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2004/12/22

Nobel da Paz: Aborto é um erro 

A tradução

Wangari Maathai, ministra do Ambiente do Quénia e Nobel da Paz, considerou a prática do aborto um erro, numa entrevista ao jornal norueguês Dagen, no passado dia 7 de Dezembro de 2004.

“Tento evitar condenar a vítima”, disse, referindo-se à mulher grávida que procura o aborto. Ela considera que mãe e filho(a) são vítimas.

“Não há razão para não dar a alguém que foi concebido a oportunidade de nascer e de viver uma vida feliz. O facto de uma vida terminar desta maneira, é um erro”, disse Maathai.

“Quando permitimos o aborto, estamos a castigar as mulheres – que abortam os seus filhos porque os homens as abandonam – e estamos a castigar as crianças, pondo fim às suas vidas. Isso acontece porque não queremos pôr os homens onde eles devem estar: a assumir responsabilidades”.

“Paremos um pouco e pensemos: porque são ameaçadas esta mulher e esta criança? Porque é que esta mulher tenta pôr fim a uma vida? Que devemos nós fazer, como sociedade? O que é que não estamos neste momento a fazer? Uma parte da resposta está nesta casa”, diz Maathei apontando para o parlamento queniano.

Sendo o aborto ilegal no Quénia, Maathai sugere um passo em frente – que a lei de 1960, que responsabilizava financeiramente o pai de qualquer criança concebida, seja reposta em vigor.

“Essa lei foi revogada pelos homens deste parlamento”, salienta. “Hoje, penso que somos demasiado moles com os homens. Quase os dispensámos da tarefa de pais, sem nos importarmos com eles. Esta é, em parte, a razão pela qual as mulheres abortam, pois não querem assumir sozinhas a carga de crianças cujos pais não querem ser responsáveis”.

O Nobel da Paz foi atribuído a Maathai pelo seu envolvimento em questões ambientais, direitos humanos e das mulheres.

O comentário

1. É espantoso como uma mulher tão envolvida nos direitos humanos e das mulheres, ao ponto de ganhar um Nobel por isso, não reconhece a prática do aborto como um desses direitos. Ter-se-ão enganado?
2. Ao contrário do que se afirma por aí, a questão do aborto não é essencialmente das mulheres nem com as mulheres. Como se vê, é muito mais dos homens e com os homens do que aquilo que se julga. Tanto no Quénia, como em Portugal e na Europa.
3. Porque não legislar para responsabilizar financeiramente os pais (homens), em vez de premiar o abandono paterno com o “direito ao aborto”?

Manuel Brás

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