2008/06/16
“0 proto-fascismo dos camionistas!” (1)
“Camionistas, grevistas, fascistas?”
Assim lhe chama agora o analista José Miguel Júdice num divertido artigo, pgs. 49, do Público de 6ª feira, 13 de Junho e dia de Santo António.
Diz ele que já Mussolini pensava que “a luta de classes deveria ser entre nações pobres e ricas e que as elites que vertebrassem as nações pobres poderiam aspirar a mudar o estado de coisas no mundo”.
Começa a perceber-se, sem dúvida, aonde quer chegar.
“A minha tese – prossegue o nosso erudito e perspicaz informador – é que estes movimentos que agora grassam pela Europa fora têm algo de proto-fascistas; e também que por esse mundo fora existem movimentos nacionalistas que são muito mais herdeiros (…) do leninismo adaptado e alterado pelo fascismo italiano do que de qualquer outro tipo de inspiração ideológica.”
E, referindo-se implicitamente aos camionistas em greve, Júdice explica ainda melhor:
“Esta pequena burguesia trabalhadora em cólera (a dos camionistas, claro) unida aos seus trabalhadores num combate contra o Estado, os partidos, os ricos, os bancos, as companhias de distribuição de combustíveis, os plutocratas, simboliza uma parte significativa da base eleitoral com que (os partidos) em tempos mais pacíficos combatem entre si. Não podem, por isso, (os partidos) atacá-los (a essa pequena burguesia e seus trabalhadores), mas não podem também deixá-los autonomizar-se.”
E explica claramente porquê.
É que, “se as causas desencadeadoras da mobilização se não alterarem, as confrontações vão repetir-se e os sistemas políticos por essa Europa fora e entre nós podem entrar numa crise que ninguém esperaria neste século XXI que se julgava destinado á prosperidade.”
Quantos regimes fascistas em perspectiva na Europa! – alerta-nos implicitamente o lúcido e prudente visionário J.M. Júdice.
Sem deixar ao mesmo tempo de insinuar – ou fazer-nos suspeitar – que, no futuro, prosperidade só haverá a desses “regimes abomináveis”!
A.C.R.
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Assim lhe chama agora o analista José Miguel Júdice num divertido artigo, pgs. 49, do Público de 6ª feira, 13 de Junho e dia de Santo António.
Diz ele que já Mussolini pensava que “a luta de classes deveria ser entre nações pobres e ricas e que as elites que vertebrassem as nações pobres poderiam aspirar a mudar o estado de coisas no mundo”.
Começa a perceber-se, sem dúvida, aonde quer chegar.
“A minha tese – prossegue o nosso erudito e perspicaz informador – é que estes movimentos que agora grassam pela Europa fora têm algo de proto-fascistas; e também que por esse mundo fora existem movimentos nacionalistas que são muito mais herdeiros (…) do leninismo adaptado e alterado pelo fascismo italiano do que de qualquer outro tipo de inspiração ideológica.”
E, referindo-se implicitamente aos camionistas em greve, Júdice explica ainda melhor:
“Esta pequena burguesia trabalhadora em cólera (a dos camionistas, claro) unida aos seus trabalhadores num combate contra o Estado, os partidos, os ricos, os bancos, as companhias de distribuição de combustíveis, os plutocratas, simboliza uma parte significativa da base eleitoral com que (os partidos) em tempos mais pacíficos combatem entre si. Não podem, por isso, (os partidos) atacá-los (a essa pequena burguesia e seus trabalhadores), mas não podem também deixá-los autonomizar-se.”
E explica claramente porquê.
É que, “se as causas desencadeadoras da mobilização se não alterarem, as confrontações vão repetir-se e os sistemas políticos por essa Europa fora e entre nós podem entrar numa crise que ninguém esperaria neste século XXI que se julgava destinado á prosperidade.”
Quantos regimes fascistas em perspectiva na Europa! – alerta-nos implicitamente o lúcido e prudente visionário J.M. Júdice.
Sem deixar ao mesmo tempo de insinuar – ou fazer-nos suspeitar – que, no futuro, prosperidade só haverá a desses “regimes abomináveis”!
A.C.R.
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Etiquetas: Proto-Fascismo Camionista