2004/09/29
A Crise do Sindicalismo (III)
Outro tabu que começa a cair
(continuação)
Tem-se discutido ultimamente muito o papel da educação no desenvolvimento sócio-económico.
Para uns o papel da educação pode ser simplesmente nenhum, bastando referir como, para lá da Cortina de Ferro, com um tão grande e generalizado esforço educativo alargado a toda a população, pouca ou nenhuma efectiva aceleração do crescimento económico foi conseguida.
Para outros, só o desenvolvimento económico arrasta consigo, sustentadamente, o desenvolvimento educativo.
Afigura-se claro que todos têm razão ou, pelo menos alguma razão, visto todos estarem de acordo numa coisa: a importância da educação para o desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade.
Mas dum lado e do outro se chega igualmente a um beco sem saída, dialecticamente falando.
Simplesmente porque ninguém lembra ou quer lembrar o essencial.
O desenvolvimento não é concebível hoje sem o papel decisivo das empresas privadas — as outras são meras contrafacções, que apenas acabam em geral por ir atrás — pelo que, se a educação funcionar para ignorar, depreciar ou destruir o espírito de empresa e o que lhe está subjacente, temos tudo estragado.
Numa palavra, com essa educação nunca chegará a haver desenvolvimento económico e, portanto, sócio-económico.
Toda a História europeia dos últimos cem anos o comprova.
Isto é, a educação, como certas esquerdas a querem, não pode levar ao desenvolvimento, como hoje se entende.
Conclusão: o sindicalismo, os sindicatos, para sobreviverem utilmente também têm de entender isso e praticá-lo convictamente, não apenas para comprazer mantendo simples aparências.
É doloroso para o sindicalismo e os sindicalistas “puros e duros” de antigamente?
Mas será inevitável e indispensável, para que desempenhem as funções úteis que ainda podem e devem desempenhar.
Será talvez mais fácil com uma nova geração de sindicatos e novos sindicalistas.
A.C.R.
(continua)
(continuação)
Tem-se discutido ultimamente muito o papel da educação no desenvolvimento sócio-económico.
Para uns o papel da educação pode ser simplesmente nenhum, bastando referir como, para lá da Cortina de Ferro, com um tão grande e generalizado esforço educativo alargado a toda a população, pouca ou nenhuma efectiva aceleração do crescimento económico foi conseguida.
Para outros, só o desenvolvimento económico arrasta consigo, sustentadamente, o desenvolvimento educativo.
Afigura-se claro que todos têm razão ou, pelo menos alguma razão, visto todos estarem de acordo numa coisa: a importância da educação para o desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade.
Mas dum lado e do outro se chega igualmente a um beco sem saída, dialecticamente falando.
Simplesmente porque ninguém lembra ou quer lembrar o essencial.
O desenvolvimento não é concebível hoje sem o papel decisivo das empresas privadas — as outras são meras contrafacções, que apenas acabam em geral por ir atrás — pelo que, se a educação funcionar para ignorar, depreciar ou destruir o espírito de empresa e o que lhe está subjacente, temos tudo estragado.
Numa palavra, com essa educação nunca chegará a haver desenvolvimento económico e, portanto, sócio-económico.
Toda a História europeia dos últimos cem anos o comprova.
Isto é, a educação, como certas esquerdas a querem, não pode levar ao desenvolvimento, como hoje se entende.
Conclusão: o sindicalismo, os sindicatos, para sobreviverem utilmente também têm de entender isso e praticá-lo convictamente, não apenas para comprazer mantendo simples aparências.
É doloroso para o sindicalismo e os sindicalistas “puros e duros” de antigamente?
Mas será inevitável e indispensável, para que desempenhem as funções úteis que ainda podem e devem desempenhar.
Será talvez mais fácil com uma nova geração de sindicatos e novos sindicalistas.
A.C.R.
(continua)