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2006/02/21

O que sobrar 

Há um ano atrás decorreu no Parlamento um colóquio sobre diversas questões da política de família. Um dos conferencistas, perante dezenas de pessoas incluindo governantes e deputados, fez uma previsão que registei: «Nesta campanha eleitoral há dois assuntos sérios: o deficit e o desemprego. Mas depois das eleições as prioridades serão legalizar o aborto e a eutanásia (pois se há um direito de pais mandarem matar os filhos, haverá um direito de filhos mandarem matar os pais), casamento de homossexuais, salas de chuto, doutrinação sexual nas escolas com máquinas de distribuição de preservativos, a pílula abortiva à venda em supermercados, uma lei de reprodução artificial cavernosa

Um ano depois pode-se fazer o balanço: a) o ministro das finanças nomeado para travar o deficit saiu exausto e quebrado; b) o desemprego aumentou, mas desapareceu dos discursos; c) na tomada de posse o PM anunciou que os medicamentos de venda livre (como a pílula do dia seguinte, um abortivo) passariam a ser vendidos fora das farmácias; d) a grande medida dos primeiros 100 dias de governo foi a trapalhada do referendo ao aborto; e) o Ministro da Saúde anunciou que iria convencionar os abortos com clínicas privadas e andou em conversas com uma clínica espanhola; f) foi noticiado que este ano o número de abortos nos hospitais públicos aumentou mais de 50%; g) a RU-486, a pílula que mata crianças até às 9 semanas, a pílula produzida pela empresa que forneceu o gás do Holocausto – coincidência sugestiva –, a pílula cujo fabricante reconheceu ter morto 5 mulheres nos EUA, acaba de ser disponibilizada nos hospitais portugueses como primeiro passo em direcção à venda livre; h) o casamento dos homossexuais está aí em força; já se seguirá adopção; i) o Parlamento prepara-se para aprovar uma das leis de reprodução artificial mais sanguinárias do mundo; uma lei desenhada para permitir que sejam feitas em Portugal as experiências com seres humanos que os outros países querem fazer, mas cujas leis não permitem. j) o governo nomeou uma comissão (com que critérios?) para estudar o problema da educação sexual na escola que, em documento ridículo, avançou copiando o que de pior se faz lá fora: a criação de delegações do centro de saúde dentro da escola (school based clinics) e a colocação de máquinas de preservativos, as duas medidas que desde os anos 70 mais têm feito disparar os números de gravidez adolescente, doenças de transmissão sexual e aborto. E os professores vão continuar obrigados a espalhar a mentalidade que fez com que o índice de fecundidade descesse para menos dos 2.1, que é o mínimo para assegurar os empregos dos professores, a sustentabilidade da segurança social, e o crescimento económico necessário à eliminação do deficit e do desemprego; assim como passarão a ser obrigados a ensinar que heterossexualidade e homossexualidade valem o mesmo, que têm a mesma expectativa, é só optar.

Não só no final da legislatura os problemas não estarão resolvidos, como estarão muito mais complicados. E a oposição evaporou-se. É triste.

Viva Portugal!! Ou o que dele sobrar.

Manuel Brás

manuelbras@portugalmail.pt

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