2003/12/24
PROGRAMAS E TAREFAS DOS NOVOS NACIONALISTAS (III)
Seja no sector público, seja no sector privado ou no sector associativo, o nacionalista português de hoje tem de exercer uma actividade que demonstre a aplicação efectiva das suas capacidades à renovação acelerada, profunda e eficaz, da realidade social, espiritual e material de Portugal.
Individualmente e colectivamente não podemos deixar de ter presente sempre esse objectivo supremo.
Supremo, não porque consideremos menores os programas e projectos de ordem política, cultural, literária e artística, por exemplo, mas porque o quase completo abandono a que os nacionalistas têm votado a acção noutros domínios, sobretudo os do desenvolvimento sócio-económico, vem reduzindo a quase nada a nossa intervenção nos primeiros.
Não se lamenta o não empenhamento, nesse domínio, do esforço teórico, doutrinário e especulativo pelos nacionalistas — mesmo que muitas vezes clamoroso também — mas censura-se o abandono e até desprezo dos nacionalistas pela acção concreta, como nacionalistas e com total sentido nacionalista, na área sócio-económica.
Isto é, acção conduzida com mentalidade de nacionalistas em missão.
Apresentei aqui há dias, em 16 do corrente, o exemplo da salvação da floresta portuguesa, potencialmente talvez a maior reserva nacional de recursos naturais renováveis e a menos explorada ou a pior explorada.
Quero hoje referir outra área em que aos novos nacionalistas — sem facciosismos e sem ânsias restauracionistas — se oferece seguramente um campo de projectos possíveis, duma fecundidade imperativa, onde todos os dias se revelam deficiências graves e uma situação geral com profundas raízes históricas, que cada vez mais os Portugueses parecem incapazes de erradicar ou sequer de minorar significativamente.
Refiro-me ao domínio dos recursos humanos, especificamente da sua recuperação e valorização pela educação e, em particular, pela formação profissional.
O grande atraso de Portugal no plano do desenvolvimento económico-social não vem de há tanto tempo como geralmente se julga.
Como o autor de uma das comunicações afirmou no Congresso Internacional de Educação e Formação, em 9 e 10 do corrente, na Figueira da Foz, esse atraso cresceu e alargou-se de forma descontrolada, a partir do meio do séc. XIX, por razões aliás perfeitamente identificáveis e identificadas.
Como se explica que, apesar dos esforços reconhecidamente desenvolvidos, para as contrariar, sobretudo a partir de 1947, até 1974, não puderam, mesmo então, esses esforços ser completamente bem sucedidos?
Será Portugal um País condenado à estagnação e à sucessão das crises que vão degradando tudo irreversivelmente?
Sofrerão os governos portugueses, a sociedade civil portuguesa e as instituições portugueses, em geral, de estigmas que as condenem a ser definitivamente inferiores às da Europa, em matéria de sucesso educativo e formativo do Homem português?
A.C.R.
Individualmente e colectivamente não podemos deixar de ter presente sempre esse objectivo supremo.
Supremo, não porque consideremos menores os programas e projectos de ordem política, cultural, literária e artística, por exemplo, mas porque o quase completo abandono a que os nacionalistas têm votado a acção noutros domínios, sobretudo os do desenvolvimento sócio-económico, vem reduzindo a quase nada a nossa intervenção nos primeiros.
Não se lamenta o não empenhamento, nesse domínio, do esforço teórico, doutrinário e especulativo pelos nacionalistas — mesmo que muitas vezes clamoroso também — mas censura-se o abandono e até desprezo dos nacionalistas pela acção concreta, como nacionalistas e com total sentido nacionalista, na área sócio-económica.
Isto é, acção conduzida com mentalidade de nacionalistas em missão.
Apresentei aqui há dias, em 16 do corrente, o exemplo da salvação da floresta portuguesa, potencialmente talvez a maior reserva nacional de recursos naturais renováveis e a menos explorada ou a pior explorada.
Quero hoje referir outra área em que aos novos nacionalistas — sem facciosismos e sem ânsias restauracionistas — se oferece seguramente um campo de projectos possíveis, duma fecundidade imperativa, onde todos os dias se revelam deficiências graves e uma situação geral com profundas raízes históricas, que cada vez mais os Portugueses parecem incapazes de erradicar ou sequer de minorar significativamente.
Refiro-me ao domínio dos recursos humanos, especificamente da sua recuperação e valorização pela educação e, em particular, pela formação profissional.
O grande atraso de Portugal no plano do desenvolvimento económico-social não vem de há tanto tempo como geralmente se julga.
Como o autor de uma das comunicações afirmou no Congresso Internacional de Educação e Formação, em 9 e 10 do corrente, na Figueira da Foz, esse atraso cresceu e alargou-se de forma descontrolada, a partir do meio do séc. XIX, por razões aliás perfeitamente identificáveis e identificadas.
Como se explica que, apesar dos esforços reconhecidamente desenvolvidos, para as contrariar, sobretudo a partir de 1947, até 1974, não puderam, mesmo então, esses esforços ser completamente bem sucedidos?
Será Portugal um País condenado à estagnação e à sucessão das crises que vão degradando tudo irreversivelmente?
Sofrerão os governos portugueses, a sociedade civil portuguesa e as instituições portugueses, em geral, de estigmas que as condenem a ser definitivamente inferiores às da Europa, em matéria de sucesso educativo e formativo do Homem português?
A.C.R.
Etiquetas: Balanço do Nacionalismo Português Actual, II Congresso Nacionalista Português, Um Nacionalismo Novo