunca ficou bem definido o que aquilo era. Começou por ser uma Comunidade do Carvão e do Aço, para ser depois a Comunidade Económica Europeia (à qual Portugal aderiu em 1986), para depois vir a ser um simulacro de união política, sancionada por uma coisa ambígua a que uns chamam Tratado, outros Constituição e outros ainda, talvez os do centro, Tratado Constitucional.

Toda a gente sabe que a União Europeia na realidade não existe a não ser no papel e que, obviamente, não se identifica com a Europa, que essa, sim, existe. Mesmo os eurocratas de Bruxelas e Estrasburgo sabem isso, mas o que pretendem é dirigir dali os povos europeus à base de abundantes leis e regulamentos, tanta vezes ridículos e idiotas. Por outras palavras, pretendem centralizar e exercer o poder mediante uma ditadura administrativa, visando estabelecer tudo e mais alguma coisa: desde o que se pode e não pode comer até o que se pode e não pode dizer sobre o homossexualismo e os casamentos entre homossexuais, silenciando mediante ameaças legais a crítica desfavorável, passando por um grande etc de “normalizações”.

Essa ditadura administrativa visa corrigir o pensamento, as convicções e a realidade da vida dos povos europeus à força de leis e decretos, fazendo convergir tudo isso para uma uniformidade narcotizante que leve a aceitar tudo sem resistência.

Essa ditadura não visa a gesta, o heroísmo, o mérito, a virtude, no seu sentido mais lato. Visa o igualitarismo radical, o relativismo e a mediocridade, em que se é obrigado a aceitar tudo. Enfim, a morte da vontade. Como é fácil uma minoria impor o que quer a uma maioria cuja vontade está, ou parece estar, morta.

Mas, para os europeus que resistem contra o federalismo truculento e trapaceiro, que se esconde atrás de acordos, tratados e constituições, há razões de esperança: o enviesamento mental e a falta de visão de futuro das maiorias que se sentam em Bruxelas e Estrasburgo.

Então, não é que a prioridade política dessa malta é o combate às alterações climáticas? Sim senhor, grandes políticos: não lhes basta programar vivos e mortos, querem também programar o clima. Devem ter cá uma sorte…

É claro que eles, provavelmente, vão conseguir tanto como os profetas da sociedade sem classes ou os da explosão demográfica.

Curiosamente, o que eles não reparam é que a Europa envelhece e desaparece, as suas gerações são substituídas por outras com culturas diferentes, e até hostis, rumo à islamização, com uma vontade determinada de conquista do território e do poder.

Um sinal sugestivo e inequívoco: reparem no traje com que a Faye Turney apareceu a falar na TV iraniana.

Por opção, com certeza…

Manuel Brás
manuelbras@portugalmail.pt

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