2006/03/10
O que foi o Círculo de Estudos Sociais VECTOR?
Caríssimo ACJA,
Não importuna nada, antes tenho o maior prazer em dar-lhe as informações que pede.
O “grupo Vector”, mais exactamente “Círculo de Estudos Sociais Vector” (CESV), foi fundado em 1970 por alguns Católicos com o objectivo principal de promover e difundir a Doutrina Social da Igreja.
A causa próxima do seu aparecimento esteve na reacção de muitos Católicos contra as interpretações e aplicações abusivas dos textos do Concílio Vaticano II, da parte de bastantes leigos e alguns sacerdotes e Bispos, isto é, contra o chamado “progressismo”, sobretudo.
Entrou o Vector, pois, desde logo na rede leiga mundial que se vinha desenvolvendo a partir do Vaticano II, desde 1965, pelo menos, de apoio à Igreja e à Doutrina expressa pelos Papas, particularmente no que dizia respeito ao papel dos leigos na vida social e política.
No núcleo de militantes promotores do CESV estiveram os que nos havíamos congregado à volta da revista “Resistência”, cujo primeiro número tínhamos feito sair em Julho de 1968 e se inspirava em muitas publicações periódicas com objectivos idênticos que já se editavam em variadíssimos Países da Europa e das Américas (do Sul, Central e do Norte), nomeadamente em França, Espanha, Itália, Bélgica, Holanda, Alemanha, Grã-Bretanha, Suiça, Grécia, Brasil, Argentina, México, Estados Unidos, Canadá.
Mas a nossa principal inspiração veio duma organização francesa, o “Office International des Oeuvres d` Action Civique Selon le Droit Naturel et Chrétien”, sediada em Paris (Rue des Renaudes, próximo do Arco do Triunfo), que publicava a revista mensal “Permanences” e organizava anualmente um célebre Congresso, na cidade Suiça de Lausanne, a que vários militantes católicos portugueses do Vector assistimos até 1975.
O presidente do Office era Jean Ousset que esteve em Lisboa com um grupo de intelectuais franceses da mesma orientação, como Jean Madiran, os quais, durante uma semana de Abril de 1968, deram no Espelho d` Agua, em Belém, uma série de conferências extraordinárias, que entusiasmaram grande parte duma certa Lisboa.
Mas Jean Ousset destacava-se de todos pela sua grande capacidade natural de liderança e pela sua extraordinária eloquência, que usava sobretudo a expor, defender e divulgar as suas ideias sobre os métodos de trabalho em células para animação e revitalização dos corpos sociais de base e intermédios.
Toda a acção do Vector, até 1975, se baseou fundamentalmente, para não dizer exclusivamente, nos ensinamentos e exemplos de Jean Ousset e do Office, que ele e os seus discípulos tinham criado e posto em prática.
Das luzes deles recebidas nasceram, logo em 1968 e 1969, as primeiras células portuguesas que serviram de base à expansão da “Resistência” e ao lançamento e irradiação do Vector, como de muitas outras iniciativas, então totalmente imprevisíveis.
A.C.R.
(continua)
Não importuna nada, antes tenho o maior prazer em dar-lhe as informações que pede.
O “grupo Vector”, mais exactamente “Círculo de Estudos Sociais Vector” (CESV), foi fundado em 1970 por alguns Católicos com o objectivo principal de promover e difundir a Doutrina Social da Igreja.
A causa próxima do seu aparecimento esteve na reacção de muitos Católicos contra as interpretações e aplicações abusivas dos textos do Concílio Vaticano II, da parte de bastantes leigos e alguns sacerdotes e Bispos, isto é, contra o chamado “progressismo”, sobretudo.
Entrou o Vector, pois, desde logo na rede leiga mundial que se vinha desenvolvendo a partir do Vaticano II, desde 1965, pelo menos, de apoio à Igreja e à Doutrina expressa pelos Papas, particularmente no que dizia respeito ao papel dos leigos na vida social e política.
No núcleo de militantes promotores do CESV estiveram os que nos havíamos congregado à volta da revista “Resistência”, cujo primeiro número tínhamos feito sair em Julho de 1968 e se inspirava em muitas publicações periódicas com objectivos idênticos que já se editavam em variadíssimos Países da Europa e das Américas (do Sul, Central e do Norte), nomeadamente em França, Espanha, Itália, Bélgica, Holanda, Alemanha, Grã-Bretanha, Suiça, Grécia, Brasil, Argentina, México, Estados Unidos, Canadá.
Mas a nossa principal inspiração veio duma organização francesa, o “Office International des Oeuvres d` Action Civique Selon le Droit Naturel et Chrétien”, sediada em Paris (Rue des Renaudes, próximo do Arco do Triunfo), que publicava a revista mensal “Permanences” e organizava anualmente um célebre Congresso, na cidade Suiça de Lausanne, a que vários militantes católicos portugueses do Vector assistimos até 1975.
O presidente do Office era Jean Ousset que esteve em Lisboa com um grupo de intelectuais franceses da mesma orientação, como Jean Madiran, os quais, durante uma semana de Abril de 1968, deram no Espelho d` Agua, em Belém, uma série de conferências extraordinárias, que entusiasmaram grande parte duma certa Lisboa.
Mas Jean Ousset destacava-se de todos pela sua grande capacidade natural de liderança e pela sua extraordinária eloquência, que usava sobretudo a expor, defender e divulgar as suas ideias sobre os métodos de trabalho em células para animação e revitalização dos corpos sociais de base e intermédios.
Toda a acção do Vector, até 1975, se baseou fundamentalmente, para não dizer exclusivamente, nos ensinamentos e exemplos de Jean Ousset e do Office, que ele e os seus discípulos tinham criado e posto em prática.
Das luzes deles recebidas nasceram, logo em 1968 e 1969, as primeiras células portuguesas que serviram de base à expansão da “Resistência” e ao lançamento e irradiação do Vector, como de muitas outras iniciativas, então totalmente imprevisíveis.
A.C.R.
(continua)