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2004/10/07

A crise da República 

Segundo diagnóstico do Dr. Sampaio “a República enfrenta uma crise múltipla e as medidas avulsas só têm acentuado essa crise”. Isto não tem nada de mal, uma vez que não há regimes que durem para sempre. É claro que a República, mais tarde ou mais cedo, irá embora. O que virá a seguir não se sabe, mas é compreensível que o Dr. Sampaio queira que fique alguma coisa ao jeito do pensamento socialista.

Fala-se permanentemente em crise desde há muitos anos. Este grito presidencial pode ser teatral e representar uma senha para reforço dos poderes socialistas no Estado, tanto mais que defende o seu fortalecimento para enfrentar a alegada crise e o seu correligionário Sócrates iniciou a campanha para as legislativas de 2006.

Há três meses atrás o PS não tinha líder e encontrava-se enfraquecido para concorrer a eleições, com as quais nada tinha a ganhar, por muito mal que os outros estivessem. Surge, então, o voto de confiança presidencial no governo de Santana Lopes. Porém, o Dr. Sampaio não dá ponto sem nó. Hoje, o PS tem um líder com ânimo forte, perigoso, na medida em que está perfeitamente a par e imbuído do socialismo onusiano – o pensamento único – à imagem de Zapatero e Kerry.

A crítica às medidas “avulsas” do governo e a exigência de reformas estruturais é mais um paralogismo: o governo tem um programa que foi aprovado pelas entidades competentes há menos de três meses. Vir agora fazer barulho com isso, não colhe; cheira a farsa.

Ou então, o grito presidencial é real, ele sente mesmo que o sistema está podre e se aproxima de um colapso, com as suas velhas ideias. Então, como portugueses, temos o dever de resistir à continuidade do regime e de o enterrar.

A crise, se for assim tão forte, será necessariamente boa para Portugal e para o Povo português.

E isso é que interessa.

Manuel Brás

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