<$BlogRSDUrl$>

2006/09/25

Química e Nacionalismo 

O governador da Califórnia pretende levar a efeito uma série de medidas para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. Acho muito bem.

A “informação” veiculada pelos jornais acaba por referir apenas o CO2, esquecendo que o vapor de água também tem esse efeito, com uma contribuição estimada em 95%. É o costume.

Sempre que se fala neste assunto, como que por reflexo condicionado, vem à colação o Protocolo de Quioto (PQ), que alguns têm como o remédio infalível para aliviar o pânico climático. Na América, ao contrário do que parece suceder por cá, nem toda a gente pensa assim, e riposta-se que o PQ não é o único, nem necessariamente o melhor caminho para a redução da emissão de gases de estufa. É possível encontrar 5 razões para o Ocidente não o levar a sério, a menos que queira arruinar o que resta da sua indústria. Um estudo de dois académicos de Yale – especialistas, como se diz em linguagem jornalística – aponta ao PQ uma relação custo/benefício de 7/1 – nada mau.

Ei-las, as razões:

1. A subsistência de grandes incertezas no que toca a previsões e projecções sobre futuras alterações climáticas, sem distinção de gases produzidos naturalmente de gases produzidos pela indústria e transportes.

2. Sujeição a metas irrealistas: muitos países não estarão em condições de reduzir as suas emissões abaixo dos níveis de 1990.

3. Os objectivos estão mais centrados no dióxido de carbono em detrimento de outros gases de estufa e de outras substâncias retentoras de calor.

4. Países em vias de desenvolvimento estão excluídos do Protocolo e, desde logo, de qualquer restrição. Nesse lote estão incluídos a China, a Índia e o Brasil.

5. Previsão de sérias consequências económicas: subida considerável dos preços da energia, prejudicando muitos trabalhadores e suas famílias, bem como a perda de vantagens competitivas.

Ao que parece, os engenheiros do IPCC preferem o CO2 chinês e indiano ao americano. É a prova de que até o CO2 tem pátria.

Os dados estão lançados. Vamos ver quem cumpre.

Seja como for, não quero que aqueles, como o Al Gore, que vivem aterrorizados com o CO2, permaneçam nessa angústia inútil. Sugiro-lhes, por isso, que apostem na energia nuclear, que não queima combustíveis fósseis. Será que querem mesmo?

Se, ainda assim, acharem que a sugestão não presta, então sugiro que peguem na tanga e vão para a Amazónia.

Manuel Brás
manuelbras@portugalmail.pt

Etiquetas: ,


This page is powered by Blogger. Isn't yours?

  • Página inicial





  • Google
    Web Aliança Nacional