2004/09/14
Há guerras e guerras
Será necessária uma boa dose de ingenuidade para ignorar que existe uma guerra para fomentar e liberalizar o aborto, da qual contemplamos a sucessão de batalhas. O barco do aborto foi mais uma, tal como o foram outros intentos em Dezembro de 2003 e Março de 2004. Que ninguém tenha dúvidas, essa guerra existe e congrega meios tão diversos quanto desproporcionados de um lado e do outro.
É por isso que, contrariamente ao que parece, o recurso a navios da Armada não foi exagerado. Cada um defende e ataca com os meios que tem. O misoprostol e a mifepristona não são necessariamente menos perigosos que o sarin ou qualquer outra substância química. As pontas de sucção e as pinças ginecológicas não são necessariamente menos perigosas do que metralhadoras e bombas. No fundo, uma arma química é toda e qualquer substância que, pela sua natureza e/ou quantidade, é susceptível de causar danos pessoais relevantes. Portanto...
O mediático Louçã é, nesta guerra, um oficial-general polivalente. Saindo dos seus cuidados de actor político, faz de médico e vem dizer que não existe qualquer relação entre aborto e cancro da mama, ao mesmo tempo que decorria na AR um colóquio com uma investigadora australiana sobre o assunto; faz de jurista e contesta a decisão do Tribunal de Coimbra, alegando que não foi cumprido o “direito comunitário”.
É possível que a batalha do barco do aborto, que já partiu, ainda não tenha terminado. Quem sabe se a festa não vai continuar na Holanda?
Manuel Brás
É por isso que, contrariamente ao que parece, o recurso a navios da Armada não foi exagerado. Cada um defende e ataca com os meios que tem. O misoprostol e a mifepristona não são necessariamente menos perigosos que o sarin ou qualquer outra substância química. As pontas de sucção e as pinças ginecológicas não são necessariamente menos perigosas do que metralhadoras e bombas. No fundo, uma arma química é toda e qualquer substância que, pela sua natureza e/ou quantidade, é susceptível de causar danos pessoais relevantes. Portanto...
O mediático Louçã é, nesta guerra, um oficial-general polivalente. Saindo dos seus cuidados de actor político, faz de médico e vem dizer que não existe qualquer relação entre aborto e cancro da mama, ao mesmo tempo que decorria na AR um colóquio com uma investigadora australiana sobre o assunto; faz de jurista e contesta a decisão do Tribunal de Coimbra, alegando que não foi cumprido o “direito comunitário”.
É possível que a batalha do barco do aborto, que já partiu, ainda não tenha terminado. Quem sabe se a festa não vai continuar na Holanda?
Manuel Brás
Etiquetas: Em Defesa da Vida, Manuel Brás