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2006/10/11

Regensburg 

Nunca pensou esta simpática cidade do Sul da Alemanha transformar-se, em pleno século XXI, quando a maior parte dos alemães querem é que os deixem descansados, no epicentro de importantes e transcendentes especulações civilizacionais.

A causa e o conteúdo já foram abundantemente dissecados e até é de espantar, depois das “ruidosas” manifestações de alguns seguidores do Profeta muçulmano, a forma como intelectuais agnósticos têm aderido ao repto de Bento XVI.

É que as relações da Fé com a razão não dizem apenas respeito aos muçulmanos, caso em que se revestem de peculiares características, mas dizem também aos cristãos, aos judeus, a outras religiões, aos agnósticos e aos ateus.

Este discurso de Bento XVI pode representar para a nossa civilização a recuperação da confiança e do valor da razão, vários anos após a publicação da Encíclica “Fides et Ratio” de João Paulo II, que passou despercebida em comparação com o discurso de Regensburg.

Esta reflexão é particularmente importante para o Ocidente, civilizacionalmente dividido entre uma matriz greco-latina e judaico-cristã e outra matriz jacobina-ateia. É particularmente importante num momento em que impera na sociedade europeia a dificuldade em raciocinar, em que se procuram sucedâneos e respostas imediatas e sem esforço, num momento em que o que caracteriza o chamado pensamento pós-moderno é a incoerência e a irracionalidade.

Manuel Brás
manuelbras@portugalmail.pt

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