2008/05/12
Efeito Geldof
Manuel Brás
Não sou grande apreciador da música de Geldof.
Nem é difícil prever que em 2025 lá estará ele num “Live” qualquer a mobilizar os activistas contra a fome e a pobreza em África, tal como o fez em 2005 e já tinha feito antes.
Devemos reconhecer que daí surgem alguns benefícios e que lhe assiste o mérito de ter ajudado muita gente a sobreviver a situações extremas de fome e miséria, que realmente existem em África.
Porém, isso é apenas o analgésico para a dor. Não o remédio para a causa.
Talvez, ao fim destes anos todos, ele tenha percebido como funcionam as coisas em quase toda a África.
Daí as suas incómodas e corajosas palavras. Incómodas porque não é fácil aceitar publicamente críticas ao governo de um País e continuar lá os negócios. Não é fácil contornar o “toma lá dá cá”.
As palavras de Geldof acabam por questionar as nações europeias como a Inglaterra, a França e, posteriormente, Portugal, sobre as descolonizações do pós-guerra.
A quem foram entregues, realmente, os poderes em África? Quem é que, realmente, foi libertado?
Ao fim de quase 60 anos já existem muitos resultados e essas nações europeias devem reflectir sobre eles.
Sem complexos.
manuelbras@portugalmail.pt
Não sou grande apreciador da música de Geldof.
Nem é difícil prever que em 2025 lá estará ele num “Live” qualquer a mobilizar os activistas contra a fome e a pobreza em África, tal como o fez em 2005 e já tinha feito antes.
Devemos reconhecer que daí surgem alguns benefícios e que lhe assiste o mérito de ter ajudado muita gente a sobreviver a situações extremas de fome e miséria, que realmente existem em África.
Porém, isso é apenas o analgésico para a dor. Não o remédio para a causa.
Talvez, ao fim destes anos todos, ele tenha percebido como funcionam as coisas em quase toda a África.
Daí as suas incómodas e corajosas palavras. Incómodas porque não é fácil aceitar publicamente críticas ao governo de um País e continuar lá os negócios. Não é fácil contornar o “toma lá dá cá”.
As palavras de Geldof acabam por questionar as nações europeias como a Inglaterra, a França e, posteriormente, Portugal, sobre as descolonizações do pós-guerra.
A quem foram entregues, realmente, os poderes em África? Quem é que, realmente, foi libertado?
Ao fim de quase 60 anos já existem muitos resultados e essas nações europeias devem reflectir sobre eles.
Sem complexos.
manuelbras@portugalmail.pt
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