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2004/09/17

Holanda e Bélgica voltam à cultura de Tiergartenstrasse 



No dia 30 de Agosto de 2004 foi celebrado um acordo entre a magistratura holandesa e a clínica universitária de Groningen autorizando um protocolo de experimentação para estender a prática da eutanásia, regulamentada em Abril de 2002, a crianças com menos de 12 anos, incluindo recém-nascidos.

Os partidários desta extensão a crianças e recém-nascidos justificam tal medida, como habitualmente, usando argumentos utilitaristas: que o sofrimento, alegadamente insuportável, e as doenças incuráveis são situações que, no seu entender, justificam que as crianças tenham, tal como os adultos, o direito de pôr fim às suas vidas.

De entre as numerosas críticas que tal medida suscitou, destaca-se a Drª Claudia Navarini, professora de uma faculdade de Bioética italiana, ao sugerir que a extensão desta prática a crianças se aproxima do conceito nazi de eutanásia, uma vez que, desta feita, não se dá a aceitação baseada na centralidade da autonomia do paciente, pelo que a “antecipação voluntária da morte como meio para eliminar a dor, leva facilmente a abusos e extensões”.

"Na experiência holandesa, – continua – a responsabilidade de pôr fim aos sofrimentos das crianças recai totalmente sobre as costas (e a consciência) dos médicos, dado que os pais não estão habilitados a fazê-lo pelo protocolo".

Estes procedimentos aproximam-se de uma “eugenia de Estado, suprimindo inclusivé sem consentimento e eventualmente com engano os cidadãos considerados de menos valor”.

“Deste modo, já não é um acto de piedade pela dor insuportável” – que pode ser atenuada com cuidados paliativos e o afecto e o amor da família – “mas um acto de intolerância para com o que sofre, um acto de rejeição para com quem nos recorda, com a sua agonia, a finitude humana, um acto de pura violência para com os fracos enquanto tais. E também custosos”.

Entretanto, na Bélgica, membros do Partido Liberal, afecto ao primeiro-ministro, tencionam avançar com uma medida semelhante à holandesa para extensão da eutanásia a crianças e recém-nascidos sem autorização dos pais.

Brian Johnston, autor do livro “Death as a Salesman: What’s wrong with assisted
Suicide”
, diz acreditar que a “eutanásia não é praticada por razões médicas, mas sim por razões culturais”.

É por isso que não vale a pena cair no logro de descriminalizar o aborto, pois bem sabemos quais são as cenas dos próximos capítulos: mais liberalização, eutanásia, e por aí fora, tal como acontece na Holanda.

Como dizia um amigo meu: que bom é estarmos na cauda deste desenvolvimento.

Manuel Brás


Comentário: Penso que por trás do “humanismo” e aparato “científico” disto tudo, desta cultura de morte denunciada por Manuel Brás, deste exemplo extremo de cultura de morte, há uma verdadeira “internacional” de malucos e maníacos compulsivos, talvez manipulados por um qualquer génio demoníaco. O nazismo está hoje todo infiltrado na extrema esquerda, como muitos há muito temos denunciado.

A.C.R.

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