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2006/03/02

Aqui d´ El Rei! Que vão fechar as escolas! 

Pois vão, e serviços de saúde, e postos da PSP, e muitas juntas de freguesia – e quantas coisas mais! – se quem pode se decidir por cortar a direito, todas as vezes que fechar pareça a solução certa ou única possível.

A demografia manda e impõe.

Há anos que alguns anunciávamos que o planeamento familiar feito à margem de princípios da moral social, exclusivamente pelos códigos da irresponsabilidade e arbítrio de cada um, às cegas e guiado quase exclusivamente por sentimentos egoístas, anti-sociais, era o pior crime que uma sociedade, um país, um continente podem cometer contra si próprios, contra o seu futuro, contra a sobrevivência e desenvolvimento de qualquer civilização.

Hoje vêem-se os resultados e ver-se-ão cada vez mais claramente.

O que aí está, está feito e já não tem remédio, a não ser maus remédios.

Note-se, aliás, que as raízes do mal vêm de longe. De há mais de 32 anos, de antes do vinte e cinco de Abril, pois. Quer dizer que “estadistas” mal improvisados e governantes trapalhões, e com fraca imaginação para prever o futuro, não são só de hoje.

Significa isso que se, desde então, tivéssemos iniciado uma política malthusiana relativamente às vilas e aldeias do País que já então se adivinhavam como inviáveis, a médio e longo prazo, estaríamos hoje com menos problemas?

Isto é, estaríamos hoje melhor se não tivéssemos seguido, há 30 ou 40 anos, a política de salvar e promover a todo o custo milhares de lugares e lugarejos evidentemente inviáveis, dotando-os milionariamente de melhoramentos muitas vezes inúteis para o efeito suposto, de fixar as populações ou atraí-las?

É de duvidar porque, se algum governante o tivesse tentado, encontraria logo à partida resistências de tal modo fortes que, se calhar, ou não conseguia passar das intenções ou então provocaria uma guerra civil dos diabos.

De resto, não sei se alguém teria conseguido prever alguma vez que o resultado da imprevidência dos “estadistas” de há 30 ou 40 anos para cá acabasse por ser tão desastroso como agora se constata.

Com toda a sinceridade, não julgo que haja outra política senão a que os governos anunciam, por muito que seja o sofrimento de algumas vítimas das transformações, a incomodidade de tantos, que verão os seus hábitos profundamente alterados, a ansiedade dos novos desempregados daí resultantes, bem como a vanglória dos protestadores profissionais (vide sindicalistas de cassete em riste e braço ao alto).

É que não creio, evidentemente, que não fechar escolas vazias, que não fechar serviços de saúde inúteis, que não suprimir juntas de freguesia sem representatividade, etc., possa contribuir minimamente para reverter o despovoamento e desfuncionalização gritantes.

Há muito tempo que o bom senso o exige, em muitíssimos casos.

Já que o governo está com a mão na massa, é bom que não se arrependa nem deixe que outros o façam arrepender, em nome de interesses talvez respeitáveis mas mal compreendidos, quando se olhe às consequências do imobilismo, no médio e longo prazo.

A.C.R.

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