2004/12/28
Outras guerras além Iraque (VI)
(continuação)
Por fim, as contradições da ideologia onusiana.
1. Direito de escolha para uma só escolha: a deles
Os conceitos de desenvolvimento sustentado e de ambientalismo malthusiano que a ONU e centenas de ONG’s afectas procuram que os governos implementem não admitem alternativas. Ou se faz como eles dizem ou temos o inferno na terra. É irredutível, não há outra possibilidade de escolha. Eles é que sabem as escolhas a fazer pelas Nações.
2. O valor do sufrágio e a inversão do poder: minorias vs maiorias
Sendo duvidoso que nos sistemas democráticos das últimas décadas tenha sido o povo ou a maioria a governar, como têm apregoado os sistemas democráticos, actualmente essa dúvida não existe. O sufrágio hoje serve apenas a legitimação do poder de certas minorias. A maioria já não interessa, a não ser na medida em que legitima o poder das minorias e a elas se submete. A maioria são as escadas por onde sobem as minorias.
3. Democracia não representativa: os não eleitos ao poder
Certas minorias, seja pelo imperativo de um igualitarismo radical, seja pela presunção de uma discriminação sistemática ao longo da História, justificam a tentativa de dirigir o poder para as suas esferas e obrigar a maioria a suportar passivamente os seus interesses e determinações.
O lema é: minorias ao poder.
4. Não discriminação de minorias, exclusão da maioria
É um dado a priori que as minorias são necessariamente discriminadas pela maioria. Não é uma constatação factual genérica. É uma generalização e um ponto de partida, à luz do qual se traça o programa de combate ao influxo cultural e político da maioria. A pretensão é que, em nome da não discriminação, da igualdade e de uma etérea inclusão de valores, como se tudo fosse igual e redutível ao mesmo, as maiorias se abstenham da exigência dos seus interesses e da crítica desfavorável a certas minorias. Afinal, a inclusão leva à exclusão. O caso Buttiglione é por demais eloquente.
5. Contra as identidades, criam-se novas identidades: homossexuais, consumidores de droga, movimentos migratórios.
6. Rejeição da tradição e seus valores, mas cria a sua própria sustentabilidade e tradição.
Rejeição das tradições associadas às religiões monoteístas, entendidas como factores de divisão impeditivos de uma ética planetária e de uma espiritualidade global, assentes numa consciência ecológica que preconiza a igualdade radical de todas as formas de vida e no culto à Terra-Mãe, sagrada, o grande todo e fonte de toda a vida.
7. Ética inclusiva, exclusiva, da família, religiões monoteístas, empresas, soberanias nacionais, que são substituídas, respectivamente, pela família em todas as suas formas, pelas espiritualidades pagãs e politeístas, por ONG’s e pela governação mundial.
8. Qualidade de vida contra a vida
A ideologia da ONU absolutiza o direito ao prazer, forma compreensível de manter as populações amestradas, mas condena o consumismo, como se a escalada pelo prazer como fim último da vida humana não fosse um processo cada vez mais refinado e exigente, compatível com o ideal da vida selvagem em uníssono com a Mãe-Terra.
A ideologia da ONU absolutiza a saúde, mas promove uma cultura de morte. Num momento histórico em que se assiste a um crescente domínio da ciência e da tecnologia, esses recursos são frequentemente canalizados para destruir vidas consideradas inúteis, em vez de as melhorar e conservar: isso sim, seria qualidade de vida.
Os ideólogos da ONU esquecem-se que para haver qualidade de vida é preciso que, primeiro, haja vida.
Manuel Brás
Por fim, as contradições da ideologia onusiana.
1. Direito de escolha para uma só escolha: a deles
Os conceitos de desenvolvimento sustentado e de ambientalismo malthusiano que a ONU e centenas de ONG’s afectas procuram que os governos implementem não admitem alternativas. Ou se faz como eles dizem ou temos o inferno na terra. É irredutível, não há outra possibilidade de escolha. Eles é que sabem as escolhas a fazer pelas Nações.
2. O valor do sufrágio e a inversão do poder: minorias vs maiorias
Sendo duvidoso que nos sistemas democráticos das últimas décadas tenha sido o povo ou a maioria a governar, como têm apregoado os sistemas democráticos, actualmente essa dúvida não existe. O sufrágio hoje serve apenas a legitimação do poder de certas minorias. A maioria já não interessa, a não ser na medida em que legitima o poder das minorias e a elas se submete. A maioria são as escadas por onde sobem as minorias.
3. Democracia não representativa: os não eleitos ao poder
Certas minorias, seja pelo imperativo de um igualitarismo radical, seja pela presunção de uma discriminação sistemática ao longo da História, justificam a tentativa de dirigir o poder para as suas esferas e obrigar a maioria a suportar passivamente os seus interesses e determinações.
O lema é: minorias ao poder.
4. Não discriminação de minorias, exclusão da maioria
É um dado a priori que as minorias são necessariamente discriminadas pela maioria. Não é uma constatação factual genérica. É uma generalização e um ponto de partida, à luz do qual se traça o programa de combate ao influxo cultural e político da maioria. A pretensão é que, em nome da não discriminação, da igualdade e de uma etérea inclusão de valores, como se tudo fosse igual e redutível ao mesmo, as maiorias se abstenham da exigência dos seus interesses e da crítica desfavorável a certas minorias. Afinal, a inclusão leva à exclusão. O caso Buttiglione é por demais eloquente.
5. Contra as identidades, criam-se novas identidades: homossexuais, consumidores de droga, movimentos migratórios.
6. Rejeição da tradição e seus valores, mas cria a sua própria sustentabilidade e tradição.
Rejeição das tradições associadas às religiões monoteístas, entendidas como factores de divisão impeditivos de uma ética planetária e de uma espiritualidade global, assentes numa consciência ecológica que preconiza a igualdade radical de todas as formas de vida e no culto à Terra-Mãe, sagrada, o grande todo e fonte de toda a vida.
7. Ética inclusiva, exclusiva, da família, religiões monoteístas, empresas, soberanias nacionais, que são substituídas, respectivamente, pela família em todas as suas formas, pelas espiritualidades pagãs e politeístas, por ONG’s e pela governação mundial.
8. Qualidade de vida contra a vida
A ideologia da ONU absolutiza o direito ao prazer, forma compreensível de manter as populações amestradas, mas condena o consumismo, como se a escalada pelo prazer como fim último da vida humana não fosse um processo cada vez mais refinado e exigente, compatível com o ideal da vida selvagem em uníssono com a Mãe-Terra.
A ideologia da ONU absolutiza a saúde, mas promove uma cultura de morte. Num momento histórico em que se assiste a um crescente domínio da ciência e da tecnologia, esses recursos são frequentemente canalizados para destruir vidas consideradas inúteis, em vez de as melhorar e conservar: isso sim, seria qualidade de vida.
Os ideólogos da ONU esquecem-se que para haver qualidade de vida é preciso que, primeiro, haja vida.
Manuel Brás
Etiquetas: A ideologia onusiana, Manuel Brás, Saúde