2008/06/03
Que fará o PSD desta sua grande vitória?
Num fundo de 58,2% dos votantes em condições de votarem – isto é 41,1% de abstenções – os PSD distribuíram as suas preferências, com grande equilíbrio, pelos três primeiros candidatos, arredondando: Ferreira Leite 37%; Passos Coelho 31%; Santana Lopes 30%.
Digamos que os três têm razão para festejar.
Parece ser largamente conservadora a maioria do eleitorado PSD; representativa da cega nostalgia das origens e da fixação no regresso aos fundadores, maioria aqui incarnada, a meu ver, por M. Ferreira Leite e Passos Coelho, que receberam, em conjunto, 68% dos votos.
Deve-se perder a esperança num PSD capaz duma inovação actualizada, como aqui várias vezes chamei aos caminhos de futuro que teimei em imaginar para um PSD aberto às correntes de centro-direita que se têm ido revelando na Europa?
Não julgo que se deva perder já a esperança, mas também não nego que essa esperança alguma coisa se distanciou.
Mesmo descobrindo que essa expectativa se poderá reconhecer como fortemente implantada através dos 30% de Santana Lopes.
Talvez aconteça que este candidato apenas não incarnou tal expectativa de futuro com o necessário e suficiente carisma.
Mesmo assim, 30% não é resultado nada desprestigiante, para um primeiro embate…
Diria que esse resultado não matou as expectativas e, até, que foi o bastante para não se desanimar, antes pelo contrário.
O próprio Santana Lopes parece ter sido o primeiro a percebê-lo, ao insistir tanto, nas suas primeiras declarações, que vai continuar a empenhar-se completamente, dentro do Partido, no combate a que se abalançou.
Vai ser duro, muito duro, porque possivelmente terá perdido posições a que renunciou, até, por sua iniciativa, e que estrategicamente lhe facilitavam e faziam render melhor esse combate.
Seja como for, o decisivo é, para já, que não desista. Pois que, por muito decepcionante que o resultado lhe pareça, não pode o Senhor, por sua vez, desiludir 30% do eleitorado que o compreendeu e percebeu que era o único dos três candidatos que lutava contra o anquilosamento do PSD e por um novo futuro do vosso Partido.
A.C.R.
Digamos que os três têm razão para festejar.
Parece ser largamente conservadora a maioria do eleitorado PSD; representativa da cega nostalgia das origens e da fixação no regresso aos fundadores, maioria aqui incarnada, a meu ver, por M. Ferreira Leite e Passos Coelho, que receberam, em conjunto, 68% dos votos.
Deve-se perder a esperança num PSD capaz duma inovação actualizada, como aqui várias vezes chamei aos caminhos de futuro que teimei em imaginar para um PSD aberto às correntes de centro-direita que se têm ido revelando na Europa?
Não julgo que se deva perder já a esperança, mas também não nego que essa esperança alguma coisa se distanciou.
Mesmo descobrindo que essa expectativa se poderá reconhecer como fortemente implantada através dos 30% de Santana Lopes.
Talvez aconteça que este candidato apenas não incarnou tal expectativa de futuro com o necessário e suficiente carisma.
Mesmo assim, 30% não é resultado nada desprestigiante, para um primeiro embate…
Diria que esse resultado não matou as expectativas e, até, que foi o bastante para não se desanimar, antes pelo contrário.
O próprio Santana Lopes parece ter sido o primeiro a percebê-lo, ao insistir tanto, nas suas primeiras declarações, que vai continuar a empenhar-se completamente, dentro do Partido, no combate a que se abalançou.
Vai ser duro, muito duro, porque possivelmente terá perdido posições a que renunciou, até, por sua iniciativa, e que estrategicamente lhe facilitavam e faziam render melhor esse combate.
Seja como for, o decisivo é, para já, que não desista. Pois que, por muito decepcionante que o resultado lhe pareça, não pode o Senhor, por sua vez, desiludir 30% do eleitorado que o compreendeu e percebeu que era o único dos três candidatos que lutava contra o anquilosamento do PSD e por um novo futuro do vosso Partido.
A.C.R.
Etiquetas: PSD/Directas