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2006/09/18

“Da quase inutilidade da Filosofia” 

Título de um dos mais recentes postes do Dr. Miguel Castelo-Branco no seu “Combustões”.

Se for verdade, terei também de concluir que o Autor se encheu de filosofar para negar a Filosofia… inútil, pois que o assegura ele.

Arrasou filosoficamente a filosofia que já era “quase inútil”, como quis demonstrar.

Como também afirmou, para não restarem dúvidas sobre a inutilidade dela, que a filosofia não passa hoje, na sua inutilidade, de “um género literário”.

Naturalmente ficção, como é quase todo o género literário, mesmo o lirismo, talvez sobretudo o lirismo, a poesia lírica.

Caramba!

Eu a pensar que era só a Filosofia do filósofo José Gil, com o seu “Portugal Hoje – O Medo de Existir”, de facto um exemplo modelar de ficção filosófica, publicado há quase dois anos (1ª edição).

Bom, não é exactamente assim.

Desde muito antes disso tinha já julgado surpreender a facilidade dos filósofos para derraparem na pura ficção das construções arbitrárias ou jogos de ideias puramente lúdicos.

O livro do filósofo José Gil veio reforçar a minha convicção sobre o carácter ficcional da Filosofia que há, como um exemplo levado aos últimos estádios da pura ficção.

A análise agora de M.C.B. no “Combustões” veio trazer mais água ao meu moinho e tirar-me porventura algumas dúvidas, as últimas.

Estou feliz!

Feliz por poder alegar razão contra o senso popular, naturalmente desculpabilizador e favorável aos filósofos todos, mesmo todos os de agora…

A.C.R.

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