2006/10/04
Museu António de Oliveira Salazar, ou
Museu do Estado Novo?(2)
Alguém que leu o nosso poste anteontem, 2ª feira, também com o título acima, telefonou-me a perguntar se não haveria ainda outra razão, e mais profunda, para as demoras no início da concretização do projecto.
E explicava-me.
Parece que terão surgido algumas críticas ao abate integral das construções existentes, ainda que grandemente degradadas, que o projecto prevê reconstruir fielmente. Sem discutir as boas intenções de quem optou por essa solução radical, os seus críticos entendem que ela conduz a um desastre que deveria evitar-se, o da perda do que são as melhores relíquias pessoais do Doutor Salazar, a que poderia de facto obstar-se reparando e recuperando o que lá está, em vez de destruí-lo.
- Com a vantagem, dizem, de isso ser menos caro do que o abate e reconstrução fiel e de raiz.
Acrescentam os críticos que, se tivesse sido feita uma consulta pública e prévia sobre a modalidade de construção do Museu ou Casa-Museu, talvez a opinião geral, embora apoiando a ideia do Museu/Casa-Museu, fosse largamente favorável a manter-se-lhe simultaneamente o carácter de relíquia pessoal que defendem.
E não será este carácter amplamente garantido pelo recheio do futuro Museu, uma vez que ele virá a conter uma enorme quantidade de objectos e documentos da vida do Doutor Salazar?
Receio muito que estas dúvidas e teses defensoras do carácter relíquia intocável das casas, onde nasceu e viveu o Doutor Salazar, venham a ser motivo de atrasos que comprometam definitivamente o projecto.
Seja como for, é à Câmara Municipal de Santa Comba Dão que compete apreciar o assunto, se entender que ainda é oportuno rever a decisão que tomou e deu publicamente a conhecer.
António da Cruz Rodrigues (A.C.R.)
E explicava-me.
Parece que terão surgido algumas críticas ao abate integral das construções existentes, ainda que grandemente degradadas, que o projecto prevê reconstruir fielmente. Sem discutir as boas intenções de quem optou por essa solução radical, os seus críticos entendem que ela conduz a um desastre que deveria evitar-se, o da perda do que são as melhores relíquias pessoais do Doutor Salazar, a que poderia de facto obstar-se reparando e recuperando o que lá está, em vez de destruí-lo.
- Com a vantagem, dizem, de isso ser menos caro do que o abate e reconstrução fiel e de raiz.
Acrescentam os críticos que, se tivesse sido feita uma consulta pública e prévia sobre a modalidade de construção do Museu ou Casa-Museu, talvez a opinião geral, embora apoiando a ideia do Museu/Casa-Museu, fosse largamente favorável a manter-se-lhe simultaneamente o carácter de relíquia pessoal que defendem.
E não será este carácter amplamente garantido pelo recheio do futuro Museu, uma vez que ele virá a conter uma enorme quantidade de objectos e documentos da vida do Doutor Salazar?
Receio muito que estas dúvidas e teses defensoras do carácter relíquia intocável das casas, onde nasceu e viveu o Doutor Salazar, venham a ser motivo de atrasos que comprometam definitivamente o projecto.
Seja como for, é à Câmara Municipal de Santa Comba Dão que compete apreciar o assunto, se entender que ainda é oportuno rever a decisão que tomou e deu publicamente a conhecer.
António da Cruz Rodrigues (A.C.R.)
Etiquetas: Salazar